Right Hand / nobamaki

A entrevista

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A MULHER DA BOATE DE ONTEM !

Ao abrir a porta, Nobara encontra ninguém mais, ninguém menos que a mulher qua havia ficado na noite anterior. O que mais causava constrangimento era o fato de não ter lembranças nítidas do que aconteceu entre elas e não sabia se a mulher alta de óculos, piercing na língua e extremamente sexy se lembrava de algo.

— Interessante... primeiro você me seduz e agora quer trabalhar pra mim — a mulher a sua frente quebra o silêncio tirando a cara de espanto por uma expressão bem mais reflexiva da situação.

Mantinha as mãos no bolso da calça social enquanto se encostava em sua mesa sem tirar os olhos de Nobara, que por sua vez não sabia o que responder, pois não esperava encontrar mulher da noite anterior, muito menos que ela fosse dona da maior empresa de Tokyo.

— E-eu juro que... pera aí eu não seduzi ninguém — responde Nobara na defensiva.

— Mas eu lembro muito bem... de você — Maki responde olhando Nobara de cima a baixo fazendo-a ruborizar.

— Me chamo Nobara Kugisaki — se apresenta na tentativa de mudar de assunto.

— Então você não entrou na sala errada? — diz a mulher surpresa como se não acreditasse na ruiva.

Ao ouvir as palavras que saíram da boca da maia alta, Nobara mudara sua expressão de constrangimento para confiança, manteve o olhar firme sem desviar da mulher. Sabia que tinha lutado muito para estar ali, não ia vacilar agora.

— Perdoe-me, pode me chamar de Maki — respondeu Maki gesticulando para que a ruiva se sentasse em uma cadeira de frente para ela enquanto a mesma sentava em sua cadeira de escritório acolchoada fazendo com que o único obstáculo entre elas fosse a mesa.

O silêncio se fez presente por uma média de um minuto, tempo suficiente para ambas analisarem o ambiente em que estavam. Nobara analisou rapidamente o escritório que possuía uma enorme janela de vidro que dava uma visão ampla da cidade atrás da Maki.

— O quadro da parede esquerda está um pouco torto — Nobara quebra o silêncio de forma que surpreende Maki, sabendo sua intenção de tentar desviar a atenção para o quadro, manteve seu olhar fixo na ruiva.

— Sua bolsa está aberta — Maki responde na mesma moeda entrando no joguinho da ruiva mantendo seu olhar direcionado para ela, fazendo-a sorrir.

— Interessante, se continuarmos assim, vou achar que estamos jogando uma espécie de jogo psicológico — Nobara fala de uma maneira que chega a ser atraente tamanha esperteza. Estava se exibindo de maneira intelectual.

— Me atrevo a dizer que você me testou, estou errada ? — Maki questiona sem fazer ideia da resposta que vai obter.

— Correto

— Achava que seria eu quem deveria testar você, além de que, estou cogitando a possibilidade de você trabalhar aqui — a mais alta responde empurrando meu óculos para cima com o indicador.

— Na verdade, você fez o que eu esperava que fizesse, fixou seu olhar em meus olhos e nem percebeu que tirei minha sandália — Nobara acaba revelando sua intenção com eu comentário sobre o quadro.

— Qual o problema da sandália ?

— Ela machuca meus dois últimos dedos do pé — A ruiva diz sincera de maneira casual.

— E qual seria a estratégia que você iria utilizar para colocar de volta ? — Maki pergunta instigada em saber como funciona a cabeça da Nobara.