"Era dia, meus pés estavam todos sujos da terra em que brincava, sentio-os tocar na grama macia e verde do jardim do orfanato, brincava de pega-pega com algumas crianças, não consiguia ver os rostos direito, mas alguém me chamava pelo apelido.
– Bolinho, estava te procurando. – Um menino cujo a face não vejo falou em minha frente, mas sentia que sabia quem era.
Ele falava mais algumas palavras, mas tudo era em vão, não ouvia um piar se quer, estava tudo e todos mudos, quando uma luz forte me atraí, estava vindo do meu braço, era o bracelete que eu ganhara! Mas por que brilhava? O mesmo bracelete do menino támbem brilhava, a pedrinha pendurada de ambos reluzia como o sol. A luz so ia aumentando quase me deixando cega, mas não me era estranho a sensação, mas logo tudo fica preto e ouço alguém me chamar de longe.
– Hámora.
– Hámora. "
– Hámora! – Abro os olhos assustada. – Se eu tiver que gritar mais uma vez você irá sair dessa casa sambando ouviu? – Petra me acorda brava, parecia que tinha acabado de ser convidada para uma festa importante pois estava muito euforica. – Você dorme feito pedra mulher. – Ela completa enquanto procurava algo em suas gavetas.
Eu havia adormecido em sua sala, só me dei conta após reconhecer o reconfortante sofá verde escuro de minha amiga.
– Huh? Fiquei muito tempo adormecida? – Pergunto me recompondo.
– Quase nada, só meia hora! No sofá ainda!
– A culpa é toda do sofá, ninguém mandou ele ser tão macio.
– Ah mais é claro. – Diz saindo do cômodo em que estavamos e indo para seu quarto. – Preciso de sua ajuda. – Ela diz voltando com dois vestidos pendurados em cabides. – Esse. – Levanta o longo vestido rosa claro sem caimento. – Ou esse? – Diz levantando o outro vestido verde marfím com duas camadas.
– O segundo, mas para que ocasião?
– Clarisse me chamou para um encontro acredita? Nunca pensei que ela daria o primeiro passo. – Petra fala com o semblante animado.
– Estou suspresa, pelo visto alguma coisa irá sair. – Falo levantando-me e indo até a cozinha para pegar um copo de água.
– Tomara, não aguento mais essa vida sem pretendentes.
– Não é pra tanto, você tem apenas 22 anos, há muito pela frente. – Digo acabando com a última gota d'água do copo.
Despeço-me da minha amiga logo após ela ir para o banho e vou direto para meu pequeno cúmulo onde moro há quatro anos, minha casinha situava-se em cima de um mine restaurante, tinha comprado meu lar com economias que havia guardado desde que tinha saido do orfanato, mesmo agora com condições um pouco melhores ainda prefiro morar lá, é meu lugar especial.
Chegando na escadaria que dava para minha casa ouço uma voz desconhecida vindo da rua, era de um homem, parecia ser um viajante, um viajante rico, ótimo! Só precisava ver o caráter, assim decidia se valia ou não apena tirar cada centavo de seu bolso. Vou em direção ao mesmo que parecia perdido, o homem percebe minha presença e logo me olha com malícia, ótimo, ai estava o sinal, esse verme não prestava mesmo, iria rouba-ló sem mais e sem menos, aos poucos vou me aproximando vagarosamente insunuando interesse no velho.
– Está perdido senhor? – Digo parando em frente.
– Estou, estava esperando que uma bela jovem como você mostrase-me um caminho proveitoso digamos assim. – O velho repugnante me olha de cima a baixo com seus olhos caidos, eles eram da pior espécie, eram homens ricos que desciam até a parte pobre da vila para passarem a noite em bordeis.
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Justice of the Night || 𝓗𝓪𝓶𝓸𝓻𝓪 & 𝓛𝓸𝓽𝓾𝓼
RomantikHámora sempre viveu em lares adotivos, nunca soube sobre sua família, mas seu sobrenome Jaeger fazia jus a mesma, Hámora vivia como uma caçadora de bens, roubava dos nobres barrigudos e dividia com o povo de sua vila. Dentre os de alto escalão Hámor...