Capítulo 2

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(Perdoem os erros)

Acordo no dia seguinte determinado a me reconectar com os meus irmãos, a conversa ontem à noite com o Aslam abriu meus olhos

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Acordo no dia seguinte determinado a me reconectar com os meus irmãos, a conversa ontem à noite com o Aslam abriu meus olhos. Não sou o único nessa família querendo algo diferente das tradições. Encontro Osman na cozinha terminando seu café da manhã, sento em frente a ele depois de me servir uma xícara de café e o observo.

- O que é? Tem alguma coisa na minha testa? – pergunta, ele está pronto para sair e ir para escola.

- Não, só curioso – Respondo, ele arqueia a sobrancelha e me encara desconfiado.

- O que é Jonas? – Pergunta pegando uma enorme colherada de iogurte.

- Como você está? – Pergunto, ele estreita o olhar me fazendo sorrir – A escola, namoros, festas? Essas coisas.

- Porque quer saber? – Sussurra baixinho olhando para os lados e procurando pelos nossos pais presumo.

- Porque já passei por isso, sei como é – Resmungo tomando mais um gole de café – Estive no seu lugar no passado garoto, entendo o sentimento e só queria que soubesse que pode falar comigo se precisar.

- Porque eu deveria, você passou dois anos fora e sem dar a mínima para alguém aqui...

- Isso não é verdade – O interrompo e ele bufa – eu sei como é querer mais do que viver aqui, não que seja ruim, mas pelo menos ter a possibilidade de fazer algo diferente é bom.

- Você tentou e voltou para cá, o que resta para mim? – Pergunta e entendo sua frustração – mas fica tranquilo, quando eu finalmente sair, não volto mais – Garante levantando da mesa e pegando suas coisas.

Ele sai batendo os pés irritados, Samia entra na cozinha arqueando a sobrancelha para o nosso irmão e depois sorri para mim.

- Ele está na fase rebelde, ingrato e ninguém faz o que quero – Ela diz deixando seus livros ao lado para poder sentar e tomar café.

- E você em que fase está? – Pergunto preocupado, acho que perdi coisas demais em relação a eles e agora meu irmão não confia em mim.

- Na aceitação – Responde me fazendo franzir a testa – A mãe me deu permissão para encontrar um noivo.

- Samia? – Ralho engasgando com o meu café, ela começa a rir sem parar – está querendo me matar – Chio batendo no peito.

- Desculpe, mas tinha que ver a sua cara – Ela aponta com as bochechas vermelhas de tanto rir – Foi engraçado.

- É claro – Resmungo deixando o café de lado, precisa de um pouco mais de creme e de alguns toques do Café da Gloria, mas também não sei do que estou reclamando, sou o único nessa casa a tomar café tão cedo já que todo mundo ainda prefere chá – não fale em arrumar um noivo até ter trinta anos mocinha.

Seu Green card - Série "Café da Gloria" vol 4 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora