Passions Of The Past

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" se o amor é um campo de batalha entao eu eu devo ter esquecido todas as minhas armaduras em casa."

1 de Agosto de 2021
Casa na praia

Um barulho na cozinha me fez abrir os olhos, eu não estava dormindo, era mecânico, robôs não dormem. Peguei no celular no meu bolso eram 8:28 da manhã, harry e Thomas só tinham aula às 9 e meia.

Me levantei suspirando, com cuidado para não acordar eles. Descendo as escadas.

- o que você está fazendo tão cedo? - assim que entrei na cozinha começando a tossir em seguida. - que cheiro é esse?

- nada! - ele colocou a frigideira que segurava atrás de si.

- Sam. - ameacei o vendo bufar.

- mesmo robotico eu não consigo cozinhar. Há realmente algo errado comigo? - ele perguntou me olhando, eu suspirei me aproximando.

- não pode estar tão ruim. - falei vendo a sopa de legumes que ele estava aquecendo no fogão, peguei com um a colher, ele me olhou esperançoso.

- como está? - perguntou me olhando quando eu coloquei na boca, olhei para a parede.

- sabe o sabor do assassinato? - ele revirou os olhos fazendo uma expressão triste em seguida.

- eu realmente tentei. - suspirou.

- Porque quis cozinhar? - eu perguntei enquanto apagava o fogão.

- eu não consigo dormir, então tentei fazer algo para eles comerem antes de irem para a escola. Mas se eles cometem isso, eles nunca mais vão à escola. - eu o olhei de canto de olho.

- um dia você consegue.

- você sabe que eu sempre tento, todos os dias, mesmo com você me ensinando, eu não consigo. - eu o olhei vendo que ele tinha lágrimas nos olhos.

Robôs choram?

- não se esforce tanto, tudo no seu tempo. - ele se encostou na mesa.

- me desculpe. - eu o olhei confuso.

- desculpar?

- uhum. - ele concordou me olhando com um sorriso de lado. - quando você faz algo errado você tem que se desculpar, sabe? Para mostrar que você se arrepende de algo, isso não está na sua base de dados? - perguntou irónico.

- não, não está. Nenhum sentimento está na minha base de dados. - respondi enquanto tentava perceber o que correu errado na sopa dele, a analisando com a minha visão azul.

- você tira a graça de tudo. - reclamou.

- ainda não entendi o porquê da "desculpa ".

- eu pensei que sendo robotico poderia fazer tudo, não ser uma "carga pesada". - eu coloquei sal, junto de algumas batatas descascadas dentro da sopa, mexendo com a colher de pão. - você me ouviu? - ele perguntou.

- Sam, se você acha que é uma carga pesada, nada que eu falarei mudará a sua opinião. Você já se convenceu disso, mas isso não a torna verdadeira. - eu o olhei. - você não é um incómodo, nem para mim, nem para ninguém, apenas você decide isso.

- que cheiro é esse? - Thomas perguntou entrando na cozinha escondendo o nariz com a mão.

- cheiro do inferno. - Sam respondeu rindo, o pegando no colo. - seu pai já acordou? - ele negou com a cabeça.

- ainda está dormindo.

- vamos acordá-lo então. - ele me olhou pensativo. - eu vou pensar no que você disse.

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