11 • Tragédias e descobertas.

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- MÃEEEEE! - acordo totalmente suada e atordoada após um pesadelo horrível, ligo a luz do abajur e pego meu celular ao lado, ainda são quatro horas da manhã, levanto-me e decido ir até o quarto da minha mãe.

Abro o quarto dela e ligo a luz, mas tudo está perfeitamente arrumado a cama nem foi mexida, tento não pensar no pior só que é impossível, no desespero ligo para a primeira pessoa que me vem a cabeça e em questão de meia hora ele já está em minha porta.

- O que aconteceu? Você parecia desesperada. - ele entra e fecha a porta.

- A minha mãe sumiu e eu não sei o que fazer. - digo já sem controlar as lágrimas que insistem em cair. - Eu não vejo ela desde que voltei da casa de campo.

- O quê?! Você não avisou a ninguém? - balanço a cabeça em negativa. - Calma, senta aqui. - me puxa até o sofá da sala.

- Eu não falei nada porque ela já tinha costume de fazer isso, só que dessa vez é diferente, as chamadas não completam. - balanço o celular em minha mão. - Não sei o que fazer Jungkook.

- Eu vou ligar para o pai do Jimin. - tira o seu celular do bolso.

- O pai do Jimin?

- Sim, ele é policial. - explica.

●●●

- Senhorita Carson preciso que fique calma e que confie em mim. - pede e eu ainda tento processar tudo o que o Senhor Park havia me falado alguns minutos atrás, como assim minha mãe é detetive?

- Olha, Senhor Park, acredito que você deve estar enganado, minha mãe trabalha com relações internacionais.

- Se não quer acreditar em mim, talvez acredite nisso. - ele me entrega um envelope.

- O que é isso? - pego e vejo meu nome escrito com as letras da minha mãe.

- Ela me pediu que te entregasse isso caso alguma coisa assim acontecesse. - apenas assinto com a cabeça. - Meninos. - Jungkook e Jimin se aproximam. - Vamos dá espaço para ela processar tudo, amanhã eu retornarei e irei tirar todas as suas dúvidas. - ele fala para mim.

- Eu vou ficar com ela. - Jungkook diz e o pai do Jimin apenas assente e puxa o filho consigo, indo embora deixando apenas eu e Jungkook sozinhos.

- Isso é impossível. - olho para ele que senta ao meu lado no sofá.

- Melhor abrir o envelope antes de pensar qualquer coisa agora. - ele aponta para o papel em minhas mãos e eu sei que ele tem razão mais ainda assim eu não quero acreditar, pois se tudo isso for verdade significa que fui enganada todo esse tempo pela minha família.

- Você não precisa fazer isso agora. - Jungkook segura minhas mãos.

- Mas eu preciso. - digo e decido por fim abrir tirando de dentro uma carta, passo meus olhos por ela reconhecendo imediatamente a letra dela e começo a ler.

Oi filha,
Sinto muito por não estar com você agora, mas preciso que seja forte o mais rápido possível, pois se está lendo essa carta agora é porque algo ruim aconteceu comigo.
Mabel não fique com raiva por eu ter escondido algo assim de você pois fiz isso para te proteger, sim filha eu sou/era uma detetive. Filha você tem que entender que existe pessoas muito ruins nesse mundo, se eu não estou com você agora é porque tem pessoas perigosas a espreita então tome muito cuidado e por favor saia dessa casa o mais rápido possível, eu já falei com o detetive Park e ele concordou em você morar com ele e o filho, não pestaneje. Te amo filha.

Com amor, mamãe!

Termino de ler já quase sem fôlego de tanto que minha garganta dói por conta das lágrimas acumuladas, minhas mãos tremem e sinto uma dor angustiante no peito.

//Jungkook\\

Mabel grita tão alto que consigo ver todas as veias de sua clavícula, lágrimas e mais lágrimas descem por seu lindo rosto e a única coisa que faço é abraçá-la apertado, se eu pudesse tomaria todas as suas dores para mim, aquela carta me deixou muito preocupado, Mabel pode estar correndo perigo e eu preciso protegê-la.

- Ela não pode ter se ido né? - pergunta-me.

- Eu não sei. - passo a mão por sua cabeça. - Melhor você ir deitar, temos que resolver muita coisa de manhã. - coloco minhas mãos em cada lado de seu rosto.

- Isso não é tarefa sua. - ela tira minhas mãos e se levanta.

- Mabel você não pode mais ficar excluindo as pessoas da sua vida, principalmente as que querem apenas te ajudar. - digo já de pé, ela tem que entender que se fechar para o mundo pode ser o seu pior erro.

- Eu não preciso de ajuda, minha mãe vai voltar, eu sei disso e quando isso acontecer eu vou fazer nossas malas, e vou embora desse lugar! - ela fala irritada e sai em direção às escadas me deixando sozinho.

Quando ela vai deixar de ser tão orgulhosa?
Olho para o sofá atrás de mim e deito-me sobre ele, não vou deixá-la sozinha por mais que esteja irritada.

//Narradora\\

- Você conhece Mabel Carson? - passa a mão pelos ombros dela.

- Infelizmente sim, por quê?

- Quero que faça uma coisa para mim. - ele sorrir e a garota sentada em frente a penteadeira já imagina o que se passa na mente diabólica do mesmo.

- Não me diga que quer adicionar ela aos negócios.

- Claro que quero e é bom fazer tudo direitinho, lembre-se que ainda não quitou sua dívida.

- Claro que não esqueci papai. - "até porque você nunca me deixar esquecer" ela pensa.

- Ótimo. - ele aperta a bochecha da moça e a mesma faz uma careta de repugnação enquanto ver ele sair do seu quarto.

- Preciso arrumar um jeito de sair desse pesadelo. - sussurra para si mesma.

//Jimin\\

- Filho, preciso que mantenha Mabel perto de você e me avise se algo estranho acontecer.

- Por que eu? Nem somos amigos.

- Vão começar a ser então, porque ela vai vir morar conosco.

- O quê?! - meu pai só pode estar louco. - Aquela garota chata vai morar na nossa casa?

- Olha aqui Park Jimin, seja lá qual for o desentendimento que tenha com ela é melhor resolver logo, porque ela vai ficar aqui por um bom tempo! - ele soa autoritário.

- Por que?

- Porque eu devo isso a Alice. - ele fala isso e sai.

Que maravilha, eu queria me livrar do problema e agora ele vai morar comigo.

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