𝑩𝒊𝒓𝒅𝒔 𝑫𝒐𝒏'𝒕 𝑪𝒓𝒚, 𝐓𝐞𝐞𝐧 𝐖𝐨𝐥𝐟.

10. Ato desesperado

Mia

Eu não imaginava que a morte de uma pessoa poderia mudar tanto a nossa vida, eu não fazia ideia disso, até minha mãe morrer.

Minha mãe era tudo para mim, quando ela estava ao meu lado, tudo parecia tão calmo, tão sereno, tudo parecia mais leve, eu não tinha medo de nada pois eu sabia que minha mãe sempre estaria ao meu lado, eu sequer conseguia pensar na possibilidade de estar longe dela.

Mas olha como é a vida, hoje eu estou praticamente sozinha, me sinto sozinha o tempo inteiro, é como se na vida das pessoas ao meu redor eu não existisse, e sem contar que todos estão de segredinhos o tempo inteiro.

É horrível viver com a sensação de que as pessoas estão sempre te escondendo algo, não confiam em você para nada, é como se não quisessem você por perto, você não sabe para onde correr, não conseguir ficar perto das pessoas que gosta, porque elas estão sempre agindo estranho. 

Eu estou tão cansada de tudo isso.

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Eu estava deitada na minha cama, usei a desculpa que meu pé estava doendo para faltar a escola hoje, mais a verdade é que hoje eu acordei e não senti dor alguma, eu até poderia sair correndo livremente por ai, eu vou passar o dia deitada, sem fazer absolutamente nada, não que eu tenha coisas para fazer sempre, porém hoje mesmo se eu tivesse não faria. Levo um susto quando vejo Isaac entrando de uma vez no meu quarto e trancando a porta.

— Meu Deus, você quer me matar do coração ?

— Desculpe eu não queria te assustar, mas fiquei preocupado com você, não entendi porque você ter dito que seu pé estava doendo só para não ir a escola, se eu bem me lembro você ama a escola. 

— Como sabe que eu estava mentindo ? – olho para ele desconfiada que me olha de volta com uma cara engraçada, ele ignora totalmente minha pergunta e vem se deitar ao meu lado. 

— Olha Mia sobre aquele papo de lobisomem…

— Não, por favor com essa história denovo não, é tudo que eu te peço, qualquer coisa menos isso.

— Tudo bem então, o que vamos fazer então, vamos mexer nas coisas do seu irmão ?– ele diz em tom de brincadeira, mas eu o olho com um sorriso. — Você não tá pensando nisso de verdade não é ? 

— Você não ? – falo já saindo da cama e correndo para o quarto do meu irmão.

— Ele não vai gostar disso Mia. – ignoro totalmente ele e abro a porta do quarto olhando tudo em volta, está tudo em mais perfeita ordem, Tommy não gostava de bagunça, vou em direção ao guarda roupa dele, as roupas todos separadas por cores, tudo na mais perfeita ordem, ele tinha até um cachecol da cor rosa, achei que meu irmão odiasse cachecóis, talvez seja da Kira. — Essa é sua mãe ?

— Sim, é ela, linda não é ?– me sento ao lado dele na cama.

— É sim, muito linda, você é muito parecida com ela. – ele diz isso e me beija.

— Todo mundo falava isso. Ela era bem divertida, mas ao mesmo tempo tão doce, tão alegre, quando eu estava com ela, tudo era tão mais leve.

— Igual quando estou com você, você deixa tudo mais leve.

— Eu te amo Isaac. – sem esperar ele responder, eu o beijo apaixonadamente, ele vem se deitando por cima de mim na cama.

— Eu também amo você Mia. — Após dizer isso, ele volta a me beijar, eu coloco minha mão por dentro de sua camisa e arranho levemente suas costas durante o beijo, e logo ele tira a mesma, e logo voltamos a nos beijar. 

Tommy

— Sua irmã não veio hoje? — perguntou Stiles, desajeitadamente fazendo um estrondo no corredor do colégio ao se jogar na porta do armário ao meu lado.

— Ela estava com dor — respondi, curto e direto. — Precisa de algo, Stiles? Ou só gosta de me seguir por aí?

— Já que você perguntou...

Antes que eu pudesse processar o que ele estava prestes a fazer, Stiles me empurrou para a sala no corredor ao nosso lado. Como sempre, desajeitado, ele bateu a porta, chamando a atenção de todos os alunos. O xinguei assim que ele a trancou, o garoto hiperativo não perdeu tempo em tentar se justificar.

— Será que você podem ficar quietos? — exigiu Scott, se aproximando até puxar Stiles para longe de mim. — Tommy, precisamos da sua ajuda.

— E precisavam ter me puxado assim? — reclamei. — Não poderia ter mandando uma mensagem? “Tommy, precisamos falar com você. Teria como nos encontrar na sala vazia do corredor do segundo andar?”, assim era bem mais fácil.

— Foi um ato desesperado, tudo bem — concordou Stiles. — Mas é urgente.

— Defina urgente — pedi.

— Do tipo em que um lobisomem vai passar pela primeira transformação, mas ele não acredita que é um lobisomem e não confia em nós porque o Scott chegou para ele com um papo de que a mordida é uma dádiva e agora eles são irmão.

Levantei uma sobrancelha, incrédulo.

— Isso foi ridículo — afirmei. — E lamentoso.

— Por isso precisamos da sua ajuda, Tommy — disse Scott, parecendo cansado.

— Querem que eu mate o garoto?

Scott e Stiles arregalaram os olhos, assustados com a morbidez a qual consegui falar aquelas palavras. Eles negaram freneticamente, como se eu fosse um louco sociopata.

— Só precisamos de uma forma de convencer o Liam a vir conosco até a casa no lago da Lydia para trancarmos ele no porão.

— Então querem que eu rapte o garoto?

— Não, cara! — exclamou Stiles, inquieto. — Precisamos de algo que não chame atenção, mas que seja tentador demais para um adolescente hormonal resistir.

Os encarei entediado, sem entender como não conseguiram pensar na coisa mais óbvia a se fazer.

— Façam uma festa falsa nessa casa do lago — sugeri. — Mandem a Malia, a Lydia ou a Kira, não importa, se vestir com roupas curtas e fazer uma pose sexy enquanto desce as escadas. Elas convidam o Liam e pronto, ele não terá como resistir. Era só isso?

— Qual a chance de você poder ir conosco? — Stiles arriscou perguntar, Scott esperando uma resposta junto. — Assim, como uma segurança adicional.

Cruzei os braços, como se estivesse prestes a dizer não. Pelas feições de Scott e Stiles, ele já acreditavam que eu realmente diria isso.

— Acham mesmo que eu perderia isso? — perguntei. — Me falem o dia e a hora, estarei lá.

Olá meus passarinhos, como vocês estão ?

Meus amores nos desculpem pela demora do capítulo, acontece que eu testei positivo para covid-19 e acabei ficando um pouco mal, não só eu, mais a minha mãe e o meu pai, nós tivemos que nos revezar para um cuidar do outro e graças a Deus, deu tudo certo.

Gente essa doença não é brincadeira, evitem aglomeração, usem máscara, se cuidem. Vamos nos cuidar e cuidar do próximo.