P.s: esse capítulo contém conteúdo sensível que pode acionar gatilhos. Por favor, não o leia se não estiver bem.
***
"Quando você me contou toda a história, eu senti vontade de vomitar. Eu pude ver em seu rosto que foi difícil, que deixou um gosto ruim na sua língua." - Daddy Issues, The Neighbourhood.
***
Os dois estavam sentados há quase quarenta minutos dentro do escritório e nenhuma palavra havia sido dita. Halo observava o quão grande era o local. As estantes com livros – sabe-se lá do que, já que Louis não era muito de ler – eram do teto até o chão, numa madeira preta brilhante, como se tivesse acabado de ser lustrada. A mesa era grande e parecia ter quase dois metros. Havia uma cabeça de cervo empalhada numa das paredes da sala e, na outra, uma grande janela tomava a parede inteira, dando uma visão privilegiada do pôr-do-sol que ocorria naquele momento.
"E... Então? Ele está bem?" – Louis falou, sem graça.
"O meu rosto ou o bebê?"
"As duas coisas."
"Estão bem." – Mais silêncio.
"E o seu?"
"Rosto ou bebê?" – Arrancou uma risada fraca de Johnson, que o olhou.
"Idiota."
"Já estou bem agora." – A morena assentiu.
"Halo...Eu...Desculpe, eu não consigo me lembrar muito da noite em que ficamos juntos. Lembro de estarmos nos pegando, lembro de fazermos sexo, mas são tudo flashes, sabe?"
"Claro que são flashes, você estava caindo de bêbado. Eu também, se não, é claro que não teria transado com você. Mas fizemos, agora tem uma criança vindo ai e quero saber que porra vamos fazer de nossas vidas." – Louis se levantou, passando as mãos no rosto.
"Você quer...Abortar?"
"Não." – Tomlinson soltou um suspiro que nem sabia que segurava.
"Ainda bem."
"Mas acho que não estou podendo ficar sozinha."
"O que quer dizer com isso?" – Ela deu de ombros.
"Que vou morar aqui durante a gravidez." – O homem paralisou.
Que porra estava acontecendo? Halo estava calma demais, estava levando tudo na boa demais. Será que era aquilo que uma gravidez fazia com uma mulher? A fazia esquecer do que já havia acontecido? Talvez tudo que ela quisesse fazer fosse proteger o filho. Louis tinha diversos inimigos e, se soubessem que a mulher ia ter um filho seu, seriam capazes de fazer atrocidades terríveis, que não queria nem parar para pensar. De qualquer forma, também achava melhor que ela ficasse ali.
Ele se aproximou da mesa e se encostou nela, ficando parcialmente virado para a morena, que ainda estava sentada na confortável cadeira, olhando-o.
"Eu também acho... Para sua segurança e do bebê, mas nunca achei que aceitaria. Sobre o que...Sobre o que aconteceu há três semanas, eu..."
"Nós nunca vamos falar sobre isso. Eu não quero ouvir uma palavra sobre esse assunto. Já acabou, está encerrado, concentre-se em fazer a coisa certa pelo menos por seu filho. Porque eu juro, Louis, se você encostar um dedo em mim, eu sumo com essa criança de tal forma que nunca vai saber nem o nome dela." – Louis assentiu, temeroso.
"Nunca mais aquilo vai se repetir. Eu perdi a cabeça e..."
"Eu falei que não vamos falar sobre esse assunto, porra. Não fui clara o suficiente?" – O homem assentiu novamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Halo | 2º Temp - Yes, Sir. {H.S}
Fanfictione quando tudo acaba, você quase deseja que pudesse ter todas as coisas ruins de volta. pra poder ter também o que era bom. Copyright © 2019 Inc. All Rights Reserved