Apenas Nós Dois

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Para o Dia dos Namorados

Inspirado na música POV - Ariana Grande 

Avisos: Grande quantidade de fofura, risco de diabetes

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Suas costas estavam doloridas porque o chão estava duro, porque era o chão, afinal. Sam estava acostumado, no entanto. Depois de anos servindo ao exército e de estar pulando de missões em missões para salvar o mundo, um colchão no chão, um celular com o alarme tocando e um corpo quente contra o seu, não era tão ruim. Um pequeno pedaço do paraíso, na verdade.

Sam estava despojado em um colchão de casal, Bucky estava babando em cima do seu peito e ele podia sentir a barriga quentinha de Alpine, a gata branca, na planta do seu pé. O negro olhou para cima, vendo os feixes de luz entrando pelas cortinas, enquanto os sons de carros e buzinas vindo da avenida, soava baixo pela sala do apartamento.

Tinha sido a primeira noite no apartamento deles. No apartamento que eles escolheram depois de dias procurando por algum que coubesse no orçamento, que fosse bem localizado e, principalmente, fosse a cara deles. Que aguentasse a bagunça de Bucky, as bugigangas de Sam e os brinquedinhos de Alpine. Apesar de que agora, vazio era o que ele estava, para além do colchão e as malas que eles trouxeram na viagem.

No celular soava o alarme, indicando que era sete horas em ponto - ou um pouco mais. Às oito, o caminhão com alguns móveis que ganhou de Sarah, e alguns dos seus amigos de Louisiana, chegaria para ser descarregado.

Sam pensou seriamente se deveria levantar. Estava tão confortável com Bucky em cima do seu peito, com os braços quentinhos enrolados em volta da sua cintura e o calor do dia nascendo; era tentador demais voltar ao seu sono e deixar todo o cansaço da viagem escorrer pelas fibras no colchão. Mas além dos móveis, algumas coisas de Bucky também chegariam. Não podiam simplesmente deixar tudo para depois.

Sam choramingou internamente, mas suspirou e beijou a lateral da bochecha de Bucky, a fim de acordá-lo.

— Bucky... — ele chamou, seus selinhos tomando conta do rosto amassado enquanto sentia o corpo do outro começando a se mexer — Temos que levantar, baby — Bucky se mexeu, levantou a cabeça até abrir os olhos; tão pequenos e inchados que fizeram Sam sorrir — Vamos, hoje não pode ser um dia de preguiça. Temos um apartamento inteiro para arrumar.

Bucky deitou com a cabeça novamente, mas manteve os olhos abertos, sentindo a pele quente de Sam contra sua bochecha.

— Não dá pra ficar assim por mais alguns minutos? — Bucky pediu, a voz rouca e ensonada — ainda estou com sono.

— Não dá, gatinho — Sam zombou — se bem que, nem mesmo Alpine está tão manhosa quanto você.

— Mas é nossa primeira noite aqui. Na nossa casa — Bucky conseguia ser persuasivo quanto queria, e para Sam, a carinha fofa com olhos inocentes quase foi suficiente — por favor.

Sam percebeu que ele estava quase fechando os olhos novamente e pensou no que deveria fazer. Se fizesse um carinho, pioraria as coisas. Bucky manhoso era movido a carinho, não dava.

Um sorriso quase maldoso surgiu em seus lábios, e Sam aproveitou que Bucky não estava usando uma camisa, para subir sua mão pela lateral do corpo dele, parando-a bem abaixo da axila e, então, deu um beliscão forte o suficiente para doer, pegando o agente de surpresa.

Que inferno, Sam! — Bucky disse num pulo, caindo pra fora do colchão e assustando Alpine — Tinha que fazer isso?

— Tentei te acordar carinhosamente, mas você não me ajudou — o negro deu de ombros, mas seu sorriso se mantinha largo para o feito.

Com Seus Olhos | SamBuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora