¬¬¬ Okay, talvez eu esteja incomodada com o fato de essa plataforma não ter um espaço específico para as notas iniciais. E pela primeira vez estou arriscando postar algo primeiro aqui do que no spirit XDEu escrevi esse plot há muito tempo, porém só comecei a desenvolver agora. Capítulo curtinho para introdução. Me perdoem se a sinopse ainda deixa a desejar, estou trabalhando nisso.
Boa leitura!
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Os termômetros no centro de Phoenix estavam à ponto de marcar 40° graus, e numa cidade quente como aquela, não era uma surpresa, apesar de ainda ser desagradável.
Yuta e Olivia não costumavam sair de casa, na verdade, ela não costumava sair. Yuta, saía sempre que podia, talvez tentando encontrar alguma forma de se familiarizar com o local e lidar com o fato de que não iria voltar ao Japão tão cedo. Aquele dia, não seria muito diferente. Olivia estava sentada no chão gélido do quarto, juntando as peças de lego de uma das filhas, enquanto Yuta estava na varanda, observando as gêmeas correrem pela grama que havia acabado de ser cortada.Olivia junta todas as peças e vai até o banheiro, onde lava as suas mãos e tranca a porta, preparando um banho para si.
Yuta vai até a cozinha, tirando do freezer o pote com sorvete de baunilha, e na prateleira ao duas tigelas pequenas de vidro. Yuta não terminou de pôr a sobremesa nas tigelas, foi interrompido pela filha que o olhava tão intensamente que ele poderia ter certeza de que algo estava errado. Correu porta à fora, e não encontrou a outra filha.
Olivia estava rente à porta de casa, com o rosto impassível.
A gêmea atordoada segurou a mão do pai, e o guiou como se fosse um cão farejador até o lago. Yuta pegou sua mão, e a puxou com firmeza.
- Onde?
A filha balança a cabeça em sinal de negação.
- O papai não está bravo com você. Só me diz onde.
Apesar da tentativa falha em suavizar os músculos de seu rosto, Yuta ainda estava apreensivo, como se sua vida dependesse daquela resposta.
A filha olhou em direção ao lago, novamente. Yuta não precisou de mais nada para entender.
Olivia não sentia os seus pés tocarem o chão, precisou se apoiar no batente da porta, enquanto esperava por um sinal mesmo que mínimo. Ela queria, mas não conseguia se mover dali.
Yuta volta para a varanda, o medo erradiava de seu corpo, ele nunca havia se sentido assim. Com a outra filha nos braços, pálida, molhada e sem nenhum sinal de vida.
Sua vista entorpece e Olivia cai, já não sentindo o chão ou qualquer coisa a baixo de si, como se não houvesse nada. E talvez não houvesse mesmo.
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Onde Os Pássaros Cantam
FanfictionOlívia Hunt se mudou para o Arizona após o nascimento de suas filhas gêmeas ao lado de seu esposo, Yuta. Após um fatídico acidente que vitimou a vida de April, uma de suas filhas, Olívia além de conviver com transtorno de estresse pós traumático, p...