Epílogo

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Clara

A vida é complicada. Viver é complicado, porem podem facilitar algumas coisas não é mesmo.

Bem como todos sabem sou a senhora Silveira, casada mãe de uma menina linda que hoje completa cinco anos e grávida do segundo bebê, ops, era segredo. Mas enfim ele vai saber, mas não agora quem sabe mais tarde. Se sou feliz? Muito nunca imaginei isso para mim. Mas adoro a vida que tenho. Não estou falando em questão de dinheiro ou status na sociedade e sim de amor, família, amigos. Enfim tenho tudo isso e já basta para mim. Eu sei dinheiro é bom, mas nem sempre. Em pensar que tudo isso começou com um contrato sem pé sem cabeça, mas que salvou a vida do meu pai. Faz uns três anos mais ou menos Henrique me contou a história do contrato, lógico que briguei com ele e deixei-o dormir por duas horas, pensaram que eram noites. Mas não. Foram apenas duras horas no sofá do escritório. Depois fui lá e busquei-o. Onde já se viu me persegui e depois me obrigar a ser sua namorada só por que se apaixonou por mim a primeira vista. Ele adorou quando me viu no escritório dele, mas depois da primeira patada que dei nele, ele se perguntava por que me queria e nunca achava uma resposta plausível. Até que tivemos a nossa oportunidade de conversar e ele descobriu que mesmo eu sendo uma verdadeira ogra quando quer, sei ser uma princesa amável se possível e tenho um coração enorme e foi por isso que ele se apaixonou. Bem essas são as palavras dele. Para dizer a verdade eu devo ter feito café na minha calcinha e dado para ele beber. Sabe como é aquelas simpatias de revistas do tempo da vovó.

Estou preparando as coisas para festa da minha pequena que o tema é médico. Diferente para uma menina de cinco anos? Sim muito, mas segundo ela, essa profissão é muito bonita, pois salva vidas e deixa muitas pessoas felizes quando dá tudo certo. Se quando crescer ela aguentar ver muito sangue será medica que cuida da cabeça das pessoas. Ela quer ver como é o cérebro das pessoas e como funciona. Chique minha filha.

Se ainda sou enfermeira? Sou sim enfermeira chefe, mas com alguns cursos na manga. Nunca quis uma área específica sempre quis ficar onde posso ajudar todos e a enfermagem me da isso e amo muito de paixão. Depois da minha família, minha maior paixão é minha profissão.

Vou acordar meu marido que fez uma cirurgia ontem de emergência em dos pacientes a noite chegou de madrugada. Deixei-o dormir ate agora. Ele continua o mesmo apaixonado pela medicina odiando a administração porem fazendo essa parte, mas ele não ama isso. E lógico louco e com um tesão enorme ainda por mim.

- Henry amor. Acorda. Temos que arrumar tudo para mais tarde.

- Estou com sono amor.

- Eu sei. Por isso que deixei você dormindo ate às onze da manhã.

- Deita aqui.

- Não. Preciso da sua ajuda amor. Aproveitar que Ana esta com meu pai. - sim minha pequena dorme fora de casa sem problema e ontem ela dormiu com o vovô babão, meu pai.

- Vamos namorar então. - ele me agarra.

- Ahh. - grito. - Namorar, hum quer dizer que está disposto então?

- Sempre.

- Olha os modos. - dou um selinho nele. - Chegou tarde ontem. Eu senti quando deitou na cama era quase três da manhã. Cirurgia deu tudo certo?

- Corrigindo já passava das três. Deu tudo certo, mas quase o perdemos por duas vezes.

- Coitado. Mas ainda é delicado a sua recuperação sabe disso né?

- Sei. Mais tarde vou ligar no hospital pra saber como ele está.

- Vai da tudo certo. Sei disso. - roubo um beijo. - Senti sua falta no café hoje.

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora