Meu nome é Roseanne Park, mas podem me chamar apenas de Rosé. Eu tenho 15 anos, e estou no primeiro ano, do ensino médio. Eu tive que mudar de escola, depois que passei para o ensino médio. Eu odiei essa mudança, pois desde de criança, eu estudei sempre no mesmo lugar, sempre tive os mesmos amigos de infância, mas agora tudo mudou.
A escola nova infelizmente, ficava muito longe da minha casa. Eu então, tinha que pegar um transporte público todos os dias, para chegar ao local. Eu não gostava nem um pouco de andar de ônibus, pois eu sempre acabava enjoando.
No primeiro dia de aula, eu havia pegado o transporte, e ele estava cheio de alunos, da minha nova escola. Eu estava extremamente nervosa, e o balançar insistente do ônibus, só estava piorando as coisas. Eu então, comecei a passar mal, e de repente, todo o meu almoço foi parar nos sapatos, de um dos alunos mais populares do colégio. O garoto fez uma cara de nojo, e começou a me ofender. Todos no ônibus começaram a me olhar, e alguns alunos estavam rindo. Fiquei tão envergonhada, que desci imediatamente do ônibus, indo o resto do caminho a pé.
Os dias se passaram, e eu ainda não havia feito nem um amigo, nessa nova escola. Para piorar, depois do que ocorreu no ônibus, todos me olhavam estranho, como se eu fosse um alien. Eu não tive mais coragem de pegar o ônibus, no mesmo horário, eu então decidi pegar o transporte uma hora mais cedo. Assim eu evitaria encontrar, com os outros alunos da escola.
Eu estava gostando de pegar, o transporte público mais cedo. Ele sempre estava mais vazio, não tinha aperto, e o principal de tudo, era que sempre dava para se sentar perto de uma janela. Com o vento batendo em meu rosto, eu não passava mais mal.
Eu sempre tinha o costume, de ir escutando música. Eu tinha uma playlist especial, para as viagens de ônibus. Artistas como Chase atlantic, Girl in red, e The smiths, sempre estavam presentes na minha lista. Depois que eu colocava os meus fones de ouvido, eu viajava na minha imaginação, e nada mais me incomodava. Por isso eu sempre considerei a música, como sendo a minha melhor amiga.
As semanas foram se passando de uma maneira monótona, até que em um dia tudo mudou.
Eu estava sentada no assento ao lado da janela, quando ela entrou pela primeiro vez no ônibus. Eu a observava, enquanto ela passava pela catraca. Aquela com certeza, era a garota mais linda, que eu já havia visto na minha vida. Eu desvie rapidamente o olhar, quando ela passou perto de mim, sentando na outra fileira, em uma cadeira perto. Minuto em minuto, eu dava uma olhadinha discreta para o lado. Ela parecia está distraída, lendo um livro. O seu cabelo era lindo, um longo, preto, e reluzente, que caía em mechas, que cobriam o seu pequeno rosto. As suas bochechas eram levemente coradas, e os lábios eram vermelhos. Ela usava um lindo uniforme de escola particular, enquanto eu usava uma farda horrorosa do colégio público. Até parecia que o governo fazia as fardas feias daquele jeito, só para rir da nossa cara.
Eu achei que só a veria aquele dia, mas para a minha surpresa, ela começou a pegar sempre o mesmo ônibus. A garota misteriosa, subia algumas paradas depois da minha. Sempre que se proximava da parada dela, o meu coração começava a acelerar. Eu me lembro que havia, uma grande árvore no local, aonde ela sempre esperava embaixo pelo ônibus.
A garota era linda, mas tinha um olhar triste. Ela sempre estava com uma expressão séria, e era muito quieta. Ela não falava com ninguém no ônibus, e também parecia não ter amigos.
Eu ía todo o trajeto, a observando feito uma boba. Eu descia algumas paradas antes dela, oque era ruim, pois eu era tão tímida, que tinha vergonha de passar por ela, toda vez, que eu ía descer. Eu prendia a minha respiração com medo, e sempre ficava muito nervosa. Assim eram todos os meus dias naquele ônibus.
Um dia, eu acabei passando vergonha. Eu queria parecer legal para ela, tipo parecer uma garota "Descolada". Foi então, que eu Descidi, descer do ônibus com "Estilo. Eu passaria por ela de maneira confiante, deixando de lado o meu nervosismo. Ao se aproximar da minha parada, eu respirei fundo, levantei a minha cabeca, arrumei a minha postura, e me preparei para descer. Eu andei pelo corredor do ônibus com passos firmes, mas como sou desastrada acabei tropeçando, e quase caindo em cima dela. Eu olhei para ela rapidamente, e percebi um leve sorriso em seus lindos lábios vermelhos. Juro eu queria me jogar, pela janela do ônibus naquele momento. Fiquei tão nervosa, que saltei do ônibus, antes dele parar totalmente, e tropessei outra vez, quase caindo de cara na calçada. Eu sai andando sem olhar para trás. Eu estava tão sem graça, provavelmente agora ela achava, que eu era uma idiota, ou algo do tipo.
