Aos patriarcas

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O absurdo não mais espanta

Cada vez que dizemos aceito

A língua enrola na garganta

E o ódio explode no peito

Os gritos e as ameaças infantis

Fazem coro ao fascismo que apodrece

Sem ele o que farão os viris?

Quando verem a vara em “S”

A bravata deles logo vira choro

E o orgulho mostra o seu lamento

Sem perdão! Arranque-lhes até o coro

Faça deles cinzas ao vento

São não pessoas berrando não palavras

São a negação da vida

Ficarão frágeis como as larvas

Quando cobrarmos a dívida

Não vêem meio palmo à sua frente

Se sentem bem fazendo o mal

Só à estupidez são reverentes

Tudo sob a ótica do normal

Tomam a violência por amiga

Sem saberem do fato

Justo com ela lhes cortarão a barriga

Como faz o filho ingrato

Não merecem nem um poema inteiro

Já se condenaram a si

Sórdidos como o poleiro

Rolam no estrume em pleno frenesi

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⏰ Última atualização: Jun 19, 2021 ⏰

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