P.O.V. Helena
— Papai!
Grito e corro até ele.
A moça tatuada se abaixa e coloca os dedos na sua jugular, fazendo sinal de positivo com a cabeça.
Miguel o carrega no colo e coloca sobre a cama.
Eu começo a ficar desesperada enquanto ele não acorda.
— Batimentos cardíacos normais. Pode ser queda de pressão por causa do susto, levante as pernas dele, Miguel.
Senhorita Correa diz com uma calma que me tranquiliza um pouco.
Papai começa a voltar a si e quando vejo, eu estava chorando de alívio. O abraço apertado e ele faz um carinho nos meus cabelos.
— Que susto, Papai. O Senhor está passando mal?
— Não, foi só vertigem, acho que minha pressão caiu. O que está acontecendo, Helena? Quem são essas pessoas?
— Eu também gostaria de saber.
— Bom, essa é a nossa deixa para nos apresentarmos.
Disse a minha salvadora. Ela fala em português, e faço as traduções necessárias.
— Sou Tainara Correa. Eu e sua filha nos conhecemos pela internet e estávamos juntas quando tudo aconteceu.
A mulher disse com tanta convicção que congelei e não tive ímpeto de desmentir, mesmo odiando mentiras. Ela deve saber o que faz.
— Ela é Andreia Oliveira, ex-policial militar, trabalhava no setor de inteligência. Atualmente tem uma empresa de segurança.
— E este é o nosso amigo Miguel Donizetti, também ex-militar, atualmente segurança particular e professor de defesa pessoal.
A tatuada apresentou o gigante que estava calado, observando a rua pela janela.
— E como vocês entraram nessa história?
Papai perguntou totalmente perdido.
— O restaurante é um dos nossos clientes, fui lá verificar o sistema de câmeras, que foi desligado remotamente ontem a noite.
A Andreia respondeu com uma calma invejável.
— E eu já estava lá para me encontrar com a Helena.
Gente, elas são ótimas atrizes!
— Acredito que o ataque ao sistema tenha relação com o ocorrido hoje, já que um dos carros usados pelos suspeitos apareceu nas imagens da madrugada, quando a segurança foi invadida...
— Que loucura! E que conveniente!
Meu pai interrompe a moça e nos olha com desconfiança.
— Pedi que Miguel fosse me ajudar quando vi que a situação era mais séria.
— Helena, você não acha muita coincidência elas estarem lá justo na hora do atentado?
Papai pergunta e eu também pensei a mesma coisa.
— Que bom que o Senhor está desconfiando de nós.
A Andreia diz e não parece chateada.
— Bom? Você não deveria estar chateada?
— Não. É sinal de que está atento e preocupado com a segurança...
— Merda. É coisa grande, Deia.
Tainara diz, olhando para um tablet.
Os três observam a tela e depois se encaram. Pela fisionomia dos três, alguma coisa séria está acontecendo.
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Duquesa (DEGUSTAÇÃO)
RomanceUma dolorosa traição fez a Duquesa Helena de Ávila desistir do amor e desconfiar das mulheres. Um atentado a colocou no caminho da competente Tainara. Helena teme por sua vida e seu coração... e quando menos espera, ambos estão nas experientes e es...