「 A Dama das Cartas .˚｡⋆ ༊ .˚｡⋆ ʲᵉⁿʳᵉⁿᵉ ⁽ᶠᵗ ˢᵗᵉˡˡᵃʳ ᵘⁿᶦᵛᵉʳˢᵉ⁾ 」

Aroma de morangos e cigarros

ଘ ‣ ⌕ ⵌ n/a ٬ ✦

Esse é o segundo capítulo de A Dama das Cartas. Aviso: esse capítulo possui gatilhos. Caso cenas envolvendo mortes violentas pertubem você, recomendo que procure pela fanfic no Spirit, onde a cena foi cortada, ou apenas pule quando perceber que está chegando nessa cena. A não-leitura dessa cena em específico não afetará o rumo ou o entendimento da fanfic. No Spirit, a obra está disponível nos perfis @ blakebloom ou @ sunivers.

Espero que goste! Não se esqueça de votar e comentar, pra me ajudar. Boa leitura!

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Quando Jennie chegou em casa, fez questão de acabar com aquela garrafa de vinho. Não sabia de que marca era, não tinha gasto nada com ele, em um bar vagabundo em que parou no caminho, mas o tomou, mesmo que seu sabor fosse amargo e não lembrasse nem mesmo um suco de uva. A sorte era que seu valor era tão baixo quanto seu teor alcoólico, pois não foi o suficiente para deixá-la fora de si. Depois de um longo banho de banheira e duas horas de sono, estava ótima para atender a ligação da irritante Lalisa Manoban, filha de um grande empresário tailandês que negociava com seu pai.

ㅡ Que ótimo que você conseguiu comprar, Lili ㅡ falou contra o microfone do celular na alegria mais falsa que conseguiu, já irritada. 

A “amiga” ligava para ela apenas para conversar sobre baboseiras. Jennie não gostava tanto assim dela ㅡ não gostava tanto assim de ninguém além de Jisoo e Jongin ㅡ, mas como as famílias eram próximas há anos e era graças ao pai dela que a Ruby’s Enterprise tinha conseguido expandir seus negócios para a Tailândia, se forçava a mantê-la por perto.

Pelo bem dos negócios.

ㅡ Sabe, era o último vestido dessa coleção e você sabe que eu amo Celine! Fiquei tão feliz, mas mamãe disse que não combina comigo e agora estou chateada ㅡ a mulher reclamava do outro lado da linha, mas então, mudou de assunto. ㅡ Ei, como está o Jongin? Sabe, papai vai fazer um desses super jantares, pensei que você poderia vir e trazê-lo, que tal?

Mordendo os lábios, Jennie percebeu que o álcool poderia alterar seu humor mesmo que não estivesse bêbada de fato. Seu organismo era mole para esse tipo de coisa e mesmo aquele vinho barato sendo muito fraco, era capaz de gerar-lhe paranoias desmedidas. A Kim acreditava estar em seu pleno controle emocional, mas na verdade sentia a raiva tomar conta de seu corpo pelo simples fato de não gostar de Lalisa e, de repente, uma baboseira lhe passou pela cabeça. Algo que parecia fazer muito sentido. Afinal, Lalisa era elegante, bonita, rica e herdeira de grandes negócios familiares. Outra mulher de alto nível.

Ideias ruins começaram a brotar em sua cabeça, a fazendo desgrudar o rosto afundado no travesseiro para responder a amiga com um pequeno ar de falsidade:

ㅡ Jongin? Porque quer que eu leve o meu Jongin, amiga?

ㅡ Ué… Porque eu quero que você, uma das minhas melhores amigas desse mundo inteirinho, venha jantar em casa com seu namorado super incrível? ㅡ Lalisa questionou, risonha. ㅡ Para que a gente se divirta. Vai estar cheio de velhos importantes aqui babando meu vestido a noite toda, preciso de gente da minha faixa etária para não ter um chilique.

ㅡ E porque quer se divertir com meu namorado? ㅡ Jennie levantou-se de sua cama, saindo do quarto e explorando o silêncio dos corredores da mansão vazia, quando teve a ideia de ir até o quarto de hóspedes onde costumava ficar com Jongin. ㅡ Quero dizer… Amiga, porque quer que eu leve ele, não é melhor apenas entre amigas, hein?

As palavras da cartomante não abandonaram a mente de Jennie tão cedo. Estava convicta de que seu namorado a traía, mas não sabia com quem. A possibilidade de ser Lalisa fazia seu cérebro vibrar e sua maior vontade era gritar. Quando entrou no quarto, passou a ignorar a voz loquaz da garota do outro lado da linha. Com um pesar, acendeu a luz, observando cada pequeno detalhe do cômodo em tons pastéis. A janela estava entreaberta e sentiu um pouco de frio quando o vento da noite atingiu-lhe a derme pouco coberta pela camisola de seda carmesim.