1| quase atropelamento

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Acordei mais cedo que o normal, mas fiquei deitada na cama olhando o teto de madeira, meu corpo precisava de descanço. Fechava os olhos com força, não queria que o dia começasse novamente, ainda estava muito cansada do dia anterior.

Assim que o despertador tocou, indicando que já deu cinco horas da manhã, me levantei, abri as minhas janelas, as luzes fracas do começo do dia entrava pela minha janela.

Abri a porta do meu quarto, eu morava em uma casa muito pequena com meu pais, no meio do campo, a uma hora da cidade. Aos meu dezessete anos, comecei a trabalhar para sustentar meus pais. Meu pai é aposentado, por conta de uma doença que o impossibilitou de fazer a maioria das coisas, e minha mãe fica em casa cuidando dele, já que ele não consegue se virar sozinho.

Abri a porta, o cheiro de café invadiu minhas narinas e fez minha barriga roncar, fazer duas refeições por dia não é nada bom. Caminhei pelo corredor e já dei de com a cozinha, minha mãe estava na pequena cozinha fazendo o café, as janelas estavam abertas e dava pra ver os verdes das montanhas.

-- Essa hora acordada? -- perguntei enquanto me sentava em um dos bancos pra calçar meus tênis, tomei banho ontem de noite, então não precisava tomar banho agora pra trabalhar.

-- Não consegui dormir esta noite. -- escutei ela rindo, e quando ela se virou, percebi olheiras enormes abaixo de seus olhos, e uma enorme cara de cansada. -- Seu pai não conseguiu dormir está noite.

Me senti mal, estava com o sono muito pesado para conseguir acordar para ajuda-la.

-- Mãe, me desculpa... -- ela me interrompeu com a mão no ombro. Levantei a cabeça para olha-la, seu sorriso era sincero e cheia de amor.

- Porque está se desculpando? - ela colocou uma mecha rosa atrás da minha orelha. - Você já faz muito por nós, tá?

Assenti, mesmo ela falando que eu já faço mais que o suficiente, não me sinto assim, queria poder fazer mais, o dinheiro que ganho do trabalho não dá pra quase nada, as vezes temos que escolher entre o tratamento do papai ou a comida que comemos.

Terminei de calçar meus tênis e ajeitei minha roupa - uma blusa branca e uma calça jeans velho -, amarro meus grandes cabelos rosas em um rabo de cavalo bem feito. Dou um beijo na testa da minha mãe, nem deu tempo de tomar café, mas não quero me atrasar.

Assim que sai de casa, caminhei a longa estrada de grama e terra, sorte que hoje não é um dos dias que chove, os dias que chove são piores. Assim andei por toda estrada, cheguei no ponto de metro que tinha aqui nesse pequeno campo. Entrei no metrô e me sentei perto da janela, onde eu via todos os morros e as colinas verdes, moro nesse fim de mundo, mas é tão bonito.

Moro no país de Konoha, moro na cidade principal de Konoha - cidade onde fica o grande palácio -, Hale.

Há muitos anos atras, a monarquia voltou ao mundo, mas de um jeito bem mais moderno do que vemos nos livros ou nos filmes, onde as pessoas "normais" vestem roupas normais, e pessoas da monarquia usam vestidos e terno, um saco, eu sei, eu ficaria linda num vestido montado quem nem da princesa Temari que eu vejo nos programas.

Começo a rir sozinha no metrô me imaginando num vestido daqueles, com certeza pra usar um daqueles tem que ter graça e doçura, tem que nascer pra isso, que nem a princesa Temari, de Suna.

Pego um jornal que vejo no banco da frente, leio automaticamente a primeira pagina, onde está escrito bem grande e em negrito "O príncipe querido de Konoha, Sasuke Uchiha, pode estar voltando de sua longa viagem pelo mundo, depôs do suposto boato que seu irmão mais velho e sucessor do trono, Itachi Uchiha, querer renunciar."

O príncipe e a Cerejeira - SasusakuOnde histórias criam vida. Descubra agora