"E o que você tem feito?" Eu perguntei a Trevor, um amigo da escola que encontrei por acaso no restaurante que vim jantar com Axl.
"Assim que terminei o ensino médio comecei a faculdade de direito e terminei há uns dois anos, comprei uma casa aqui em Los Angeles e pretendo ficar por um tempo. Você pode me visitar qualquer dia desses, vou te dar meu número e quando tiver um tempinho livre pode me ligar." Ele tirou um cartão do bolso da camisa e me entregou.
"Claro, seria um prazer." Eu estava prestes a falar mais algumas coisas quando olhei de relance pra mesa onde Axl e eu estávamos sentados, foi então que vi aquele olhar em seu rosto.
Eu sabia que ele tava com ciúme, qualquer cara que chegava perto de mim me encarando já o deixava irritado.
"Trevor eu preciso ir, meu namorado tá me esperando, mas foi muito bom te reencontrar. Prometo que vou te visitar assim que puder." Nós nos abraçamos e eu voltei pro lugar ao lado de Axl.
"Que porra foi aquela?" O ruivo perguntou, com o maxilar trancado.
"O que foi o que, Axl?" Provoquei, como se não soubesse do que ele tava falando.
"Aquele filho da puta praticamente te comendo com os olhos e te abraçando, que merda foi aquela S/N?" Ele baixou o tom de voz, mas continuava zangado
"Aquele era o meu amigo do colégio, Trevor. A gente não se via desde aquela época quando éramos um casal. Bons tempos." Menti. Claro que não era totalmente verdade, mas eu queria ver ele explodindo de raiva por causa disso. Eu mordi os lábios, sabia que isso só o deixaria mais irritado, mas também sabia que ele não ia perder a oportunidade de me castigar.
"Bons tempos, é?" Axl perguntou, descrente que eu o provoquei mesmo sabendo como ele fica quando fica assim. "É isso que a gente vai ver." Ele chamou o garçom e pediu a conta.
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"Eu não queria vir embora agora." Eu disse em um tom sensual.
Estávamos sentados no bando de trás do táxi, eu em uma ponta e ele na outra com o rosto virado pra janela.
"O Trevor mudou tanto desde a época do nosso namoro, com certeza ta indo pra academia." Eu continuei atiçando. "Talvez eu visite ele qualquer dia desses, seria como nos velhos tempos." Me aproximei do ruivo.
Axl virou o rosto na minha direção. Sua expressão estava fechada e o punho cerrado. Eu sabia que ele não seria capaz de fazer nada comigo então me inclinei e mordisquei o lóbulo de sua orelha.
"Ficou mudo, amor?" Perguntei baixinho antes de descer minha boca pro seu pescoço e dar mordidinhas em toda sua pele sensível, deixando marcas do meu batom vermelho vivo.
Quando parei os beijos senti sua mão na minha coxa, apertando com força como se quisesse deixar uma marca, logo foi subindo até se aproximar daquele lugar que estava desesperadamente precisando dele. Ele desceu e subiu com a mão ali perto mas nunca colocando onde eu queria, eu apenas observava sua maldita tortuta enquanto sentia seus olhos queimando em mim.
Depois de toda aquela provocação ele tirou a mão de lá e deu um sorriso convencido antes de virar o rosto de volta pra janela. Bufei de frustração e apertei as pernas na tentativa de obter alguma sensação, já que ele me deixou daquele jeito.
Pouco mais de 15 minutos depois chegamos em casa. Axl entregou o dinheiro pro motorista e disse pro mesmo ficar com o troco. Ele agarrou meu pulso e me puxou até chegarmos lá dentro.
"Você acha que pode me provocar assim e ficar tudo bem? Não me testa." Axl me imprensou contra a porta apertando seu corpo no meu, sua boca a centímetros de distância da minha.