Maninho, maninho...

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✓Pov Any:

Chego em casa e subo logo as escadas.

-Noah: Ei Any, o que foi? - Veio atrás de mim.

-Any: Nada!

Entrei no meu quarto, bati a porta e me joguei na cama.

Minha cabeça estava uma mistura de sentimentos, eu tinha medo de ela não querer mais falar comigo, raiva de mim, pq não deveria ter feito aquilo e principalmente estava triste.

Triste por ela ter me dispensado.

Será q ela fez isso pq não gosta de meninas?

Pensei.

Ou será pq ela só não gosta de mim msm?

Ouvi batidas na porta.

-Any: Quem é? - Não estava com um pingo de paciência.

-Noah: Sou eu Gabrielly, posso entrar?

-Any: Não tô afim de papo! - Eu mal acabei de falar e ele já estava entrando.

Puxou a cadeira da minha escrivaninha e se sentou ao lado da minha cama.

-Noah: Me fala o que aconteceu maninha?

-Any: Já disse q não quero conversa!

-Noah: Ok... - Deu uma pausa - Nesse caso, vamos ver por onde eu começo... Você brigou com a Verônica?

-Any: Não.

-Noah: Foi suspensa?

-Any: Não.

-Noah: Seu telefone quebrou? - Tirei meu telefone do bolso da calça e mostrei a ele.

-Any: Por que tá tão preocupado comigo?

-Noah: Você é minha irmãzinha ué!

-Any: Eu sou mais velha!

-Noah: Alguns meses! Olha, eu sei q pego no seu pé, mas é isso q os irmãos fazem ué!

Isso me fez rir.

Aquela risadinha q vc só sopra um pouco pelo nariz e sorri.

-Any: Então vc não vai me deixar em paz enquanto eu não contar, certo?

-Noah: Bingo! - Até se preparou.

-Any: Dor de cabeça, só isso! - Menti. Ele olhou pra minha cara e começou a a rir. - Tá rindo de que?

-Noah: De você! Tentando mentir pra mim.

-Any: Qual foi?

-Noah: Eu te conheço muito bem e outra, você mente mal. - Revirei os olhos.

-Any: Aé? O que mais?

-Noah: Você não iria estar tentando engolir o choro se fosse só dor de cabeça. - Merda!

-Any: Eu não tô escondendo choro nenhum! - Estava sim.

-Noah: Está sim! Seu rosto e os seus olhos estão vermelhos e seus cílios molhados. - Passo a manga do casaco nos olhos pra seca-los.

-Any: Olha só, parece que temos um Sherlock Holmes aqui. - Disse em um tom de deboche.

Me deitei mais pro lado e ele se sentou na cama perto de mim.

Ficamos uns segundinhos em silêncio até ele começar a falar novamente.

-Noah: Você lembra no fundamental, quando eu tinha 11 anos, que você cuidava de mim até mais que meu pai? Me defendendo dos babacas do colégio?

-Any: É, lembro sim! Foi um ano antes da mamãe morrer. - Ele continuou.

-Noah: Sobre isso...Você se afastou de todo mundo depois do que aconteceu. - Olhou pra mim. -  Parece que...se fechou.

-Any: É, talvez...

-Noah: Olha, me conta o o que aconteceu. Talvez eu possa ajudar.

Será que eu conto ou não conto?

Essa peste vai me zoar.

-Any:  Tá bom então, se eu falar você promete que não vai me zoar e depois vai me deixar em paz?

-Noah: Combinado!

-Any: Digamos que eu esteja gostando de uma garota. - Falei meio baixo.

-Noah: Ok, é lá da escola?

-Any: É. E talvez, só talvez! Eu tenha tentado beijar ela, e a mesma se afastou.

-Noah: Vish! Vc sabe se ela tbm gosta de meninas? - Esse é um dos problemas.

-Any: Não sei.

-Noah: Ai complica! Mas, fiquei curioso, quem foi que conquistou esse seu coração de pedra?

-Any: O nome dela é Savannah, Savannah Clarke.

-Noah: Savannah? Não conheço... Há espera, é a novata? - Fiz um "Uhum" e ele continuou - Vai ser difícil eu te ajudar nessa.

-Any: Não precisa. Só me deixa quieta agora. Pode ser?

-Noah: Claro...A - Ele se lembrou de algo. - antes, eu deixei umas panquecas pra voce no fogão.

-Any: Obrigada maninho! - Dei um abraço dele

Com aquele jeito meio bobo ele tinha me animado um pouco.

Fiquei mais alguns minutos deitada, olhando pro nada, pensando em tudo.

Desci pra jantar e depois fui dormir, mas antes me certifiquei de que meu alarme estava ligado dessa vez.

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Até meu último suspiro - Adaptação SavanyOnde histórias criam vida. Descubra agora