Chapter One

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Pov Vicky.

Era sete da manhã quando acordei, me levantei ainda sonolenta, e abri as cortinas do meu quarto, para que os raios de sol entrassem iluminando o ambiente que em breve eu iria despedir-me, escovei meus dentes e tomei um banho quente, desci as escadas e fiz meu café da manhã.

Eu sentia falta de acordar e ter a minha mãe na cozinha preparando as panquecas, fazendo café, ou passando um suco de maracujá para que eu pudesse me acalmar, já que eu nunca ficava de bom humor quando acordava cedo.

Era um belo dia, então balancei a cabeça para que esses pensamentos fossem embora e subi para o meu quarto para fazer minhas malas, eu iria morar com meu pai, confesso que eu preferia morar aqui, já que o odeio.

Tenho dezoito anos, posso andar com minhas próprias pernas, mas tudo nesse lugr me lembra ela, todos os cômodos, varandas, e quintal, não faz tanto tempo que ela morreu, então a morte dela ainda me dói por isso resolvi morar com ele, sua esposa e seu filho.

Meu pai nos abandonou quando eu ainda era bebê, o motivo? Eu não sei, nunca soube, ninguém nunca ousou me contar, ele voltou quando eu tinha quatorze anos, mas não foi bem considerada uma volta, ele vinha aqui sempre que podia, mas parou de vir quando eu disse que o odiava, eu tinha dezesseis anos quando ele se foi novamente, não foi uma ida definitiva, ele mora na mesma cidade que eu.

Morar com ele teria apenas duas vantagens, a casa dele é grande, e perto da minha escola, e de minhas amigas.

Ao terminar de fazer minhas malas, fui me trocar.

Nunca gostei de roupas claras, neutras, ou coloridas, eu usava apenas preto, mas mamãe dizia que eu ficava linda com elas

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Nunca gostei de roupas claras, neutras, ou coloridas, eu usava apenas preto, mas mamãe dizia que eu ficava linda com elas.

Antes de ela morrer ela havia descoberto o câncer de pulmão seis meses antes, mas não havia mais como salva-la, porque depois que o papai a abandonou ela começou a beber e fumar drogas todos os dias, e minha vó cuidava de mim quando eu ainda era bebê, depois que a vovó morreu fui morar com ela com apenas dez anos, ela só controlou seu vício quando eu completei dezesseis anos.

Mamãe sabia que morreria, e nunca me contou, ela tinha reformado meu guarda-roupa como presente de aniversário antecipado, eu briguei com ela por isso, e me arrependi tanto depois que descobri a causa de sua morte.

Em forma de lembrar-la parei de me vestir daquela forma, e mudei minha personalidade que ela tanto corrigia, quer dizer... Ainda estou tentando mudar.

Após ter terminado de me maquiar, coloquei as maquiagens dentro da mala, e passei o perfume da mamãe, assim que coloquei o frasco de essência na bolsa e a fechei, escutei uma buzina, apertei as alças das malas em minhas mãos desci as escadas, abrindo a porta e as colocando pra fora, respirei fundo, e olhei pra quele lugar, onde havia passado parte da minha infância e adolescência.
Escutei a voz de Aaron, meu pai, soar.

- Vamos Vicky, eu não tenho o dia todo querida.

Fechei meus olhos marejados de lágrimas, deixando com que as gotas caíssem em minhas bochechas e molhasse meu rosto, e com isso fechei e tranquei a porta.

- Não me chame de querida, Aaron.

Entrei no carro, sentando atrás, eu não queria olhar na cara dele ainda, não estava pronta para isso, e não gostaria de me estressar com ele.

Após alguns minutos de trajeto, chegamos a frente da enorme casa de Aaron, havia uma morena de cara azeda nos esperando na porta.

- Olhe só quem chegou, Vicky querida, como cresceu, está tão parecida com sua mãe, nem parece uma bastarda.

Sabe a calmaria que eu estava tentando manter, e a personalidade que eu estava tentando mudar? Pois é, elas se foram por alguns minutos.

- Olha só quem está aqui, Mary Gallagher, está tão mudada, nem parece mais uma biscate, fico tão triste que não seja mais a amante de Aaron, esse posto combinava muito com você, até porque você não tem cara de uma mulher decente, pode até se vestir como uma, mas nunca "será" uma.

Dei ênfase no "será" para que ela pudesse entender, ela já estava pra me responder quando Aaron se pronunciou.

- Ah por favor, acalmem-se, eu odeio ver as duas mulheres da minha vida brigando.

Olhei para o homem de Cabelos loiros e olhos claros, com uma expressão debochada em meu rosto.

- Ah, por favor Aaron, não venha dar uma de bom pai depois de todo esse tempo, essa posição não lhe cai bem.

Peguei minhas malas, e entrei na casa, e logo fui cumprimentada por um mordomo.

- Prazer senhorita, eu sou Sebastian, pedirei que levem suas malas para seu quarto.

- Não, obrigada, eu mesma posso levar-las, é um prazer conhecer-lo, Sou Vicky Harmony, mas pode me chamar apenas de Vih.

Disse para o homem de Cabelos grisalhos que usava um terno preto, e apertou sua mão, que era coberta por uma luva branca.

-Pode me informar onde é meu quarto?

Ele direcionou sua mão para a escada.

- Subindo a escada, última porta do corredor.

Disse com um sorriso em seu rosto.

Subi as escadas com minhas malas e andei até o final do corredor, avistei duas portas, uma na esquerda, e uma na direita.

- Ele disse a última porta... Mas aqui tem duas...

Falei comigo mesma olhando pra ambas as portas de cada vez.

- Acho que vou nesta daqui.

Disse girando a maçaneta da porta esquerda.
Entrei no quarto e fechei a porta trancando-a, não queria que ninguém me incomodasse.

E coloquei a mala na cama.

- Uau, o quarto já está decorado?

Vi posters de bandas de rock que eu conhecia nas paredes, e uma guitarra vermelha no canto do quarto.

- Aaron lembrou que eu toco? Não é possível.

Disse pensativa.

- Mãe, já disse para não entrar no meu quarto sem bater.

Escutei uma voz masculina, quando me virei deparando-me com um rapaz apenas de toalha, então gritei apavorada.

- Quem é você?

Ambos disseram ao mesmo tempo.

- O que faz no meu quarto?

Disse o garoto.

-Eu que o diga, o que faz no "meu" quarto?

Dei ênfase na palavra "meu."

- Só pode estar de brincadeira!

Indagou o rapaz em um tom raivoso.

Bom gente, foi esse o primeiro cap, desculpem-me trazer um capítulo tão pequeno, prometo que os próximos serão maiores, eu queria deixar esse maior, porém estou com sono, passei a madrugada em claro, e já são 06:30 da manhã, então tenham um bom dia, e até mais tarde. (Trarei um novo cap ainda hoje) não esqueçam da estrelinha, pra eu saber que estão gostando da história. As estrelas são um incentivo para que eu continue escrevendo.

𝐌𝐞𝐮 𝐐𝐮𝐞𝐫𝐢𝐝𝐨 𝐀𝐢𝐝𝐚𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora