Capítulo 5

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Rodrigo

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Rodrigo

O segundo dia consecutivo que estava sentado na cadeira do bar de Adalberto. Claro que não tinha muitas novidades depois de ontem. Até pelo que eu sabia, a porra do Camargo havia viajado para fazer negócios em Mato Grosso.

A peste nem podia morrer em uma dessas viagens, que seria um problema a menos para eu descartar da minha vida.

— O senhor resolveu o problema da família Arantes?

— Resolvi e quero que você mande um dos seus encarregados levar essa maleta para eles.

Coloquei a maleta, com o dinheiro que Paulo Arantes devia para os Camargo, em cima do balcão do bar e Adalberto assentiu.

— Sim, senhor.

— E peça para que um responsável assine aqui.

Apontei para o contrato que havia pegado com meu advogado aquela manhã, quando apareci na cidade.

— Combinado, senhor.

— E assim que esse contrato tiver assinado, quero que você espalhe a notícia de que eu me casei com Camila Arantes.

Abri um sorriso cheio de malícia. Sabia que aquilo faria com que Daniel ficasse irritado, e aquilo seria um motivo para que eu pudesse dar um tiro no meio de sua testa, sem começar uma pequena guerra entre nossas fazendas.

— O senhor o que?

— Isso que você ouviu, homem.

— Não acredito que vai casar com a senhorita Camila. Ela é tão boazinha, senhor Alonzo.

Tomei um gole da bebida, ardente, que havia sido depositada a minha frente e comentei em seguida:

— E não vai deixar de ser boazinha por ser minha esposa.

— Que Deus tenha piedade da alma dela.

Eu sabia que Adalberto estava brincando, mas achei por bem deixar claro que ele não tinha certos direitos para se referir a mim.

— Não faça brincadeirinhas com a minha mulher, senão você sabe o que pode acontecer.

O homem engoliu em seco e assentiu.

Levantei de onde estava e olhei para Germano que também fez o mesmo.

— Vamos passar novamente no cartório de Pedro, para ver se ele terminou a papelada.

Se fosse um casamento para pessoas normais, demoraria mais ou menos para toda documentação estar pronta. Mas estávamos falando de uma pessoas com sobrenome Alonzo e Pedro — o tal juiz de pais — sabia muito bem que tinha que agilizar tudo que fosse possível para mim. Senão ele entraria na mira da minha arma.

Quando paramos a caminhonete em frente ao lugar, Pedro apareceu na porta com sua pasta na mão. Nem desci do automóvel, só abaixei meu vidro e o encarei, abaixando os óculos escuros que usava para enxergá-lo normalmente.

DEGUSTAÇÃO - COMPRADA PELO COWBOYOnde histórias criam vida. Descubra agora