A filha de Loki

sentimentos

Mia

Acordei Cedo com uma brecha de luz que transpassava pelas cortinas direto para o meu rosto. Minha primeira noite em Asgard havia sido bem turbulenta, toda aquela cena na cerimônia de recebida mexeu com minha cabeça, mas Loki pareceu filtrar tudo aquilo bem rápido então senti que deveria fazer o mesmo.

Me levantei devagar arrumando os lençóis de volta ao seu lugar abrindo as grandes cortinas permitindo que a luz entrasse por completo no quarto.
Me assustei por um momento com leves batidas que vinham da porta.

- só um momento - gritei enquanto penteava o cabelo. Os fios haviam se embaraçado um pouco durante a noite, como de costume eu não conseguia dormir sem me mexer para todos os lados, isso contribuía bastante para que meu cabelo sempre amanhecesse um verdadeiro caos.

- peguei um roupão de seda bege no closet vestindo por cima do pijama para atender a porta.

- bom dia - Ed sorriu estendendo a mão para me comprimentar.

- bom dia, respondi ainda atrás da porta.

- Eu tomei a liberdade de Preparar um café da manhã especial para comemorar sua chegada, nunca tive muitos amigos em asgard, você é a primeira amiga na verdade.

- Claro, eu só preciso me trocar e eu já saio, só um momento - dei um sorriso de canto antes de fechar a porta novamente..

Ed parecia um garoto transparente, simpático, seria bom para mim buscar algumas amizades novas já que não tinha a mínima ideia de quando eu finalmente retornaria a terra.

Escolhi uma calça com uma camiseta de mangas compridas, a roupa era bastante semelhante a um uniforme de tempos medievais, levaria um tempo até que eu me acostumasse, apesar de achar àquelas vestes super bonitas.

- Eu preciso ver o meu pai antes. - fechei a porta do quanto estranhando não haver nenhum dos guardas no corredor.

- ainda é bem cedo, talvez ele esteja no banquete de café da manhã, mas como preparei um especial não acha que seria melhor vê-lo outra hora ?

- bom pode ser, estranho nenhum daqueles guardas grandalhões não estarem aqui, dês de que cheguei eles ficavam parados na porta do meu quarto.

- eu não sei ao certo mas teve uma pequena briga ontem no reino, minha mãe me contou que um dos guardas de nossas tropas tentou trair nosso rei roubando armamentos para um inimigo.

- Mais o que ? Como não fiquei sabendo disso - fiquei surpresa com a informação tentando pensar se havia alguma conexão comigo.

- você devia estar dormindo, eu também estava , minha mãe trabalha na parte de cultivo de alimentos asgardianos o local sempre tem muitos guardas também para evitar que alguém possa de alguma maneira envenenar algum alimento, isso é bastante comum aqui, até descobrirem o responsável pelo sumiço das armas os guardas estão em observação.

- faz sentido agora, mas como vai ficar a segurança de asgard sem os guardas no posto ?

- nosso rei deverá tomar as medidas necessárias, confiamos nele. Não há o que se preocupar.

- Rei - sussurei baixinho com um sorriso bobo.

- Isso mesmo, senhorita Mia Laufeyson sobrinha do Rei de Asgard, se sente honrada ? - brincou Ed.

- na verdade me sinto orgulhosa, meu tio é uma pessoa maravilhosa assim como meu pai, tenho orgulho da minha família, de ser quem sou, isso me faz feliz.

- família realmente é algo que nos faz sentir completos, perdi o meu pai quando era bem jovem, ele perdeu a vida em uma das batalhas de Asgard, eu ainda me lembro e sinto bastante a falta dele. Mas tenho orgulho em dizer que ele morreu tentando proteger o nosso povo.

- eu sinto muito por você Ed - eu acho que posso entender um pouco da sua dor. eu perdi minha mãe, e nem se quer tenho uma lembrança dela comigo, uma vez tive uma visão dela em sonho. Mas as vezes acho que seja só coisa da minha imaginação.

- você é poderosa Mia, não acho que seja algo de sua cabeça, olhe chegamos. - Ed apontou para um tecido fino e colorido estendido no chão com uma pequena cesta sobre ela.

Eu não sou nenhum mestre culinário, mas minha mãe faz os melhores pratos que Asgard já viu, meu pai ensinou cada um deles a ela, ele amava cozinhar, ela preparou esse café da manhã especial e quero compartilhar com minha nova amiga - Ed tirou duas taças a cesta com uma garrafa que parecia uma bebida familiar aos olhos mas difícil de reconhecer sem o rótulo.

- é uma bebida asgardiana, é doce e um pouco amarga, um equilíbrio perfeito, sem nem uma gota de álcool. Até por que se pegam a gente bebendo algo proibido vão nos dar uma bronca daquelas.

Dei uma gargalhada ao imaginar a cena de Loki me repreendendo por tomar uma bebida com álcool.

- a sua chegada a Asgard, um brinde - batemos as taças enquanto aproveitamos o banquete preparado pela mãe de Ed.

***

HOSPITAL LIFE GOOD CIDADE DE NOVA YORK

Stark caminhava de um lado para o outro esperando por notícias de Peter, May havia recebido o telefonema de última hora de happy informando o acontecido.

Ela não perdeu tempo e pegou o táxi mais veloz até o hospital para saber do estado do sobrinho.

- eu falei para você não preocupar a tia do garoto a toa Happy, nem sabemos ainda o que seja.

- Tony ela tem o direito de saber o que acontece com o Peter, pode não ser nada grave mas ela se preocupa com a saúde do garoto, além disso você está mais desesperado que ela.

Bruce saiu da sala procurando por Tony que correu em direção a ele assim que o viu.

- você tem notícias ? O que o garoto teve ? - perguntou Tony.

- meu sobrinho vai ficar bem ? - may se aproximou de Bruce um pouco aflita.

- o Peter entrou em algum tipo de coma que não conseguimos identificar.

- o que ? Está dizendo que ele está inconsciente ? - May levou a mão ao peito mudando sua respiração.

- Explica isso melhor Banner.

- o Peter sentiu uma dor forte na hora em que estávamos tirando o raio-x, duvido muito que ele tenha desmaiado por conta dos aparelhos , o raio-x que fizemos mostra que está tudo completamente normal, mas é como se o cérebro dele tivesse sido desligado por uma chave, algo que não sabemos ainda a origem. Mas não se preocupem eu prometo que vou fazer o meu melhor para descobrir o que está acontecendo e trazê-lo de volta.

May começou a chorar desesperadamente abraçando Happy que tentou acalma-la. - vai ficar tudo bem May, o Peter é forte.

Tony se sentou em uma cadeira no corredor do hospital levando as mãos na cabeça. - não faz isso comigo Garoto, não posso perder você.