⤜Capítulo 8⤛

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Dulce Maria

Quer conseguir me tirar do sério? Dúvida da minha capacidade, não importa sobre o que seja, nem sobre qual assunto eu vou me irritar e me sentir no dever de provar que sou boa, nem que eu tenha que gastar energia para isso.

Quando Olívia duvidou da minha capacidade de dar prazer ao Christopher me senti irada, quem a esposa do Brutos tava pensando que era? Mas agora presa aqui no banheiro eu também to duvidando, tem tanto tempo que não faço sexo e Christopher é um libertino, imagina a decepção que ele ia sentir quando eu fosse uma boneca inflável na cama?

- Negativo Dulce Maria, você vai provar a si mesma que não está enferrujada, fazer sexo é igual andar de bicicleta, depois que aprende nunca mais se esquece. - arrumei meu cabelo no espelho, ajeitei o decote do meu casaco e fui atrás de Christopher. Obviamente não ia dar para ele agora, mas podia provar que sim eu daria prazer a ele. - Christopher?

Andei todo o andar inferior e não o encontrei, voltei a subir às escadas e ele estava em seu quarto, guardando os materiais que usou, fiquei olhando e nossa! Ele é muito lindo e gostoso, seus braços flexionando quando pegou os livros e guardou, sua bunda marcada nas calças coladas, sem contar o rostinho de neném com o cavanhaque. A blusa de frio cobria, porém, eu sabia existir um tanquinho bem feito, um desejo enorme me subiu.

- Ah, Dulce. - me vendo e se virando, Christopher me pareceu envergonhado. - Queria pedir desculpas pelas coisas que a Olívia disse de você, ela ficou bem irritada e me parecia ter bebida. - levantando os braços para coçar a parte detrás da cabeça pude ver novamente seus músculos.

- Tudo bem, eu sei que ela falou da boca para fora por ciúme, eu conheço a Olívia. - dei um passo para ir em sua direção.

- Se conhecem de onde? - Christopher começou a me encarar quando coloquei minhas duas mãos em seu peito.

- Não importa agora. - passando a mão senti seus músculos, junto veio uma leve risada de Christopher. - Não gosta que eu encoste? - perguntei somente levantando meus olhos.

- Gosto de tudo que você faz ruiva, mas não precisa fazer isso pelo que a Olívia disse. - com delicadeza, pois suas mãos sobre as minhas e, me surpreendendo entrelaçou nossos dedos. - Tenho certeza que você também sabe dar muito prazer.

O momento poderia ser estranho, mas era muito confortável, sorri e Christopher continuo me encarando, bom eu podeira não transar, mas beijar... Eu poderia facilmente, então me estiquei e entendendo o recado Christopher abaixou sua cabeça e subiu suas mãos colocando em minha bochecha, seus lábios foram delicados e suas mãos fizeram uma carícia suave em meu rosto. Eu esperava algo mais bruto e forte, fiquei surpresa e completamente entregue ao momento.

- Eu tenho que ir, está tarde. - puxei o ar quando nos separamos, não tenho ideia de quanto tempo fiquei o beijando.

- Quer que eu te acompanhe? Está tarde. - suas mãos foram para minha cintura, eu neguei com a cabeça, Samantha viria me buscar.

- Minha amiga vem. - nesse momento escutei uma buzina, ainda bem que não avançamos ou Sam teria que esperar. Peguei minha bolsa e me dirigi até a saída. - Até segunda Chris. - vindo até mim e dando um selinho longo, seguido de um sorriso que me faria abri as pernas.

- Até Dul.

Entrei no carro de Samantha quase voando, minha empolgação a mil, eu nem acredito que beijei e que foi tão bom assim. Contei tudo para Samantha, absolutamente tudo até o delicioso sono que a cama dele me proporcionou, tão macia e quentinha.

- Então hoje você dorme comigo, minha cola a Liz vai ficar com o namorado, o quarto é nosso. - soltei um gritinho animado pela nossa noite das meninas, eu estava tão agitada que nem senti meu celular vibrar, fui perceber quando Samantha decediu tomar um banho.

Mamãe:

Oi! Meu amor, filha você sabe quanto eu odeio te pedir favor, sei que está dando aula particular para pagar tudo, mas seu pai passou mal hoje, tivemos uma despesa gigante no hospital e agora ficamos sem dinheiro para comprar o gás. Queria saber se você tem algum dinheirinho guardado para emprestar. Boa noite meu anjo, te amamos.

Dulce:

Mamãe, oq aconteceu com o papai? Ele está bem? Mds pq não me ligou? Quanto ao gás eu posso dar uma olhada, acho que consigo enviar, mas é só o gás mesmo? E comida? Vai precisar?

- O que foi? - a voz de minha amiga me despertou, mostrei o celular a ela e Samantha também ficou preocupada.

- Eu não tenho dinheiro e agora? - fiquei chateada, não queria eles pedindo dinheiro aos outros.

- Amiga eu tenho 350 doláres para guardei para a competição, mas ela é daqui a dois meses, eu te empresto e você devolve até lá. - abrindo uma gaveta Samantha tirou uma caixinha com cadeado e me estendeu um envelope.

- Não posso aceitar Sam. - me empurrando envelope e fazendo cara de impaciente Samantha insistiu. - Vou te devolver assim que Christopher me pagar.

- Tranquila, qualquer coisa meus pais me ajudam, agora você precisa ajudar os seus.

Por isso Samantha era minha melhor amiga, nós conhecemos pouco antes de entrar na faculdade e ela sempre passa um tempo na minha casa, sabe toda a situação financeira dos meus pais e o quanto eu lutei para entrar nessa faculdade. E nada ia atrapalhar meu sonho de me formar e dar um rumo melhor a vida dos meus pais. 

𝑻𝒉𝒆 𝑹𝒆𝒄𝒐𝒗𝒆𝒓𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora