Capítulo 2 - Acho que te conheço de algum lugar...

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Gabriel Brandão

Assim que o sinal tocou para a primeira aula fui pra sala com aquela garota em meus pensamentos. Cheguei na sala na mesma hora que a professora chegou e me sentei no meu lugar, na verdade não estava prestando atenção na aula estava pensando na Clarisse, esse nome não saia da minha mente. Até que meus pensamentos foram atrapalhados pensamentos pela professora me cutucando.

— Desculpe Gabriel, atrapalho ? - Disse a professora me olhando ironicamente.

— Na verdade sim, professora. - Disse olhando pra ela e falando ironicamente também e a sala toda riu.

— Já que atrapalho você, poderia continuar com seus pensamentos... Você poderia continuar com ele lá fora ! Agora ! - Disse ela apontando para fora.

— Com o maior prazer, professora ! - Disse saindo.

Eu também não estava nem um pouco afim de assisti a essa aula. Fui para o pátio e me sentei em uma mesa. Enquanto mexia no iPhone pensava em mil coisa tipo: Clarisse, o tempo q irei passar na casa do meu pai e já falei Clarisse ? Nossa cara ! Nenhuma garota mecheu comigo assim como ela ! Mas também não consigo parar de pensar nesse tempo com meu pai. Nunca fui com a cara da esposa dele, ela sempre me tratava muito bem, mas mesmo assim... Sei lá ! E também tinha aquela filha dela, qual era o nome dela mesmo... Ah, não me lembro ! Faz tanto tempo. Na última vez que nós vimos foi numa viajem que fizemos para a praia. Acabei afogando ela, acho que até hoje ela me odeia. Meus pensamentos são interrompidos quando vejo a Clarisse sentada do outro lado conversando com uma garota, ela parecia meio incomodada. Sinto uma grande vontade de ir falar com ela ! Até eu ver a sua amiga sair de seu lado, arranjo coragem pra me levante quando vejo ela saindo
Droga ! Pra onde será que ela vai ? Sigo ela sem nem perceber e ela para em frente a biblioteca ?  Fico a observando e ela pega um livro e se senta. Coragem Gabriel ! E vou até ela.

— Oi Lara, senta ai. - Disse ela destruída com o livro.

— Oi. - Disse totalmente nervoso. Caralho, o que ta acontecendo comigo ? Nunca fiquei assim por nenhuma garota!

— Ah oi.. -Disse ela largando o livro

— Atrapalho ? Vejo que está esperando alguem...

— Não, na verdade, só estou lendo... -Disse ela derrubando o livro sem jeito.

— Então, posso me sentar ?

— Claro senta ai !

Me sente e fiquei a olhando... Engraçado, acho que a conheço de algum lugar. Vou perguntar !

— Então Carisse, ach... -Dizia enquando ela me interrompeu.

— Espera, como sabe meu nome ? - Disse ela confusa.

— Bem, estaca escrito em seu fichário.

— Ah sim, claro... Mas continue o que dizia.

— Então, nós não nos conhecemos em algum lugar ? Acho que te conheço... -Disse a encarando .

— Bem, acho que não. Normalmente sou muito boa em memória.

— Hum, deve ser só impressão minha. Bem, e o que a mocinha esta fazendo aqui ? Não deveria esta na aula ?

— Estou de aula vaga. E você? Matando aula ? Disse ela rindo.

— Na verdade fui expulso.

— Nossa, começou muito bem pro primeiro dia de aula.

Papo vai, papo vem... Não sei onde arranjamos tanto assunto ! Até sobre política conversamos. Ate que meu celular toca mãe?

Só um minutinho Clarisse. - E me levanto.

— Aconteceu algo mãe?

— Não meu filho, é que minha viagem foi antecipada e eu vou hoje a noite. Me desculpe filho. -Disse ela com uma voz tristonha.

— Hum, tudo bem, mãe. Disse respirando fundo.

— Arrume suas coisas a noite antes de ir te levarei até a casa de seu pai.

— Ta certo mãe, tenho que desligar agora.

— Tudo bem filho. Te amo

— Também te amo, mãe.

E o sinal bateu para o intervalo e continuamos conversando. Até que o intevalo acabou. Droga!!!

— Bem acho que devo ir pra sala. -Disse ela.

— É, acho que eu também. - Nos levantamos e fui da um beijo em sua bochecha. Acabamos indo em direções erradas e um selinho surgiu ! Nesse selinho surgiu um beijo calmo e lento. Quando a bibliotecária nos interrompe.

— Aqui não é lugar de agarra, agarra ! Agora vão pra sala de aula.

— Desculpe Clarisse, não sei o que me deu...

— Tudo bem... Acho melhor eu ir. Nossa ! Ela estava totalmente corada. Que linda ela... Nem deu tempo de dizer nada e ela saiu praticamente correndo.
Fui pra sala e desde então não a vi mas. Ate que fim o sinal bateu! Até procurei Clarisse, mas não a achei e fui pra casa. Tomei um banho arrumei a mala e dormi. Sinto alguem me gritando.

— Acorda Gabriel ! Já são 18:30. Anda logo tenho que te ir ! - Disse minha mãe da porta.

— To indo mãe ! - Me arrumei e desci.

— Pronto filho ? -Disse ela sentada no sofá. Apenas balanceia a cabeça positivamente. — Vamos, querido.

Chegamos e minha mãe disse que não iria ir lá falar com meu pai, pois, já estava atrasada.

— Tchau meu amor. A mamãe ama muito você viu ? Daqui a alguns dias eu volto. - Disse ela me abraçando e beijando dentro do carro.

— Tchau mãe, também te amo muito. Vê se não demora. - Não gosto muito de demonstrar sentimentos mas por dentro estava muito triste. Então criei coragem e sai do carro e entrei no apartamento, entrei o elevador e cheguei em frente a porta ! Vamos lá... Bati na porta e meu pai atendeu.

— Seja bem vindo, filhão ! Como você ta crescido ! Tudo bem ? Vamos entrando- Disse meu pai me abraçando, rindo bastante empolgado.

— Oi pai. É acho que com o tempo crescemos né ?! - Disse entrando. Quando vejo um garota sentando no sofá lendo e para pra me olhar por ser cutucada pela sua mãe. Espera ai !! Não acredito ! Clarisse ? Aqui ?!

Um amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora