Chora não coleguinha!!

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Eita que vamos de sofrência!!!

Um, dois, três… Uma contagem regressiva para não pirar. Novamente. Ele precisava respirar massivamente, vagarosamente.

— Eu não consigo! — Gritou jogando os papéis sobre a mesa, sem se importar com o grau de importância que os documentos tinham. — Aquele miserável, hipócrita!

"Eu te amo" 

Ainda lembrava das várias e várias vezes que escutou com deleite a voz do amado dizer com gentileza tal declaração. Mas, era mentira.

Chegar de uma viagem de negócios importante, ver seu apartamento uma bagunça; roupas sobre o sofá da sala, um sapato aqui e outro ali. Conclusão: sua cama bagunçada e dois corpos nus sobre ele.

A exatamente um dia e mais algumas horas, Seokjin pegou o noivo miserável enroscado em alguma vadia que Seokjin não se deu o trabalho de saber quem era. 

Jogou as roupas do ex-noivo no corredor, expulsou os dois aos gritos e empurrões — não antes de puxar com força o cabelo tingindo da amante — para fora. Sua cabeça estava a mil e a única coisa que passava nela era as mil e uma maneiras de matar amante e traidor.

Ao findar, Seokjin procurou outro apartamento o mais rápido possível, e claro mobiliado, afinal, infelizmente ele havia encontrado seme em seus lençóis e uma lingerie amarela no chão de sua cozinha. Queimou o colchão, quebrou os quadros que havia ganhado do ex e saiu, pegando apenas sua s roupas.

Vendeu tudo, exatamente tudo! Até mesmo a aliança de ouro. Ele havia perdido o noivo, a cama e sua dignidade, não perderia o orgulho e vendeu com muito gosto e satisfação a jóia de ouro com diamante. Ele também tinha que sair ganhando alguma coisa, nem que fosse dinheiro.

— Você tá um caco. Dormiu? — Escutou um voz e virou o belo rosto angelical, com bolsas embaixo dos olhos pequenos e uma boca meio seca. — Escutei seus berros. Na verdade, acho que todo mundo escutou seus berros. Sai dessa!

— Jimin, faça tudo, qualquer coisa… mas não acabe com o pingo de paciência que me resta. — Bufou.

— Certo, certo. — Jimin se aproximou. Pegou alguns papéis que estavam sobre a mesa, arrumou e sorriu pequeno. — Eu sinto muito por ele… Aquele idiota perdeu um bom partido, mas você precisa esquecer essa merda. Não é fácil, mas dará certo, afinal, estamos falando de Kim Seokjin.

— Sim, um idiota que foi tachado de idiota e traído pelo outro idiota que amava. Um belo conto de fadas. — Suspirou.

Fala sério. É desgastante demais saber que todo seu esforço para manter o relacionamento estável e saudável, não valeu em nada. O resultado de tudo não foi satisfatório, muito pelo contrário.

— Seokjin, você deveria deixar esse cara para escanteio. — Jimin tocou seu ombro, não gostando nadinha de ver aquele olhar um pouco perdido no outro do mais velho. — Foram longos anos e sei que está pedindo para você esquecer ele. Mas se ponha no meu lugar, sou seu amigo e odeio ver você assim! Se eu pudesse, arrancaria as bolas daquele cara e fazia ele comer com pimenta!

— Você não existe.

— Existo e estou bem aqui para levantar você caso caía para dentro do poço. — Jimin pegou os pais e duas pastas e piscou para o amigo. — Qualquer coisa, me fale, eu farei o meu máximo para te ajudar. Agora, como você não está com cabeça, pode deixar, eu vou cuidar de tudo.

Foi Pá Pum! (Namjin)Onde histórias criam vida. Descubra agora