Esquecida e feliz-A Rainha. {SENDO REESCRITO E MELHORADO.}

visita.

Eu estava deitada na cama falando da tal festa com as garotas e a campainha tocou. Era domingo e a empregada estava de folga. Passamos o resto daquela semana grudadas,indo para o shopping todos os dias depois da aula,mas eu já havia falado das condições da minha mãe,ela pareceram ter compreendido bem.

Quando eu desci e abri a porta. Outro susto.

Era Jason.

-oi-ele mordeu o lábio.

-o que você ta fazendo aqui?-eu cerrei os olhos.

-tem uma consulta para ir.

-o quê? Que consulta? É domingo.

-marquei uma ultra para você.-ele sorriu.

-o quê!? Você deve estar brincando!

Fiquei exasperada,já havia dito milhares de vezes que ele não tinha nada com aquilo. O bebê não era dele.

-você ouviu. Bota uma roupa decente e desce. Você tem 12 minutos.-ele disse,encarando o rolex em seu pulso.

-claro. Claro que sim.-eu revirei os olhos e bati a porta na cara dele.

***

Depois da consulta só sabemos que estava tudo bem e que ainda não dava para ver se era menino ou menina. Que ótimo.

-Eu quero um menino.-eu disse.

Nos estávamos no MC donalds agora.

Ele estava me entupindo de batata frita e hambúrguer. O medico dissera que eu havia perdido peso por conta da depressão. Boa forma de ganhar peso para o Jason era me entupindo de porcaria. Que maravilha.

- achei que você ia querer uma menina,Sabe. Para voce estragar e a fazer ser tão má quanto você. -ele enfiou uma batata frita na boca.-E.. Amarrar laços e saltinhos e essa coisa toda.-ele balançou a cabeça.

-Não. Eu não sou assim.-balancei a cabeça.

-Não tem cara de quem gosta de crianças.-ele parou de comer e olhou para mim.

-só que.. Nunca tive,muito contato  com nenhuma criança. Só isso.-encolhi os ombros.

-espero que cuide dele.-ele deu um gole no refrigerante.-minha mãe,enfiava tanto remédio na minha garganta que até hoje eu odeio remédios.-ele fez careta.-não seja uma mãe assim.

-tenha certeza que não vou.-eu sorri.-talvez visesse isso quando você estava doente.-dei de ombros.-sabe,para você ficar bom logo.

-eu nunca tinha nada!

-talvez por isso mesmo não tivesse nada errado com você!- eu ri.

-duvido.-ele deu mais um gole no refri.

-quem sabe o farmacêutico era muito,muito gato?-eu sorri.

Ele não me respondeu mais,ficamos quietos.

- é sério. Seja uma mãe legal. Vai ser uma menina,vai ver.-ele sorriu.

-não. -eu sorri.-eu só queria um garotinho ,com os olhos de Gabriel.-suspirei com o pensamento e senti meus olhos ficarem destantes.

Era estranho falar o nome dele depois de tanto tempo,em voz alta.

-você é uma idiota.-ele murmurou.

Ficamos em silêncio por algum tempo.

-Você ainda o ama?-ele perguntou ,do nada.

-quê?-quase engasguei com o refrigerante.

-você ainda..gosta dele?

As lágrimas começaram a ameaçar escorrer e meus olhos queimaram só de ouvir o nome dele.

-Eu.. -eu passei a lingua nos lábios e olhei para cima. Eu pude sentir meus olhos brilharem e meu rosto corar.- Só quero um garotinho como ele. Os olhos. A boca.

-que ajuda ele vai te dar?

-nada. Amanda fez com que ele pensasse que ele-eu passei a mão na barriga-não fosse dele.-então..-eu dei de ombros.-acho que a ultima coisa que ele quer agora é me ver.

- claro que sim. Também te odiaria.
a galera do Aguiar.. Já sabe disso tudo?

-não.

-não vai dar para esconder. Até eu já to quase notando!

Ele comeu uma batata frita.

-É diferente,você já sabe,fica mais óbvio para você.

-nada a ver.-ele sacudiu a cabeça.

-eu vou esperar até quando não tiver mais escolha.aEu disse com firmeza.

-você não entende ! Uma hora não vai ter como esconder!

-isso..não é da sua conta.-eu disse,secamente.

Ele e eu não falamos mais nenhuma palavra. Como ele tinha me levado no carro dele não dissemos mais nenhuma palavra o trajeto todo. Eu estava amando tanto aquela nova vida..