Safira bufou para o pai, ouvindo os seus tão familiares gritos, a garota de braços cruzados, pernas abertas e largadas pela cadeira giratória tinha uma expressão neutra, digna de um cenho franzido e um semblante sério.
— Já é a segunda vez na semana que você vai para a detenção, Safira! e olha que ainda é terça. — O homem dizia, dando voltas e mais voltas pela sala, com suas veias saltando pelo seu pescoço, ao que a mãe da garota, sentada na outra cadeira, roía as suas unhas em gel enormes, vermelhas e brilhantes.
— Sergio, não vamos nos precipitar, vamos com calma, sim? — a mulher dizia mordendo seus lábios com batom vermelho, se vermelho fosse uma vida, seria a desta moça.
Alta, magra, e dona de vestidos longos e caros, Enalva, era uma mulher em seus quarenta anos de idade, com uma aparência juvenil, vaidosa, e simpática.
— Enalva, mulher, é a segunda vez que você insiste em passar pano para ela! — Safira arqueou sua sobrancelha.
— Mas Sergio, é uma adolescente, é normal ela querer se envolver em problemas e ser assim. Quando ela for maior, vai entender, ela está no último ano e...-
— E nesse tempo todo, ela foi expulsa de cinco escolas, e agora que ela vai terminar, vai ser expulsa de mais uma? — Fez uma pergunta retorica, enquanto abria seus braços.
— Se não se importam, eu vou indo, tá legal? — A voz um pouco rouca de safira soou pelo lugar, fazendo o silêncio se instalar ali.
Safira está no auge de seus dezoito anos, terceiro ano do ensino médio, quase para terminar a escola.
A garota tem cabelos ondulados e preto, tão pretos quanto a lua, olhos escuros, e sempre uma expressão neutra, sempre usando sua jaqueta de couro maior que seu tamanho normal, mesmo a garota tendo 1,68 de altura.
Seus coturnos colando no chão em direção á porta, pronta para acabar com aquela discussão, e quem sabe, sacar uma identidade falsa na loja de penhores e comprar uma Vodka dessas bem fortes.
Assim, em menos de alguns segundos que suas mãos tocaram a maçaneta, seu pai se manifestou :
— Está de castigo! — Foi a última coisa que ouviu antes de sair.
Mandíbula marcada, nariz arrebitado, sinal ao lado de sua boca, um risco na sobrancelha, esses eram os poucos detalhes que marcavam Safira, além de um gênio forte e impulsivo, explosivo e muito difícil de lidar.
Ela, já fora da empresa após passar pelo longo caminho do elevador e o extenso corredor de funcionários do seu pai a encarando como uma aberração.
Hum, aberração
Bem, vamos explicar desde o inicio :
Lá estava Safira, pichando novamente os muros brancos daquela maldita escola, o que ela pichava? uma manifestação. Ela pichou um enorme pênis com uma coroa ao seu redor.
Um caso de um professor assediando uma aluna e ninguém fez nada! a policia simplesmente ignorou, a aluna? foi obrigada a calar a boca, e Safira odiava isso com todas as suas forças, o professor foi apenas transferido, para quê? Para fazer do inferno a vida desta nova aluna?
O diretor ligou para o seu pai, bravo, aos berros, e o homem não pode nem ao menos mandar a sua assistente, por que está estava de folga.
Ele buscou Safira, a trouxe para o trabalho, já que estava muito zangado para ir á casa, e de toda forma, nem aguentaria chegar lá para soltar o ar de seus pulmões.
Agora, em estado presente, a garota andava pelas ruas de New York, ruas movimentadas em um manhã - quase horário de almoço. - de frio, ela entrou na primeira lojinha que viu, fazendo um sininho soar no ambiente.
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your innocence, my daring
RomanceSafira era uma garota considerada uma "delinquente", sua vida era a detenção, suspensão, e gritos de seu pai. A diretora só não á expulsa por que seu pai, um empresario de sucesso, paga a cada erro da filha, uma verdadeira garota má, sempre usando...