Deux

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[a roupa que ela está usando vai aparecer sempre na midia]

Oi de novo, passaram dois dias. Encontrei uma vaga numa agência pequenina que nunca tinha ouvido falar. Pelos vistos ela é bem escondida por que eu não a estou encontrar de jeito nenhum. Já dei cerca de 3 voltas por aqui. Chama se J, o dono é um homem, é a primeira vez que vou a uma empresa que tenha um homem como dono, pode ser melhor. Vamos ver.

Depois de várias tentativas finalmente encontrei. A empresa é bem pequena mas tem um J bem grande e luminoso à entrada, vamos ver como corre. Desejem me sorte.

— Bom dia, estou aqui para uma entrevista de emprego.

— Qual o seu nome?

— Park Roseanne.

— É o segundo andar. Boa sorte, estamos mesmo a precisar de caras novas.

— Espero conseguir.

— Meu nome é Jisoo e estou torcendo por você.

— Obrigada, é a primeira rececionista que me trata bem.

De 30 empresas que já fui esta é a primeira rececionista que é simpática e até se apresentou. E sim, 30 empresas. Não me olhem assim.

— Pode entrar.— um homem diz que suponho ser o dono. Já não sinto aquele nervosimo de entrar numa sala destas depois de tantas tentativas.

— Bom dia.

— Park Roseanne, certo?

— Certo, pode me chamar Rosé.

— Então Rosé, vejo que é neozelandesa.

— Sim, nasci lá.

— Interessante. Vejo também que já tentou cerca de 30 empresas e nenhuma aceitou.

— Exato, é muito decepcionante.

— À quanto tempo anda a fazer estas entrevistas?

— Cerca de um ano. Eu mudei me para cá, tentei me estabilizar e depois comecei à procura.

— Como você se sente com isso?

— É muito decepcionante, eu estudei moda por 5 anos ao mesmo tempo que estudava música e trabalhava em três sítios diferentes e no final eu não consigo nada.

— Você fazia isso tudo?

— Sim.

— Uau, deve ter sido muito difícil.— nunca ninguém me fez tantas perguntas assim pessoais, é estranho.— Vejo que não tem nenhuma informação sobre os seus pais, porquê?

— Os meus pais deserdaram me aos 16 anos, foi muito difícil.

— Uau, peço Desculpa por todas estas perguntas mas é para nós conseguirmos chegar a um ponto da conversa.— continuo sem saber o nome dele, estou super curiosa. — Então, o que tanto a faz querer este trabalho?

— Eu adoro moda, sempre adorei. Algo nela me faz despertar algo diferente.

— Qual foi o motivo para não a aceitarem?

— Sempre me disseram que eu não estava ao nível daquilo, que moda não era a minha coisa, tentaram ao máximo me deitar a baixo. Acho que um dos factos é que as empresas já estavam num nível avançando, todas as que fui, e eu acho que tenho de começar num nível baixo para ir crescendo.

— E porque não escolheu música?

— Eu tentei, mas não me sentia muito à vontade.

— O que você acha desta empresa?

— Eu vou ser sincera, eu não conhecia esta empresa e aliás tive muitas dificuldades em dar com o sítio mas no momento em que entrei aqui fui super bem recebida e eu senti logo energia positiva.

— Eu sou o Jin e estou confiante em você. Acredito no seu potencial e quero fazer você crescer na sua carreira. Eu vou aceitar você.

— Você está falando sério?

— Estou sim. Se quiser podemos assinar o contrato agora e amanhã começamos.

— Claro.

Meu Deus, não dá para explicar a felicidade e a adrenalina que estou a sentir. 30 empresas. Eu jurei a minha mesma que ia às 33 mas não foi necessário. Estou super contente. Leitores, venham comigo nesta minha jornada nova.

—- Muito obrigada.

— Seja bem vinda à J.

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