[2] - Um time bem equipado e com meninas malvadas

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A semana havia passado com Chou tentando se adaptar a um novo ambiente, os treinos estavam sendo algo um tanto quanto cansativos, mas havia pego o ritmo rápido deixando Jihyo feliz em relação a isso, no entanto, havia um problema, Tzuyu não conseguia e nem ao menos tinha vontade de ser próxima de seu time. Isso deixava a capitã preocupada, a morena conseguia trabalhar em equipe muito bem, contudo ela ser distante deixava o casal bastante intrigado.

Finalmente o dia do jogo havia chego, Park estava uma pilha de nervos enquanto Sana não saia de seu lado um minuto sequer, sabia como a namorada ficava nos dias de jogos e ficar ali segurando sua mão era como um calmante natural para Jihyo. 

— Okay, meninas hoje é um dia importante para o campeonato e para o nosso time então coloquem em prática as táticas nas quais treinamos essa semana. — Jihyo falava firme e em alto e bom som para que todas ali escutarem, o time então se juntou colocando a mão no centro e soltando um grito de guerra. 

Prestes a saírem do vestiário, a loira com seus cabelos presos em um rabo de cavalo, segura com força a mão de sua namorada a impedindo de sair fazendo assim com que Park a olhasse. Sana ajeitou os curtos fios castanhos rebeldes de Jihyo, dando um beijinho na ponta de seu nariz, pincelando-o seu indicador por cima de sua pinta logo em seguida, recebendo um sorriso da menor. 

Tzuyu que ainda estava no vestiário ajeitando seus tênis brancos, viu a cena, e algo dentro dela trouxe conforto ao ver as enamoradas se tratando daquela forma, por um breve instante pensou em como seria ser tratada daquela mesma forma. Minatozaki e a capitã então saíram do vestiário e Chou logo em seguida fez o mesmo.

Do lado de fora do vestiário, o ginásio estava lotado de jogadores e torcedores. O time a quem elas iriam competir possuíam uma inteira torcida organizada, e aquilo talvez tenha intimidado Chou um pouquinho. Se tratava de um time grande e ao mesmo tempo era a sua estreia como bloqueadora.

E se as coisas saíssem piores do que o esperado? Será que ela decepcionaria os seus pais? Será que daria tudo completamente errado?

Antes que aqueles pensamentos se tornassem uma onda de sentimentos ruins que a forçaria a correr para um banheiro para vomitar, Tzuyu sentiu o toque gentil em suas costas. Ela virou para o lado e viu Jihyo com um sorriso muito bonito em sua direção. Por um momento ela se sentiu abençoada somente por estar na presença daquela mulher.

— Quer fugir? – ela perguntou como se fosse um segredo só delas. Tzuyu respirou fundo, então assentiu a pergunta da capitã, que novamente estava lhe dando um daqueles sorrisos tão bonitos. — Bem, eu adoraria ajudar com a sua fuga, pequena, mas aí teríamos que despistar os seguranças e Nayeon e Momo certamente nos trariam de volta pelos cabelos. – Tzuyu não sabia se queria rir pela presença de Jihyo ser tão doce, ou talvez pelo fato de ela tê-la chamado de pequena. Era uma piada, certo?

— Acho que estaríamos em um problemão se fugíssemos. – Tzuyu constatou.

— É mais fácil jogar do que fugir delas. – Jihyo falou, então alcançou a mão de Tzuyu. Park não conseguia entender o porquê de ficar tão confortável perto dela. Não sabia o porquê de querer tanto cuidar dela. — Vamos jogar bem, confio no talento das meninas, e eu confio em você.

Tzuyu arregalou os olhos para aquilo. O que ela queria dizer? Como poderia confiar nela se ela era apenas uma caloura?

— Ei, vocês duas! – elas ouviram o grito agudo de Nayeon. — O que estão fazendo, maricas? Temos que jogar.

— Tragam a bola aqui! – Momo gritou do outro lado, e Dahyun, líbero do time, quase revirou os olhos sentindo a maior vontade do mundo de fingir que não conhecia a garota que chamava de namorada.

All These Years • SahyotzuWhere stories live. Discover now