Naquele dia fiquei a aula inteira, pensando no ocorrido. Eu estava me achando tão boba. Foi quando percebi algo, ela havia dado um sorriso. Okay, foi um sorriso discreto, mas aquela havia sido a primeira vez, que eu téria a visto sorrir. De repente, eu fiquei alegre ao lembrar daquela cena. Ela sorriu com o meu tropeço, mas eu não ligava. O importante era que de alguma forma, eu consegui fazer ela sorrir, e era um sorriso tão lindo. Eu passei praticamente todo o final de semana, relembrando apenas aquela doce cena.
Finalmente a segunda-feira havia chegado. Nesse dia aconteceu uma coisa, a qual eu não esperava. Por algum motivo o ônibus estava cheio, haviam muitas pessoas em pé. Já estava próximo a parada dela, quando a garota subiu no transporte. Ela passou a catraca, e ficou em pé, algumas cadeiras longe de mim. Eu a observava, quando o senhor que estava sentado ao meu lado, se levantou, deixando o lugar vago. Eu quase tive um troço, quando eu a vi se aproximando, e se sentando ao meu lado. Eu parei de respirar na mesma hora, eu estava completamente paralisada. Ela nunca havia ficado tão perto de mim antes, eu tentava controlar a minha perna, mas eu não conseguia a fazer parar de tremer. Eu olhei devagar para o lado, e pensei "Meu Deus, como ela é linda!". Ela era muito mais linda, ainda de perto. O seu perfume era tão bom, era como se eu estivesse sentada ao lado de um lindo jardim, cheio de perfumadas flores. Ela tinha em seu colo um caderno, aonde estava escrito um nome "Jennie". Esse era o nome, eu agora sabiá o nome dela. Eu o repetia em minha mente várias vezes, era como se ele fosse uma linda canção. Eu precisava falar com ela, nem que fosse para dizer um "Oi", mas eu não tinha coragem.
- Vamos lá sua boba, diga "Oi" para ela, vamos! - Eu passei todo o trajeto, repetindo isso para mim mesma, mas eu não conseguia dizer nada.
Nós passamos a viagem toda em silêncio. Eu já estava perto de descer, e não havia conseguido dizer nem uma palavra. Eu me levantei, e ela se afastou um pouco para eu passar. Antes de descer do ônibus, eu olhei rapidamente para trás, para a ver mais um vez.
Passei o dia todo, pensando sobre aquilo, e decidi tomar uma atitude. A próxima vez, que eu a visse, eu iria criar coragem para puxar assunto. Eu prometi para mim mesma, que só sairia daquele ônibus, após falar com ela. Eu mal havia conseguido dormir durante a noite, pois fiquei ensaiando, as palavras que eu iria dizer. Mas toda aquela ansiedade iria valer a pena.
No dia seguinte, algo muito estranho aconteceu. Pela primeira vez, a garota não havia pego o ônibus. Eu olhei pela janela, em direção a parada, mas ela não se encontrava no local.
- Ela deve ter se atrasado, e perdido o ônibus. - Pensei.
No dia seguinte, aconteceu a mesma coisa, ela não estava lá outra vez. Eu pensei que ela havia perdido o ônibus de novo. Havia se passado uma semana, e nada da Jennie aparecer. Eu então, imaginei que ela estivesse ficado doente, ou algo do tipo, oque me deixou preocupada. Todas as vezes, que se aproximava da sua parada, o meu coração acelerava.
Se passaram dias, semanas, e meses, e eu não tinha nem uma notícia dela. Naquele momento percebi que provavelmente, nunca mais eu a veria outra vez. Talvez ela tivesse mudado de escola, ou começando a ir de carro para o colégio, ou até se mudado de cidade. Eu nunca soube oque aconteceu, e acabei ficando muito mal por um tempo. Eu nunca iria me perdoar, por não ter tido coragem de falar com ela.
O ano letivo já estavam chegando ao fim, aquele séria o último dia de aula, antes das férias. Eu peguei o ônibus aquele dia, completamente desanimada. Ao passar pela parada dela, me senti triste, então uma ideia veio em minha mente. Eu tirei da bolsa o meu estojo, e peguei um hidrocor azul. Eu nunca em toda a minha vida, havia pichado lugar algum, mas naquele momento eu nem me importava. O ônibus estava quase vazio, e ninguém estava me olhando. Com muito cuidado para não ser pega, eu comecei a escrever.
- Eu espero que um dia, você veja isso. - Sussurrei.
Enquanto a tinta azul da caneta, rabiscava a lateral do ônibus, eu pude sentir o meu coração apertar, enquanto os meus olhos, se enchiam de lágrimas. Aquilo com certeza séria algo o qual, eu levaria para toda a minha vida.
Já se aproximava da minha parada, mas antes de descer do ônibus, eu dei uma última olhada, no que eu havia escrito, sorrindo ao ler a frase.
"Oi, Jennie"
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A Garota Do Ônibus (Blackpink) (Chaennie) (One-shot)
FanfictionMeu coração quase parava, toda vez que ela entrava no ônibus...