Hospital, Xiao Luhan e crianças.

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Haviam se passado cinco dias desde o que Rosé disse para mim na casa dela. Cinco dias de ansiedade e coração acelerado, tentando a todo custo ter uma palavra com a garota de cabelos escuros.

O jogo havia virado agora, e Rosé quem me ignorava. Na sala de aula, ela mal olhava para mim e sentava o mais afastada possível. No refeitório ela não aparecia, me deixando ainda mais desesperada por alguma notícia. Eu sei que havia sido uma babaca. Eu a vi em um de seus momentos mais fragilizados e, mesmo assim, eu apenas ignorei que ela também tinha problemas e sentimentos.

As meninas não pareciam saber o quê havia acontecido, devido à seus comportamentos normais. Já era algo de Rosé querer um tempo para ela, então as meninas não estranharam aquilo. Joy, no entanto, parecia saber bem o quê havia acontecido. Eu sabia disso pelo simples fato de como ela me encarava quando estávamos juntas. Com olhar raivoso. Mas nunca falava uma palavra, me deixando ainda mais desesperada e culpada.

Eu não sabia o porquê de estar me importando tanto com aquilo, mas Rosé estar me ignorando, me deixava chateada. Talvez seja até melhor assim. Eu não deveria tirar o meu foco dos estudos e Rosé estava me desconcentrando totalmente. Ainda assim, eu não conseguia esquecer.

Na quinta feira, no último período, me arrastei pelos corredores com os olhos cansados. Eu não havia dormido nada naquela noite. Havia ficado acordada a noite toda estudando para uma prova de geografia.

Estava tão distraída que, sem querer, esbarrei em alguém no corredor. Levantei os olhos e Rosé estava ali, me encarando com seus olhos intensos.

- Sinto muito. - eu disse rápido, me engasgando por vê-la ali.

- Você parece cansada. - ela me observou cuidadosamente.

- Desculpe, eu passei a noite estudando, então não dormi nada. - eu respondi, sorrindo fraco. - Tudo bem?

Aquela pergunta não parece tê-la pego de surpresa, tanto que ela apenas balançou os ombros. Eu queria me desculpar sinceramente dessa vez, mas sentia que, se eu tocasse naquele assunto, ela provavelmente fugiria de mim, de novo.

- Venha comigo. - ela disse de repente. Levantei os olhos.

- O quê? Para onde?

- Quero te mostrar um lugar.

- Rosé, não posso matar a última aula. - disse cuidadosamente, fazendo-a bufar e revirar os olhos.

- Qual é, Lisa, matar uma aula não vai interferir nada em seu histórico escolar, não se preocupe.

Eu mordi o lábio. Estava em conflito naquele momento. Eu não estava com disposição para enfrentar aula de matemática agora, mas nunca havia matado aula antes. Porém, por alguma razão, eu queria ir com Rosé.

- Para onde você vai me levar? - eu perguntei para ela.

- Você vai saber se vir comigo. - ela disse e eu suspirei, dando-me por vencida. Apenas acenei com a cabeça em sua direção.

Nós andamos rapidamente para o estacionamento da escola, o quê me fez pensar que fugir da escola era algo muito fácil. Eles deveria reforçar a segurança desse lugar.

Quando chegamos onde sua moto estava, eu suspirei fortemente.

- Vou ter que subir nessa coisa de novo? - eu perguntei apontando para sua moto.

Rosé me olhou e sorriu.

- Pra' que você pediu a Cléo como recompensa da aposta, se você a odeia?

Cléo? Rosé realmente chamava sua moto de Cléo?

- Você colocou nome na sua moto? - levantei minhas sobrancelhas.

Caos, farpas e afins (Chaelisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora