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Deitado em sua cama, já desgastada e suja, tinha um homem, poucos mais de 24 anos, onde não sabia mais o que fazer, não sabia o que tinha feito de errado, e não sabia como resolver.

O mesmo se chama Alexander e estava desesperado. Não sabia o que fazer mais. Só queria que tudo se resolvesse ou que simplesmente acordasse e que fosse tudo um pesadelo. Não queria ter que pensar em pagar alguém, em ter que trabalhar horas para colocar comida na mesa, cuidar de seu filho. Ele só queria que tudo fosse como sempre sonhou.

O mesmo em seus 20 e poucos anos, desempregado, quase para ser expulso de sua casa por não pagar o aluguel, e com um filho que precisa de um tratamento, mas que infelizmente não pode pagar.

Desespero. Culpa. Angustia. Raiva.

Era o que sentia por ele mesmo, por não ser capaz de cuidar do próprio filho, que a meses atrás fizera 2 anos, com uma doença grave.

Meu coração se fecha toda vez que eu o olho, não aguentava ter que me fazer de forte quando eu não sou, não aguentava ter que sorrir falso, quando minha vontade era de chorar. Meu coração se fecha toda vez que eu lembro quando recebi a notícia que ele tinha a doença, e não pude desabar. Minhas lágrimas pareceriam que a qualquer momento iriam se dissipar de meu corpo e nunca mais voltar, onde eu não posso chorar e me mostrar fraco.

Linfoma, do tipo LH. Passado pela mãe, que infelizmente não resistiu e veio a falecer depois de fazer o parto. Uma história que Alec preferia esquecer e enterrado a sete chaves.

O sistema linfático é a rede de combate a doenças do corpo. Inclui os gânglios linfáticos, o baço, o timo e a medula óssea. Os principais tipos de linfoma são linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. Onde as pessoas que o possuem, podem ter perda de apetite, falta de ar, perda de peso, etc.

Seu tratamento consistia em quimioterapia, medicamentos, radioterapia, e raramente, transplante de células-tronco.

Eles são divididos em 2 tipos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH), onde o LH é caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfonodo acometido, conhecidas como células de Reed-Sternberg.

Nunca soube o que sua esposa tinha, achava que era somente uma simples frescura, mas tudo mudou quando seu filho nasceu, depois de toda turbulência que passara, seu filho ficou alguns meses no hospital por ter sido detectado a doença, que fora hereditária. Alec desde então, nunca mais saiu de perto do filho, e naquele momento, decidiu que iria dedicar a vida para cuidar dele.

Quando descobriu que sua esposa tinha a doença, logo após seu óbito, pareceu que tudo iria desabar diante dele, mas se manteve forte, por seu filho, com poucos meses de vida.

Os primeiros meses foram difíceis, principalmente quando não se tem ninguém ao seu lado para o consolar, para o ajudar. Sua família havia morrido a alguns anos atrás, quando ele tinha 19 anos, havia 5 anos. Foi um dia horrível, foi difícil de se recuperar, mas daí uma moça jovem, 18 anos, apareceu em sua vida.

A jovem se chamava Lydia. Uma brasileira que acabara de se mudar para New York por conta de sua família. Pareceu que foi amor à primeira vista, e desde então, os dois continuaram a se encontrar, meses depois apareceram namorando, pedido feito por Alec. Com 21 anos, com dois anos de namoro, Lydia se descobriu grávida, e foi uma alegria para todos, mesmo que o pai da mesma não concordasse muito com o relacionamento de ambos, não deixou de ficar feliz ao ver que logo seria avô.

A gravidez foi tranquila, mesmo com coisas estranhas acontecendo com Lydia, mas Alec achava que não era tão sério, a faculdade tinha ficado em segundo plano e logo arrumara um emprego para ajudar a sustentar sua nova família.

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