08| deixo a porta aberta

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Sempre olhando atrás das minhas cercas
Sempre me senti isolado
Eu não sei porquê eu estava na defensiva
Eu vou encontrar um jeito de deixar você entrar
Eu vou morrer se eu não tentar
Condenado se eu perguntar o porquê
Isso é algo real
Isso é algo certo
Nunca estive apaixonado
Nunca senti nada até agora
— COMUM, Zayn

Sempre olhando atrás das minhas cercasSempre me senti isoladoEu não sei porquê eu estava na defensivaEu vou encontrar um jeito de deixar você entrarEu vou morrer se eu não tentarCondenado se eu perguntar o porquêIsso é algo realIsso é algo certoNu...

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Camille

Eu sentia a brisa fresca do mar Mediterrâneo se chocar contra meu rosto, que estava mais quente que o normal. Eu sentia meu corpo inteiro quente, minha respiração descompassada e minhas pernas ardendo.

Eu queria afastar todos aqueles pensamentos que atormentavam minha mente. Queria que aquelas perguntas sumissem como um passe de mágica. Queria que aquela sensação que eu tinha sentido não passasse de um sonho.

No instante em que percebi que não ia aguentar correr mais, parei abruptamente e apoiei minhas mãos nos joelhos, não aguentando direito meu próprio peso.

Logo ouvi passos atrás de mim, deduzindo que era minha mãe. Eu esqueci completamente da sua presença. Era sempre assim quando eu decidia liberar endorfina enquanto corria ao ar livre e pensando em todas as coisas que me preocupavam.

— Me desculpa, mãe! Eu acabei me empolgando — disse, com a voz um pouco fraca.

— Não foi nada, meu anjo! Eu que estou muito travada — fez uma pausa, parecendo se recuperar e puxar mais ar para si — Fico feliz que você sempre esteja ativa e em forma.

— O balé não permite que eu me dê ao luxo de não treinar minha resistência — disse, um pouco sem graça.

— Vamos fazer uma pausinha e apreciar o mar? — sugeriu.

— Claro! Eu só vou comprar uma água — disse, apostando para o quiosque que não ficava muito longe de nós.

Minha mãe assentiu com a cabeça enquanto caminhava até um banco próximo de nós. Já eu, peguei a nota de dinheiro que estava "escondido" dentro do meu tênis, ao lado do meu osso Tarsal Calcâneo e caminhei até o quiosque.

Eu estava na fila esperando algumas pessoas serem atendidas primeiro e comecei a ouvir um murmurinho no grupo de três meninas que estavam a minha frente na fila. Quando percebi que elas eram as mesmas meninas do restaurante, me arrependi amargamente de escolher justo esse quiosque para comprar água.

— Com licença — uma delas disse — Você é aquela garota que estava com os Leclerc no restaurante?

— Por que a pergunta? — elas não me responderam e continuaram me encarando — Sim, sou eu.

— Você é a namorada do Charles?

Isso era uma piada?

— Do Charles? — elas assentiram com a cabeça — Não! — disse de imediato. Onde que elas haviam tirando essa ideia? — Somos apenas conhecidos por causa de nossas famílias.

B'Shert ⋆ Charles Leclerc - ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora