4. Quebrando regras

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***Miguel Narrando***

"Preciso ajuda-la" Pensei.

Mais não poderei fazer muita coisa daqui onde estou. Cada minuto que passa ela está correndo cada vez mais perigo, mais o que eu posso fazer? A vida dela não pode terminar assim, logo ela que já passou por tanta coisa ruim, aquele homem aproveitou da bondade dela, ele sabia que ela confiava nele, então enganou a pobre garota. Por que estou com tanta raiva? Eu sou um ser de luz, não deveria ter esse tipo de sentimento, mais quando se trata daquela garota tudo muda, fui destinado a cuidar dela, essa foi minha primeira missão como anjo da guarda, e será que vou falhar justo na minha missão? Não! Não vou falhar, preciso pensar em algo rapido.

Minutos se passaram, ela está toda machucada não consegue mais tenta se defender, ela precisa de mim, eu preciso salva-la. Vou em direçao ao portal que me levará até lá, sei que estou violando todas as regras, mais não sei outra maneira de poder ajudar ela.

Encontro o portal, para minha sorte não tem ninguém por perto, vou na direção e me jogo nele, logo aparece um clarão anunciando minha chegada pouso em frente a casa abandonada onde aquele cara levou Luiza, aqui de fora ouço ela gritar, vou correndo em direçao a porta e empuro para abri-la. Do lado de dentro me deparo com aquela cena horrivel, deu uma dor no coração em ver ela daquela forma toda suja de sangue, machucada e com a roupa rasgada, e ela ja não estava mais conciente, nesse momento uma raiva tomou conta de mim, fui em direção aquele homem, minha raiva era tanta que eu queria mata-lo, segurei ele pelo pescoço com uma mão, e com a outra comecei a socar a cara dele, sangue saia do nariz dele, joguei ele no chão e comecei a chuta-lo, ele já estava todo machucado, mais eu ainda não me sentia satisfeito, pego ele mais uma vez, e vejo em um canto um pedaço de madeira com ponta pregado numa parede, levo ele até o local e falo:

_Agora você vai ter o que merece!

Ele já não tinha mais forças para lutar, sabia que iria morrer, eu via o pânico em seu rosto, então ele tentou dizer algo.

_Não... Mais já era tarde demais, pois nesse momento eu empurrei o corpo dele e atravessou o pedaço de madeira.

Deixei ele ali e fui em direção a Luiza, estava jogada no chão e nem parecia ter mais vida, me aproximei e abaixei perto dela, peguei ela em meu colo, e sai em direção a rua.

_Aguenta forte. Falei no ouvido dela, mesmo sabendo que ela não estava me ouvindo.

Olhei para os lados a estrada estava vazia, eu tinha que levar ela logo para um hospital, já que perdi meus poderes de cura, então comecei a voar em direção a uma pequena cidade próxima, do alto vejo as luzes da cidade se aproximando, avisto uma rua escura logo atrás do hospital e vou na direção, pouso no chão e vou correndo em direção a entrada do hospital. Passo pela porta e logo vejo todos olhando para mim, encontro a mulher da recepção e ela ao ver o estado da moça em meus braços já começou a pedir ajuda aos enfermeiros que estava ali perto.

_Me acompanhe. Falou uma das mulheres.

Ela foi andando em passos rápidos até uma sala, e mandou eu por deitada a moça. Ela começou a examinar a Luiza, e logo fez uma cara nada boa, ela estava preocupada, então saiu do pequeno consultorio sem falar nada. Minutos depois voltou com mais dois homens, um que pegou Luiza no colo e quando estava saindo do consultorio eu perguntei:

_Para onde vocês estão levando ela?

_O caso dela é bem grave, precisamos fazer alguns exames. Falou um dos homens.

_Eu vou junto!! Falei indo em direção a eles quando a mulher entrou na minha frente e disse:

_Lá é uma área restrita, vou te acompanhar até a recepção e você fique lá esperando noticias.

Não queria aceitar isso, mais tive que concordar. Fiquei horas esperando, até que a mulher voltou.

_Então como ela está? Perguntei nervoso.

_Ela vai ficar bem, você é o que dela? ela me respondeu e fez outra pergunta, levei um tempo para responder então por fim disse:

_Sou um amigo dela.

_Você sabe dizer o que aconteceu com ela ? Ela me perguntou me olhando desconfiada.

_Um homem tentou abusar dela. Respondi.

_Já suspeitei disso. Ela disse.

_Será que posso ir ver ela? Perguntei.

_Ela está durmindo, está sobre o efeito dos remedios que tivemos que aplicar, aconcelho você vim aqui amanhã, pois vamos avisar a policia, e vocês vão ter que dá o depoimento do fato ocorrido. Ela falou enquando olhava algo no celular.

_Ok, vou ficar aqui mesmo, quero está aqui quando ela acorda. Falei olhando dentro dos olhos daquela mulher, ela desviou os olhos para minha mão, percebeu que estava machucada e ficou nervosa, então conclui que ela está achando que fui eu quem fez isso com a Luiza.

_Avise aos pais dela para vim amanhã aqui, ela é de menor e precisamos de alguem da familia, agora tenho que ir. Ela falou de um jeito seco e saiu.

Deitei em um sofá, e comecei a pensar que a essa hora o Trono já estar sabendo doque eu fiz, estou bem encrencado, apartir desse momento sei que não vou poder voltar para casa, então tenho que pensar na minha vida daqui em diante.

Volta a minha mente o que se passou essa noite, se a gente continuar aqui vomos ter serios problemas, amanha será tarde para fugir. Olho no relógio já são quatro horas da madrugada, o hospital está bem vazio, levanto do sofá e vou a procura da Luiza, finalmente a encontro, eles cuidaram dos machucados dela, ela não está mais coberta de sangue, e eles também tiraram o que sobrou da roupa dela e colocou uma daquelas roupas de hospital. Me aproximo procurando uma maneira de tira-la daqui. O quarto tem uma grande janela de vidro, vou até ela e abro o máximo possivel, pego ela no colo e vou em direção a janela, pulo e abro minhas asas e começo a voar para a casa da minha irmã, hoje ela é um anjo caido, tem alguns anos que ela foi espulsa, por desobedecer o Trono.

Começo a bater na porta com força, minutos depois Julia aparece com uma expressão de preocupação em seu rosto.

_Miguel é você? Ela pergunta ainda com duvida de minha presença ali.

_Sim, sou eu, você pode me ajudar? Perguntei enquanto ela observava Luiza em meu colo.

_Sim, mais é claro meu irmão entre. Ela disse, e então eu entrei.

Ela mandou eu segui-la até um dos quarto da casa. Entrando lá deitei Luiza na cama, não restava muito o que fazer, agora é só esperar ela acordar.

Fui para a sala com a Julia que não parava de me fazer perguntas, ela estava muito curiosa querendo saber o que aconteceu comigo, porque estou aqui e com uma garota toda machucada. Ficamos ali conversando por horas até que percebo que é de manhã e vou ver como a Luiza está, se já acordou, mais não, ela continua imovel do mesmo jeito que coloquei ela na cama, dou um beijo na testa dela e então volto para o sofá e Julia deita no meu colo. Até que adormecemos.

Olhar de um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora