uma aflição imperial

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as vezes gosto de pensar nas pessoas como acontecimentos fixos no espaço-tempo, igual aquele episódio de Doctor Who em que o doutor vê a morte de seu próprio eu num ponto fixo do espaço-tempo.
Quero dizer, as pessoas são muitas coisas, há uma infinidade de eus dentro de cada um de nós, mas existe um eu para o qual sempre voltamos, um espaço na nossa mente, uma lembrança de algo que nunca ocorreu.
Eu me vejo... Gritando, perdendo o fôlego em algum lugar muito longe, me vejo gritando até que toda a dor e todo o ar também se esvaiam de meu ser, a questão é que nunca vejo o que acontece depois, eu caio no chão inerte ou eu encontro outro local pra retornar?

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