Capítulo três

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"Abra seus olhos agora

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"Abra seus olhos agora. Dance agora. Sonhe agora
Pare de hesitar. Pare de ser indeciso.
O que está fazendo?"

SASUKE


Os três dias com a Hyuuga não são difíceis como o esperado. Hinata dorme e, vez ou outra, me aperta com força à procura de conforto, transmitindo sensações que não consigo entender para a situação. Sua pequena mão agarra a minha atrás de segurança. E muito antes de eu negar o toque, Hinata entrelaça nossos dedos com desespero. Fragilizada. Vulnerável.

      ── Promete, por favor, que não vai me deixar... ── sussurra, a voz trêmula. Pedindo várias vezes para não deixá-la. ── Eu estou tentando. Mas eles dizem que não é o bastante. Sempre disseram. 

Hinata sussurra em meio a uma súplica inconsciente. Lágrimas escorrem por seus olhos, e eu as limpo, cuidando enquanto permanece com febre.

Outras palavras são ditas mas são desconexas e sem sentido. Verbalizações que não consigo entender, e isso me deixa agoniado. Mas, não me nego a me afastar dos temores da mulher adormecida. O que tudo isso significa? Não nos conhecemos o bastante para eu saber o que se passava em sua vida e porque insiste em manter os braços em volta do meu corpo. Contudo, sinto uma grande curiosidade em descobrir. Ela parece ter o olhar gentil. Uma mão tão acolhedora.

Ela parece um anjo machucado pelo mundo. Uma extensão cruel demais para a existência de um ser bondoso e dócil para a pessoa que, com pedidos que não entendo, me abraça como se dependesse disso para sobreviver. 

Há apenas nós. Ela inconsciente em meu colo, e eu prezando por seu sono. 

Pelos cuidados excessivos, me sinto patético. Mas nem por um segundo cogito parar.

Depois de me certificar pela vigésima segunda vez que ela ficará bem, deixo uma cesta de frutas que colhi não muito longe junto com um cantil de água para que se sacie assim que acorde, o que presumo não demorar. Hinata ficará bem. 

A objeção que me faz não a levar para Konoha foi uma frase dita na noite anterior. E eu a respeito, complacente. 

      ── Eu vou conseguir. Independente do que aconteça. Farei isso sozinha ── Disse com determinação. Firme de seus ideais e da própria ousadia, com convicção em cada palavra. 

Mesmo que de olhos fechados, encontrei a profundidade. O peso que tinham. A responsabilidade. 

Soube nesse momento que não podia levá-la sem afligir seu orgulho com brutalidade.

Por isso, deixo com que conclua os próprios objetivos. Não posso ir contra seus verdadeiros desígnios. Então, com receio, começo a caminhar em direção à Konoha.

Passo a passo, mantenho-me inexpressivo. Não tenho pressa para chegar. Não depois dos últimos três dias, onde passei horas e horas em alerta cuidando de uma pessoa que nunca vai saber quem a ajudou ou que esteve presente. É o melhor para os dois. 

Uma nova chance - PS. Eu ainda preciso (Sasuhina)Onde histórias criam vida. Descubra agora