O absurdo não mais espanta
Cada vez que dizemos aceito
A língua enrola na garganta
E o ódio explode no peito
Os gritos e as ameaças infantis
Fazem coro ao fascismo que apodrece
Sem ele o que farão os viris?
Quando verem a vara em “S”
A bravata deles logo vira choro
E o orgulho mostra o seu lamento
Sem perdão! Arranque-lhes até o coro
Faça deles cinzas ao vento
São não pessoas berrando não palavras
São a negação da vida
Ficarão frágeis como as larvas
Quando cobrarmos a dívida
Não vêem meio palmo à sua frente
Se sentem bem fazendo o mal
Só à estupidez são reverentes
Tudo sob a ótica do normal
Tomam a violência por amiga
Sem saberem do fato
Justo com ela lhes cortarão a barriga
Como faz o filho ingrato
Não merecem nem um poema inteiro
Já se condenaram a si
Sórdidos como o poleiro
Rolam no estrume em pleno frenesi
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Aos patriarcas
PoetryUm poema reflexo da vingança irresoluta, você espera pelo o quê?