Capítulo dois

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"Corro perigo

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"Corro perigo

Como toda pessoa que vive.

E a única coisa que me espera

é exatamente o inesperado"

SASUKE


Aos passos lentos, retorno para a Vila da Folha depois de nove meses no país das Ondas. Os meses passaram rápido porque ainda consigo lembrar da última vez que estive na vila e os detalhes de antes da minha partida. Respiro fundo.

Andando, penso sobre o que devo conversar com Kakashi e sobre as informações que descobri desde a última visita na Vila, os vestígios de Kaguya que permaneciam um mistério. E, felizmente ou infelizmente, eu era o único qualificado para fazer as buscas. Meus pensamentos vêm e vão, mas uma lembrança acaba fixando em Sakura.

Pensar em Sakura me deixa abalado, no entanto. Pensar se ela ainda está à minha espera, como sempre fez, desde a primeira partida. Mas é egoísta, embora também reconfortante. Saber que assim que eu retornasse tentaria organizar as coisas e confrontar o passado.

Levaria-a, como tinha prometido, se ela quisesse isso.

Pensamentos como "Sakura, você ainda me ama?" e "Eu não tenho direito de exigir nada" me atormentam. Mas eu sigo em frente. Não deixando de reparar a bonita paisagem que traz paz ao meu espírito doente e esperando que essa beleza tranquilize os receios que perseguem minha mente agora vazia, resultante em confiar nessa falsa calma..

As árvores balançam enquanto o vento as conduz, fazendo com que os galhos se movam pela força exercida, assim como as folhas derrubadas no chão. Folhas verdes e amarelas cobrem as gramíneas baixas que voam com um temporal pequeno à medida que a velocidade do vento aumenta drasticamente.

O céu, por sua vez, está parcialmente nublado com nuvens negras, que tampam qualquer vestígio de sol.

Alarmantes e estrondosos, os trovões estalam floresta adentro e são seguidos pelos relâmpagos. Um frio avassalador subitamente predomina, e o vento leva as folhas e as arrasta. Meus cabelos voam sobre meus olhos.

A natureza grita que uma tempestade não tarda para iniciar e eu praguejo murmurando sobre a mudança do vento que bate contra mim e minha capa que range. Mas por acaso, sou obrigado a calar a boca ao ouvir passos entre as folhas secas que me deixam em alerta.

Preparado para atacar, saco a espada presa em minha bainha embaixo da capa, me aproximo sorrateiramente e avisto longos cabelos pretos dançando em sincronia com o vento, que os carrega, mas... Mas seja quem for, estar debilitada e em uma posição exposta.

A mulher está tão cansada e seu corpo está tão inclinado para frente que a mochila em suas costas parece carregar mais do que roupas e comida, como suponho ser. Seus pés não conseguem levantar. Ela praticamente está se arrastando sobre as folhas e chamando atenção na floresta. Suas mãos trêmulas estão pálidas, assim como sua pele esbranquiçada e sem vida.

Uma nova chance - PS. Eu ainda preciso (Sasuhina)Onde histórias criam vida. Descubra agora