Era dez horas da noite quando os amigos chegaram na festa de algum colega da escola, o garoto não lembrava de quem era a festa e nem o quanto já havia se passado desde que chegaram, talvez umas duas horas de muitos shots e bebidas misturadas, sua amiga havia falado que iria no banheiro a meia hora atrás, mas o garoto não se preocupou, pois a garota sempre falava que iria no banheiro, mas acabava na cama com algum cara mais velho irmão de alguém que estava na festa, sempre a mesma coisa duas horas de loucuras com bebidas e pessoas aleatórias, depois o resto da noite na cama com alguém, o jovem deveria estar acostumado. Levantou do sofá que estava e saiu pela porta da frente, pegou seu cigarro, os fones e deixou tocar uma música aleatória do Cage the Elephant, uma de suas bandas favoritas, olhou em seu celular meia hora depois de sair andando pela cidade, aquela festa estava chata igual as outras, nenhuma mensagem de Elisa, como imaginava, era uma da manhã melhor horário para se tomar decisões estupidas e fazer merda, na opinião de um adolescente de apenas 18 anos.
Mas o que de tão ruim ele poderia fazer com seu celular, fone e um maço de cigarro? Talvez se jogar da ponte ou ir parar em um cemitério como havia acabado de acontecer. O tão solitário e sombrio cemitério, onde Louis sempre acabava depois de uma festa e um maço de cigarro, na lápide de sua irmã mais velha, Aylin, era como um ciclo, o jovem bebia e fumava, para no final acabar em frente a lápide de sua irmã pedindo perdão, pois ele prometeu que não usaria as mesmas coisas que foram a causa da morte de sua irmã com apenas 20 anos.
Após uma madrugada solitária, onde o jovem se perdeu em seus pensamentos sobre futuro e escola. Louis foi para casa dormir ou apenas arrumar as coisas pra escola.

Um mês havia se passado Louis estava na casa de sua melhor amiga com a garota vomitando todo seu café da manhã, a jovem estava assim ia fazer duas semana, então o garoto foi até a farmácia mais próxima e comprou cinco teste de gravidez, logo voltou e pediu pra amiga fazer, esta que estava com  um pouco de receio, pois então veio a confirmação Elisa estava gravida. O garoto pediu a amiga se iria abortar, na mesma hora a garota negou, nunca que iria abortar seu bebê, ela iria assumir as consequências de seu erro.

Os meses então foram passando com só os dois sabendo o segredo da garota. Comprando o enxoval do bebê escondidos, faltando aula quando a jovem não estava bem, por isso os dois acabaram repetindo de ano.

*Ligação* ( Louis em negrito)

-Elisa? Está tudo bem com você e o bebê?

-Lou eu acho que estou tendo o bebê!!

-Ok... Respira comigo.... isso assim... eu estou indo pra ai.... Você esta no hospital?

-Sim... eu vim para cá quando senti que seria a hora

- Ok estou chegando

* Fim da ligação*

Louis correu o mais rápido que pode até o hospital, não querendo deixar sua amiga  sozinha em um momento tão difícil.

Chegando no hospital foi até a recepção para se informar, soube que sua amiga estava em um quarto esperando ter mais dilatação, então foi orientado em qual quarto ele deveria ir. Entrou no quarto hospitalar, número 28, mas sua amiga já havia dado a luz, havia demorado demais.

-Lis, como você está?

-Tô indo Lou

-E onde que está meu afilhado?

- Na maternidade

- Depois eu vou vê-lo então.

-Lou... eu preciso falar com você

-Sobre...

-Sobre essa coisa

-Que coisa?

- O bebê

- O que tem ele? Ele nasceu com alguma doença? Deu alguma complicação?

-Não.. E-eu não quero ficar com ele... Vou colocar pra adoção. Realmente pensei que poderia seguir com isso, mas eu não quero isso pra minha vida eu tenho apenas 19 anos, quero fazer uma faculdade e viajar ao redor do mundo e essa coisa ja me atrapalhou esses nove meses que eu poderia ter acabado a escola e estar em uma faculdade boa. Eu tenho sonhos, quero um futuro e nunca vou conseguir essas coisas com um bebê me atrapalhando.

- Eu fico com ele.

- O que?

- Você está certa de fazer isso, porque é melhor ele crescer sabendo que a mãe deu a chance dele ser amado, do que crescer com você culpando ele. Então eu adoto ele, você não precisa nem ver ele, apenas ganhar a sua alta e fingir que isso nunca aconteceu, eu faço parte do 0,03% dos homens que podem engravidar, vou contar pra minha família e amigos próximos que engravidei de um cara qualquer em um festa, vou colocar o meu nome e dar muito amor pra ele.

-Você não pode fazer isso - Elisa gritou, enquanto sustentava um olhar de raiva

- Eu posso, já que você quer abandonar um bebê que não tem culpa de seu erros. Eu já o amo muito e vou dar todo o carinho que ele merece. Você não o quer e se você ficar com ele, irá culpa-lo de sua escolhas, eu não consigo deixar isso acontecer, então eu estou te ajudando, não estou? Estou pegando toda a responsabilidade dele para mim, você não terá nada vinculado a ele, pois ninguém saberá. Assim você poderá terminal o ensino médio e ir para uma faculdade.

- Se você fazer isso eu nunca mais irei olhar na sua cara

- Okay

Neste momento a médica entrou, conversou um pouco com a paciente e o jovem. A garota falou a sua decisão, a doutora de pouca idade, Louis chutava quase na casa dos trinta talvez, não gostou da ideia, mas o garoto explicou que era melhor o bebê ser criado por alguém que irá dar muito amor, do que com alguém que apenas  irá culpa-lo. A jovem médica então orientou aonde Tomlinson teria que ir para fazer a papelada de certidão de nascimento e que o bebê ficaria mais um dia para conseguirem doação de leite materno e que a jovem estaria liberada após três horas, a doutora também orientou Louis que deveria levar o bebê para uma consulta na clínica dela após 1 mês, o que seria no primeiro dia de aula, onde ele com certeza irá faltar, para poder levar seu bebê para uma consulta com a pediatra.

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