───── 𝐂𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫

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Era realemnte engraçado pensar o quanto o universo ama nos fazer de tontos, em um momento tudo é uma leve brisa de outono, no outro um dia frio e solitário do inverno, era realmente curioso como as cores diversas do entardecer te faziam pensar, desde os melhores e mais aconchegantes pensamentos aos seus mais secretos sentimentos sufocantes, e a cada passo rumo a sua casa te fazia se perder mais ainda nesses pensamentos.

Quantos suspiros teria que dar, quantas vezes teria que se perder para que ao menos por um segundo pudesse dizer o que tanto seu coração grita quando ele estava perto, sua maior vontade era olhar em seus olhos amarelos e dizer eu te amo, amo tanto que meu coração dói, tanto que me machuca de tão intenso que é, mas como dizem os sofredores do amor, ele é um sentimento fantástico não machuca não destroie mas nós humanos que o tornamos horrendo com nossas decisões ruins, mas não você jamais seria capaz de pisar em meu coração, mas o medo de não poder ter seu amor também machuca, e um lugar onde não poder te ter ao meu lado me é assustador de mais.

Um leve barulho me tira de meus pensamentos, que duraram tanto que só agora notara que estava parada em frente a minha casa.

── Estou em casa ── grito assim que fecho a porta atrás de mim, já retirando meus sapatos para poder adentrar.

── Olá filha estou na cozinha ── escuto minha mãe dizer, sigo rapidamente para lá sentando em um dos bancos dispostos ao redor da bancada de mármore estupidamente brancos da cozinha que mamãe tanto amava.

── Como foi seu dia minha filha? Espero que a escola esteja indo bem ── em partes poderia a responder com tudo anda uma merda o garoto que eu sou apaixonada desde que tinha 12 anos nem me nota e para piorar ele me considera sua melhor amiga, mas prefiro não comentar sobre isso e dizer simplesmente.

── Meu dia foi bem normal, e a escola está como sempre, as patricinhas metidas se achando os professores chatos e monótonos, ou seja igual.

── Mas é suas atividades no clube ainda iguais. ── tecnicamente não mudaram nada só o fato de que esse ano resolvi me render aos inúmeros pedidos de kuro e ser a gerente do time, já que segundo ele, todos iria se esforçar mais comigo lá, uma grande bobagem apesar de ser amiga de todos, estranhamente sentia que ele estava me escondendo algo, mas deixei passar, sempre amei ver ele é kenma jogarem ou melhor sempre amei ver kenma jogar, por mais calado e odiador de exercícios que ele fosse quando estava na quadra era fantástico, talvez minha mãe surte ao saber minha troca repentina mas tudo bem.

── Normal mãe, só o fato de ter me tornado gerente do time de vôlei ── e como se tudo ficasse em câmera lenta, eu vi dona Emiko virando com a faca que antes era usada para cortar uma cenoura em mãos, e o leve saltar de seus olhos indicando a surpresa.

── Time de vôlei sempre achei que esportes não eram sua praia ── e realmente não eram.

── Realmente não são mas mãe poderia devolver essa faca na pia, por uns instantes senti que seria assassinada ── ela me olha com um ar divertido, sabia que ela tinha feito isso de propósito mas preferi deixar quieto. ── Kuroo foi meio insistente, tente passar uma ano dizendo não para ele uma hora ele te vence na canseira.

── Realmente esse menino não desiste quando resolve fazer algo, tem uma força de vontade assustadora ── realmente era assustador essa habilidade dele, e veja só por causa disso ele tem dois amigos que odeiam esportes num time, irônico, mas tecnicamente não vou ter muito o que fazer no quesito esforço físico, eu acho.

── Vai se lavar filha, o jantar logo vai estar pronto ── mamãe diz, me fazendo arrastar a cadeira pelo piso logo saltando dela e subindo as escadas até meu quarto, onde rapidamente separo uma roupa e logo sigo ao banheiro, como eu amava relaxar em um bom banho quente eram os momentos onde me deixava vagar em pensamentos, e quem sabe resolver inúmeras incógnitas do meu dia a dia, apesar de que a única que realmente queria poder resolver nunca se resolvia, sempre que resolvia dizer o que sentia uma súbita tremedeira surgia e o frio na barriga me fazia desistir e apontar 1001 coisas que dariam errado, e que tudo estava melhor assim, nesses momentos queria a falta de vergonha de Kuroo, talvez se tivesse 10% dela já teria dito tudo o que queria, já teria dito a kenma que seus olhos me lembravam um gato e eu amava gatos, que suas carinhas jogando quando ganhava algo e sorria ou quando apertava os olhos indignado porque perdeu, sempre que mexia seus pés animado para contar algo sobre um dos inúmeros jogos seus, mas a estúpida mania de tentar esconder e reprimir tudo, pelo simples fato de temer não poder ver mais seus leves sorrisos, acabava me prendendo em um loop infinito.

 冴子 ،  𓎮ㅤ𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒︲ ᦉ  𝄒 ⼃    kozume kenmaOnde histórias criam vida. Descubra agora