05 | Your smile is pretty.

1.2K 142 130
                                    

Se puderem votar e comentar nos capítulos vai me ajudar muito 🫶🏻

S/N

Um tempinho depois eu encontro as meninas no corredor e vamos para o refeitório. Em nossa mesa costuma ficar normalmente apenas eu e as meninas, mas as vezes Noah e carrapato Finn também sentam conosco.

—Mal vejo a hora de ir pra casa. —Sadie disse. —Que saudades das minhas férias.

—Nem me fala. —Eu suspiro passando a mão no rosto.

—S/n vai lá pra casa depois da escola? —questionou a ruiva.

—Sem coragem Sadie. —digo deitando a cabeça na mesa.

—Eu vc não chama né sua vaca! —Lídia reclama.

—Cala a boca. —a ruiva riu. —Você só vai pra ver o Finn sua nojenta.

—Tanto faz. —Lídia revirou os olhos.—hoje eu não ia poder mesmo. —da de ombros.

—Gente eu vou no banheiro já volto. —digo e saio logo em seguida.

Viro no corredor dos banheiro e Finn está saindo de dentro do feminino. Ele vem em minha direção, eu tento ignora-lo, mas ele me para.

—Iae Davis. —sorriu. —Aproveitando que a gente se trombou, às 15h eu vou pra sua casa pra fazer o trabalho beleza?

—Mas eu nem falei se podíamos fazer hoje. —franzi o cenho.

Ele revirou os olhos e começou a andar.

—Às 15h. —gritou quando estava mais distante. Foi a minha vez de revirar os olhos.

Logo em seguida Medson sai do banheiro limpando seu batom borrado com um pedaço de papel higiênico. O que deu a entender que ela e Finn estavam se pegando dentro do banheiro. A loira esbarra em meu ombro e me olha com cara de nojo. Eu que deveria estar com nojo de você vadia.

[...]

Ding Dong (campanhia toca).

—JÁ TÔ INDOO. —grito descendo as escadas.

Ding Dong ( novamente a campanhia toca).

—JÁ VOU CARALHOO. —grito. Vou até a porta e a abro.

—Você. —revirei os olhos.

—Olha a boquinha Davis. —adentrou a casa.

—Pode entrar tá Finn? —ironizo.

—Sua mãe tá em casa? —pergunta.

—Deve tá no quarto dela dormindo, ou assistindo novela. —respondo. —Por quê? além das vagabundas do colégio você também quer comer minha mãe?

—Se ela quiser. —ele da de ombros e eu dou um soco em seu braço. —Aí! brincadeira.

—Vem. —eu começo a subir as escadas.

—Para onde? —franze o cenho.

—Pro meu quarto idiota. —reviro os olhos.

—Paga nem o lanche antes? —fez bico.

Eu respirei fundo e o encarei.

—Finn...

—Tá legal, nossa... —começou a me seguir. —Foi só uma brincadeira.

Nós entramos no quarto, eu fecho a porta e ele vai até minha cama se sentando na mesma.

[...]

Depois de fazermos umas pesquisas, peguei dois cadernos, já que o idiota esqueceu o dele em casa e começamos a passar tudo para a folha.

O clima estava estranho, nunca havíamos ficado sozinhos antes fora da escola, sempre tinha a presença de Sadie ou Noah.

—E o seu pai? —perguntou de quase meia hora em silêncio.

—O que tem ele? —perguntei sem tirar os olhos do caderno.

—Ele não tinha viajado? —o cacheado indaga.

—Sim. —respondi seco.

—Qual é S/n. —ele deixa o caderno de lado. —Eu tô tentando puxar um assunto aqui.

Levantei a cabeça para olhá-lo.

—Você não me odeia tanto assim que eu sei. —ele se deitou na cama e colocou as mãos em cima do próprio abdômen.

—Eu não te odeio. —digo deixando o caderno de lado.

—Então porque me evita? —ele me olhou nos olhos.

—Não somos amigos. —respondo. —Não tenho motivo pra permitir qualquer tipo de aproximação.

—Mas poderíamos ser. —diz. —Se você quiser claro.

—Finn Wolfhard sendo educado? —eu debocho. —Milagres podem sim acontecer em. —eu rio.

—Ah para. —ele bufa e eu sorrio.

Wolfhard passou os últimos sete segundos seguidos me encarando em silêncio.

—Seu sorriso é bonito. —ele diz.

"Seu sorriso é bonito." Minha mãe é dentista, ele quer que eu faça o que? Agradeça?

Fiquei em silêncio também por uns sete segundos seguidos. Wolfhard sentou-se novamente na cama, e se aproximou mais de mim. Ele levou sua mão até meu ombro, aquele movimento me fez estremecer. Em seguida subiu suas mãos pelo meu pescoço, levou sua mão para minha nuca e segurou devagar um punhado do meu cabelo aproximando nossos rostos. Eu sentia sua respiração contra minha boca, tinha cheiro de menta.

Quando ele tornou a se aproximar, quando ralou sua boca na minha foi então que eu voltei a realidade. Que merda ele pensa que está fazendo?

Levantei minha mão e dei um tapa em seu rosto. Ele gritou um "Aí".

—Que merda você pensa que tava fazendo? —eu me levanto da cama em um pulo.

—Te beijando? —ele também se levanta com a mão em seu rosto.

—É, isso eu percebi. —esbravejei. —Não me surpreende você tentar me beijar, me surpreende você achar que eu retribuiria.

Ele me encara baixando finalmente o braço. O lado do tapa estava vermelho, e um ligeiro sentimento de culpa tomou conta de mim.

—Eu achei que você... —parou de falar. —Esquece. Me desculpa por isso.

Ele abriu a porta do quarto e saiu. Pude escutar a porta lá de baixo se fechando também.
Eu respirei fundo, fui até minha cama e me deitei de barriga pra cima.

Que merda foi essa?

____🍁____

𝗥𝗘𝗩𝗜𝗦𝗔𝗗𝗢✅

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐀𝐌𝐄𝐒𝐓 𝐒𝐌𝐈𝐋𝐄 | 𝙁𝙞𝙣𝙣 𝙒𝙤𝙡𝙛𝙝𝙖𝙧𝙙Onde histórias criam vida. Descubra agora