Any Gabrielly Urrea Soares filha do maior empresário dos Estados Unidos uma menina tímida não tem amigos e não recebe amor da família
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Acordo com o som irritante do despertador. Aquele barulho insistente invade meus ouvidos. Olho para o celular: 6h30 da manhã. Respiro fundo e me levanto. Hoje é um grande dia. Separando minha roupa, vou direto para o banho.
Estou tão feliz, e é a primeira vez que vou estudar em uma escola particular! Você pode parecer estranho, afinal, a filha do maior empresário dos Estados Unidos indo pela primeira vez para uma escola particular? Mas, sim, é verdade. Minha vida inteira estudei em escolas públicas. Tive que estudar muito para passar no concurso que me fez entrar na mesma escola do meu irmão! E se você está se perguntando o porque disso, a resposta é simples: ninguém nesta família gosta de mim, exceto meu irmão, Noah, e meu primo, Josh. Meus tios, meus pais, especialmente minha mãe... nunca gostaram de mim de verdade.
Saio do banho, visto minha roupa e pego minha mochila. Quando desço para tomar café, a atmosfera na mesa já é a de sempre: tensa e desconfortável.
—Bom dia. — digo aos meus pais, tentando voar casualmente.
Melissa: Bom dia. — responda minha mãe de forma seca, como sempre.
Lucas: Bom dia, filha. — Uma surpresa me atinge. Um milagre ele me dirigiu a palavra, pois na maioria das vezes ele nem olha na minha cara.
— Cadê o Noah? — questionando, sentando à mesa para comer.
Lucas: Ainda não desceu.
Alguns minutos depois, ouço passos nas escadas e a voz animada de Noah invade a sala.
Noah: Bom dia, família!
Melissa: Bom dia, meu amor. — diz minha mãe, com o tom mais doce que usa apenas com ele.
Lucas: Bom dia, filho.
— Bom dia, irmãozinho. — digo enquanto Noah se aproxima e me abraça de lado.
Noah: Bom dia, chata.
— Chato é você! — brinco de volta, rindo.
Lucas: Chega, vocês dois. — diz, interrompendo a brincadeira com um tom levemente impaciente.
Noah: Foi mal... Bom dia, mãe. — ele se volta para minha mãe, que responde da mesma forma carinhosa de antes.
Estávamos tomando café, tudo parecia normal até que meu pai decidiu largar uma notícia inesperada no ar:
Lucas: Tchau, já vou indo. Ah, Noah, o Josh volta hoje. — Ele diz, como se não fosse nada de mais.
Meu coração acelera por um momento. Josh, meu primo. Desde que eu tinha 14 anos, ele viaja pelo mundo com os pais, e só vem de vez em quando. Sempre foi assim: vem e vai embora logo depois.
Noah: Ah, novidade. Ele vem, fica um dia e vai embora de novo. — diz Noah, como se estivesse acostumado com a situação.
Lucas: Não dessa vez. Ele vem para morar aqui. — Meu pai solta a bomba e vai embora, me deixando atônita.
