Capítulo 3- Conflito

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     Ryuu puxou forte o pulso de Aki, que estava cochilando no colo de Ayato. Envolveu seus braços, um entre o peito de Aki e o outro segurava sua testa, como se dissesse "Ele é minha propriedade". Seus olhos fuzilavam Ayato, que retribuía com o mesmo olhar. Aki tinha acordado, surpreso.

—Você me ama? -Perguntou Ryuu.

—S-sim. -Aki respondeu sem nem hesitar.

—Tá vendo seu bosta? Não se mete com o que é meu. -Esbravejou Ryuu.

    Ryuu puxa Aki e os dois caminham para o seu dormitório. Quando Ryuu abre a porta com bastante raiva, Aki tenta dizer algo, porém Ryuu o joga com força em sua cama. Ele avança, beijando Aki com vontade. Ele prende os braços do garoto com a mão, em cima da própria cabeça dele, e sobre um pouco a blusa do rapaz.

—O que você tá fazendo? -Aki tenta se soltar, sem sucesso. —De novo você vai fazer isso? E depois? Vai fugir de novo?

     Ryuu significa "Espirito de Dragão". E esse significado fazia total sentido. Além de sua aparência exuberante, seus cabelos prateados e olhos azuis feito diamantes, era totalmente orgulhoso, tinha um ego inflável, e conseguia tudo o que queria. Era extremamente soberbo, parecia até um príncipe (mimado)

—E se eu realmente fizer isso? -Ryuu riu com o canto da boca.

—Não vou deixar. -Aki começou a chorar, o que deixou Ryuu incomodado.

     Ele pôs sua mão no abdômen semi nu de Aki, e foi descendo provocante, enquanto isso, o beijou novamente, "só que dessa vez sua língua está mais quente" -Aki pensou. A mão de Ryuu apertou levemento o membro de Aki.

—Nã-não. Para. -Aki tentou novamente se soltar mas não conseguiu.

     Aki tremia. Ryuu começou a acariciá-lo lá embaixo. Aki sentia que ia desmaiar de tão bem que se sentia. Ryuu era muito bom nisso. A camisa de Aki foi arrancada por Ryuu, que lambeu o mamilo do garoto, com gosto.

—Chega! -Aki deu um chute no nariz de Ryuu. Foi sem querer, ele apenas tentava se soltar e conseguiu.

     Aki correu para o banheiro e se trancou lá. Pensou por uns minutos. Suas pernas tremiam e suas mãos suavam. Para tentar se acalmar tomou uma ducha, e quando saiu do banheiro, Ryuu já não estava mais no quarto. Aki sentiu um alivio, mas ficou querendo mais do que havia acontecido, e até se sentiu um idiota por ter escapado, mas então pensou: "Não posso deixar ele me fazer de trouxa de novo". Depois de algum tempo pensando, foi dormir, pois sua cabeça doía.

     Ao acordar, tomou um remédio, tomou uma ducha e foi para a cafeteria. Ryuu não estava no quarto. "Bom, dessa vez eu que fugi" Aki pensou. Ao chegar na cafeteria, comprou uma fatia de bolo e uma xícara de café. Enquanto comia recebeu uma mensagem de Yumi:

Vem pro dormitório do Ayato, AGORA!

Seu babaca!

     Aki não pensou duas vezes, correu até o dormitório de Ayato. Ao entrar pela porta, se espanta: Ayato estava cheio de hematomas pelo rosto e com um olho inchado.

—Baby! -Ayato tentou abraçar Aki, porém Yumi o puxou pela gola da blusa.

—Você não chega mais perto do Aki. Pro seu bem. E Aki, não quero que você chegue mais perto do Ayato, foi por sua culpa que ele tá desse jeito. - Yumi esbravejou.

—Ayato... quem fez isso com você? -Aki disse com lagrimas nos olhos.

—Não é sua culpa Aki. Eu já disse pra ele que você é meu. Esquece esse escroto.

—Já entendi... -Aki dá as costas e sai do quarto, batendo os pés.

     Ayato tenta impedir, mas Yumi o segura de novo. Aki procura Ryuu por cada canto da universidade. Chegando no ginásio do campus, Ryuu jogava basquete com alguns amigos.

—Ryuu! -Aki grita com fúria.

     O garoto achou que aquele homem alto, que parecia um modelo de tão lindo, ia o ignorar, mas pelo contrário, respondeu ao chamado, mas de uma forma assustadora. Sua cabeça se moveu bruscamente em direção a Aki. Seus olhos se encontraram. Ryuu estava com arranhões e leves hematomas no queixo e no olho. Seu olhar era furioso.

— O que foi seu merdinha? O que você quer comigo? - Ryuu debochava enquanto seus amigos riam.

     Os lábios de Aki tremeram:

—Foi você quem bateu no Ayato, não foi? Por que fez isso?

—Aquela bichinha? Ele mereceu. Pra ver se vira homem. -Ryuu gargalhava junto de seus amigos.

     Aki não teve coragem de enfrentá-lo. Porém antes de virar as costas, resmungou:

—Eu tô com nojo de você.

     Ryuu o ouviu, sua sobrancelha tremeu. Aki foi embora, com muita raiva. Ryuu o observou até ele sair do ginásio.

    Naquela manhã de segunda, os alunos tinham um tempo livre para fazer atividades extra-currículares ou praticar esportes. Aki tinha se inscrito para uma palestra e foi assisti-la, apesar de não ter conseguido prestar atenção, pois Ryuu tinha tomado conta de sua mente.

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