Capítulo quatro

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"Apaixonar-se pode acontecer com uma única palavra... 
Um único olhar."

HINATA


Dores em meu corpo e uma forte dor de cabeça provam que não estou mais dormindo. Mas muito consciente. Dolorida e debilitada, mas — estranhamente — descansada depois de dias caminhando.

Meus olhos buscam por localização mas não lembro de nada, nem mesmo como consegui chegar ali. Sem memórias. Sem recordações, apenas sentindo o latejar nas têmporas enquanto o meu corpo desperta. É tão forte que parece que minha cabeça está prestes a explodir.

Com os olhos entreabertos, tento assimilar sobre o dia anterior — ou ao menos o que acho ter sido anterior — mas não consigo formar nada coerente. Sinto-me perdida por não saber o que aconteceu e estou em um local desconhecido e precário.

Internamente, agradeço por estar a salvo mesmo que, curiosamente, em um lugar seguro.

"Eu devo ter conseguido chegar aqui um pouco antes da tempestade", penso. É uma das últimas coisas que lembro: céu fechado e frio, muito frio. "Foi apenas isso".

Fecho os olhos, depois respiro fundo.

Quando abro os olhos, minha respiração prende na garganta. Faz sete minutos desde que acordo e não percebo que há um manto em cima do meu corpo, cobrindo como um lençol. Negro, com odor masculino exalando, minhas entranhas reviram com o cheiro invadindo minhas narinas e penetrando minha alma. Fico em alerta.

Intensa e estranha para mim, a fragrância amadeirada está impregnada no meu corpo e nas minhas roupas. Uma segunda pessoa tinha estado comigo — e não sei o que ela fez.

Desesperada, levanto em um solavanco do chão com o manto nas mãos, segurando com apreensão. Ele é uma prova. A única testemunha de que não fiquei sozinha naquela caverna. Mas seja quem for, não fez questão de ocultar sua presença. 

Era um homem.

Ele tinha estado ali, próximo demais enquanto eu estava inconsciente.

      ── Quem me ajudou? ── Pergunto, a voz trêmula. Estou alarmada por saber que um homem tinha estado bem ali, do meu lado. Senão mais perto. 

Pânico consome minha mente pelos próximos minutos até que consigo me acalmar, tentando ser racional. 

Com o manto negro nas mãos, aproximo-o até chegar perto de meu rosto e inalo o perfume que o comporta e, consequentemente, minhas bochechas ficam rubras. Por segurança, inspeciono meu corpo mas não encontro nada além de um uma faixa branca enrolada no pulso, como um curativo de um hematoma que encontro por baixo.

Uma nova chance - PS. Eu ainda preciso (Sasuhina)Onde histórias criam vida. Descubra agora