Toxicus - Imagine Mahito

Toxicus

¡Atenção: esta fanfic retrata um relacionamento abusivo/tóxico!

boa leitura~ <3

• • •「🌺」• • •

Você não acreditava que havia se submetido àquela situação. A garota que sempre defendeu os outros e tentava ajudar o máximo de pessoas não conseguiu prevenir e salvar a si mesma de cair nas garras de algo que você jurou nunca cair.

– Mahito – Você chamou o rapaz, o encarando com as íris [cor dos olhos] totalmente opacas e sem vida. Lembrou-se que a primeira coisa que o azulado elogiou ao te conhecer foi o brilho dos seus olhos e quase riu de desgosto ao se recordar o quanto havia ficado feliz em receber um elogio dele.

– Hm? – A maldição respondeu, sem tirar os olhos dos humanos recém transformados por ele, o desespero em rostos humanos fascinavam o rapaz.

– Eu quero… – Você começou sua frase, mas a interrompeu por alguns instantes, lembrando dos sorrisos de Mahito. Sua voz murmurando palavras como "Eu te amo" ou "Você faz eu me sentir vivo" ecoando em sua mente tentando te impedir de completar a frase e voltar atrás na sua decisão.

– Você quer…? – O rapaz de cabelos azulados questionou, finalmente olhando para você ao estranhar sua frase cortada no meio. 

– Eu quero… Terminar – Você sussurrou, com suas memórias inundando de imagens de Mahito e você, seu primeiro beijo, sua primeira noite com ele, as palavras doces que ele sussurrava todas as vezes que você pensava em tentar terminar e nunca conseguia ao escutar aquelas malditas três palavras saindo das cordas vocais dele. 

– [Nome], querida, o que você quer dizer com isso? – Mahito questionou, guardando os humanos transfigurados no bolso da calça e se aproximando de você.

Chantagem emocional, claro que ele usaria isso. Ele sempre usava quando você tocava no assunto, dissimulando uma face confusa enquanto esboçava uma falsa preocupação. Mahito não era idiota, obviamente ele sabia o que significavam aquelas palavras e o quão mal ele te fazia. Mas você era a bonequinha predileta dele, ele estava disposto a torturar e matar quem quer que tentasse lhe tirar dele.

– Você sabe o que isso significa – Você rosnou, contendo a vontade de desabar em lágrimas. Você ainda o amava ou era tão dependente a ponto de você achar que aquilo era amor. 

– Você não pode fazer isso – Mahito disse, parando à sua frente e acariciou levemente sua bochecha, com um sorriso gentil em sua face cheia de costuras. Era impressionante o quão bem ele dissimulava suas próprias ações e fingia ter algum sentimento humano positivo por você – Afinal… Eu te amo – Ele continuou acariciando seu rosto e aquele toque, por mais gentil que fosse, eram como várias agulhas perfurando sua face, doía, ardia, causava repulsa em você. – E ninguém vai te amar tanto quanto eu [Nome] 

– Por favor, não me toque… – Você afastou as mãos dele de você e deu as costas para Mahito, engolindo o choro que teimava em borbulhar dentro de si – Eu te amo Mahito – Você murmurou – Mas eu me amo mais. – Dito isso, você começou a caminhar em direção à saída, contendo a vontade de voltar atrás naquelas palavras, de lembrar do quanto os beijos dele pareciam cheios de amor e todas as vezes que ele sussurrava palavras carregadas de um carinho que você sabia que não passava do sentimento de posse que ele tem com relação à você mas que ainda assim fazia você sentir borboletas no estômago. Você precisava enterrar todos aqueles sentimentos a sete palmos abaixo da terra, você precisava fugir daquela maldição.

[...]

– Você não vai atrás dela? – O rapaz de cabelos negros e roupas budistas perguntou, assim que a viu sumir do recinto, saindo do local em que estava escondido e escutando a conversa de Mahito com você. Não se surpreendendo ao ouvir a gargalhada animada da maldição, que parecia realmente entretida com toda aquela situação.

– Óbvio que vou – Mahito disse, em meio às risadas – Minha bonequinha é muito preciosa para mim – O azulado comentou, sentindo-se extasiado com toda a situação – Eu não consigo conter minha animação – Ele disse, olhando Suguru Geto com os olhos acinzentados brilhando de alegria – Eu preciso quebrá-la até o fim.