Capítulo um

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HINATA

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HINATA


Depois de semanas e semanas em uma missão a mando de Konoha, retornar se tornou a minha maior dádiva por nove trabalhos seguidos, entregues em uma lista com endereços e informações para serem realizados no prazo de quatro meses. E como prova de determinação, parti. 

      Mas agora... 

Agora estou esgotada pelas últimas duas semanas em uma vila não muito longe. 

Meus olhos estão opacos e caídos e manchas de olheiras profundas rodeiam a região abaixo das pálpebras. Meu rosto pálido expressa um semblante cansado demais, devido a exaustão e debilidade, porém, para os meus pensamentos, a força de vontade é o que me mantém viva para seguir e não voltar atrás.

A cada passo, pisando em folhas secas, sinto que não vou conseguir aguentar. Um a um, se tornam tão pesados que não os sinto. Inutilmente, minhas tentativas de me manter sobre os próprios pés ficam piores: são fracas e descompassadas. Denunciando meu desfalecimento iminente, caso eu não pare para descansar.

Meu corpo pede por isso — ele implora! Mas eu não paro. Determinada a seguir, embora minhas forças estejam se esvaindo, minha mente é a única parte acordada e que não é frágil. Mas até quando ela será inabalável? Até quando vou manter os olhos abertos e meus pés funcionando, pisando e pisando no chão?

Esse é o meu jeito ninja, repito e repito em minha mente enquanto sem perceber, minhas mãos tremem e meus dedos ficam dormentes.

A mochila nas minhas costas guarda silenciosamente a papelada do meu sucesso, uma vez que consegui realizar as missões com bom desempenho, mas... Mas o local que tanto anseio parece estar mais e mais distante ao invés de perto.

Os esforços que fiz exigiram muito. 

Meus olhos ardem e escurecem. A dor física é minha amiga — uma amiga cruel — que grita que poderei descansar apenas quando chegar em casa e entregar os relatórios. E então pondero sobre parar e dormir. Mas minha amiga também me machuca. Centímetro a centímetro, por todo o meu corpo, serpenteando como uma cobra e sufocando-me enquanto me debato e luto para ter uma aprovação, para que essa voz de mágoa e tristeza seja silenciada com esforços. 

Não deve ser para os outros, uma voz diz baixinho. Tem que ser por você. E eu a guardo em algum lugar com cuidado junto com a vontade de nunca mais depender de ninguém. Eu estou prestes a conseguir, apenas preciso retornar o quanto antes.

Um pensamento distante vem, e sou obrigada a ignorá-lo.

Eu lembro o que aconteceu. Lembro do quanto fui imprudente... Fecho os olhos depois de lembrar de meses atrás, as palavras de Kiba ainda muito duras nas lembranças.

Com muita dificuldade convenci Kakashi de fazer uma missão sozinha depois daquilo. No fundo, sei que havia receio por me deixar partir.

As palavras "fraca" e  "muito dócil" vêm e não consigo mais ignorá-las, tampouco a dor antiga que jurei deixar para trás. Sempre me julgaram assim... Sempre viram no rosto límpido e olhos translúcidos a sobreposição de gentileza, exceto por Kurenai (sensei), Kiba e Shino. Meus companheiros que me apoiaram e insistiam quando todos constavam o oposto.

Uma nova chance - PS. Eu ainda preciso (Sasuhina)Onde histórias criam vida. Descubra agora