Trovões

Único

Olá! Essa é a primeira história que posto aqui. Fiz uma coisinha do meu casal favorito e espero que gostem!

Obrigada a ventanus_marina pela capa :)
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Dabi olhava para o teto de seu quarto enquanto tentava se acalmar. Vários pensamentos passavam por sua mente agitada principalmente lembranças de sua infância e isso não era algo bom.

Sua infância foi uma das piores épocas da sua vida. Ter que conviver com ele durante anos e aturar tudo aquilo foi torturante e Dabi quase não saiu vivo daquele pesadelo.

Seus dedos batiam nervosamente contra sua barriga enquanto ele repetia para si mesmo que estava tudo bem era só chuva. A janela de vidro permitia que Dabi visse a tempestade que caia e parecia que não ia ter fim tão cedo.

“Talvez colocar cortinas seja uma boa ideia”

Suas pernas se mexiam na cama se encolhendo cada vez mais dentro do edredom macio que ele estava enrolado. Sua cama não era tão boa, mas pelo menos Dabi tinha uma agora, isso tornava a sensação um pouco melhor dormir na rua era milhares de vezes pior.

Dabi sentia uma agonia muito grande dentro de si mesmo. Seu peito doía, um nó se formava em sua garganta e seu rosto, os olhos de forma mais específica, ardiam e uma dor terrível se formava. Ele queria chorar desejava mais que tudo se desmanchar em um milhão de lágrimas, mas Dabi não pode chorar desde que seus dutos lacrimais foram queimados.

Ele se encolheu na cama e se virou para o lado contrário da janela rezando para a tempestade parar de uma vez por todas. As lembranças que atordoavam sua mente o faziam reviver cada um dos dias daquele pesadelo.

Lembrava de levar uma surra enorme porque ele disse que odiava sua família. Dabi ficou a beira da morte naquele dia ainda tinha uma cicatriz nas costas por causa disso, mas ela ficou meio invisível com a chegada das queimaduras.

No meio de tantas memórias um alto trovão soou dos céus e Dabi quase gritou de pavor, mas conseguiu abafar com a mão a tempo. Sua respiração estava acelerando e suas mãos estavam trêmulas com toda aquela carga de emoções negativas. Ele suspeitava que não faltava muito para ele ter um ataque de pânico.

A tempestade só piorava e vários trovões soavam a cada um deles Dabi se estremecia e quase gritava. Cada relâmpago que ele via brilhar na parede quarto o aterrorizava cada vez mais.

O suor frio começava a aparecer junto com os tremores em seu corpo. Ele se escondeu nos lençóis completamente assustado e nervoso.

A memória de levar um tapa no rosto porquê tentou brincar com seu irmão mais novo o fez arrepiar por inteiro.

Antes que Dabi se mergulhasse mais ainda nas suas memórias ruins ele viu a porta se abrir. Seus olhos se arregalaram imediatamente e chamas azuis lamberam seus ombros, pois em sua cabeça era seu pai que vinha o castigar por alguma coisa.

A silhueta se aproximou dele e Dabi quase disparou fogo contra a pessoa, porém ele ouviu a voz antes.

— Ei, Dabi sou eu.

O azul celeste dos olhos de Dabi tiveram um pingo de alegria ao ver seu namorado ali. Tomura foi até a cama e sentou abrindo os braços e Dabi foi rapidamente para seu abraço buscando ter conforto.

— Desculpe não ter vindo antes Toga consegue ser muito irritante quando quer acabei ficando preso falando com ela.

Tomura passava as mãos lentamente pelas costas dele fazendo carinho suavemente. Ouvir o barulho da tempestade sempre foi relaxante para Shigaraki até ele saber que seu namorado tinha pavor de tempestades desde então o som agradável da chuva significa preocupação.