Capítulo 2

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2 semanas depois

     Hoje é o meu último dia na escola onde estudo.
     Habituei-me tanto à ideia de sair desta cidade que estou ansiosa para conhecer minha casa e escola novas.

     A minha mãe disse que os senhores com a carrinha das mudanças iriam levar as nossas caixas enquanto eu estivesse na escola. Como hoje saio a meio da tarde, a dona Aurora irá levar-me para o meu novo lar.

     Estou tão nervosa!!

     Irei comunicar com mais pessoas, isso já motivo para ficar nervosa.

     Na escola, estive a despedir-me pessoalmente da minha querida amiga biblioteca onde passei tanto tempo a admirar as prateleiras cheias de livros, encantar-me com romances e a estudar durante horas. Esta biblioteca passou a ser uma melhor amiga para mim mas nem tudo dura para sempre.

(...)

     Estou a meio do caminho para casa, eu e a minha mãe estamos a ouvir as músicas que passam na rádio.

     Eu estava a brincar com os meus dedos para acalmar o meu nervosismo.

     -Filha, não precisas de estar tão ansiosa. Tu só vais conviver com mais 2 pessoas.

     -Eu sei, mãe. Mas é sempre estranho.

     -Não te preocupes. Pois é, eu não vou entrar em casa contigo, porque houve uma complicação na empresa e o William pediu-me para ficar lá até mais tarde.

     -Está bem- realmente estava tudo bem. Provavelmente o filho do William ainda deve estar na escola.- Ainda bem que não está ninguém em casa, então.- digo, enquanto encaro a paisagem pelo vidro da janela.

     -Bem...- ela diz um pouco receosa- O filho do William já deve estar lá. Ele hoje saiu mais cedo da escola.- parei de olhar para a janela depois do que a minha mãe disse.

     -O QUÊ?- berro mais ansiosa- Ok calma, vai correr tudo bem, só estás a ser dramática. Só vais falar com o teu suposto "meio-irmão" e, para além disso, irias ter que falar com ele mais cedo ou mais tarde.- convenço-me em voz alta.

     -É assim que se fala. Tem calma, descontrai e leva o teu tempo.- a minha mãe diz, ajudando-me a relaxar um pouco.

     -É verdade.

     Estávamos a aproximarmo-nos de uma rua cheia de casas lindas e enormes. O carro parou à frente de uma casa branca, igualmente grande.

     -Já chegámos!- avisou-me a dona Aurora, enquanto eu admirava a beleza e elegância da casa à minha frente- Eu sei. Ela ainda é mais bonita por dentro.

     Como é possível ser ainda mais bonita por dentro!!

     -Já tinhas vindo aqui antes de nos mudarmos?-pergunto.

     Se casa já é bonita por fora até tenho medo por dentro.

     -Só vim aqui uma vez e fiquei logo a amar esta casa- diz, enquanto recorda, provavelmente, do primeiro momento em que esteve nesta mansão.

     Quem não ficaria a amar esta casa?!

     Ganhei coragem e saí do carro.

     -Tchau, mãe!- digo antes de fechar a porta do carro.

     Aurora abriu a janela e entregou-me as chaves que acho que seja da casa.

     -Adeus, filha!-diz-me enquanto eu pego nas chaves e vai-se embora.

     Atravessei o passeio enquanto tremo sem parar.

     Valentina, pensa num plano!

     Ok, então, vou abrir esta porta de madeira o mais devagar e silencioso possível, E, depois, quando estiver dentro deste casarão vou correr para o meu até ao meu novo quarto. A primeira parte seria fácil, agora a segunda já requer mais esforço intelectual.

     Peguei no molhe de chaves que Aurora me deu e arregalei os olhos com a quantidade de pedaços de metal com várias formas diferentes. Eu não fazia a mínima ideia que chave abriria este pedaço de madeira à minha frente.

     Depois de 3 tentativas consegui consegui saber qual das milhentas chaves iria abrir aquela porta.

     Nessa altura comecei a pôr a primeira parte do meu plano em ação.

     Coloquei a chave tão devagar que achei que demoraria um ano só para destrancar a porta que me separa daquela casa com um rapaz lá dentro. Destranquei a porta e abri-a silenciosamente. Entrei em casa, virei para fechar a porta que era mais pesada que sei lá o quê e foi quando estava prestes a fechar a porta que desequilibrei-me , bati com o meu corpo na porta empurrando-a com bastante força. Ela fechou-se e ouviu-se um grande estrondo que podia acordar uma pessoa a 1 km.

     Coloquei a testa na porta percebendo que falhei miseravelmente o meu plano.

     Porque é que eu tenho tão pouca sorte?  

     Ouvi passos de pessoas a aproximarem-se.

     Virei-me e... OH. MEU. DEUS!

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⏰ Última atualização: Aug 02, 2021 ⏰

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