Jeon Jungkook vive um relacionamento de fachada, mas o casamento sob contrato para juntar os laços das famílias influentes não impediu seu espírito aventureiro de ter Jimin como amante.
Não se sabe até onde esse amor clandestino poderá ir, mas dize...
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A tarefa era simples: organizar os e-mails e priorizar os mais relevantes. Não precisava ter diploma da melhor faculdade do país para tal tarefa, aquilo seria possível a qualquer leigo que se disponibilizasse a fazer. Entretanto, o loiro estava nessa missão há mais de uma hora. Ele lia e relia a caixa de entrada, mas as letras pareciam dançar na tela do computador, então se perdia no que tinha acabado de ver, começando tudo novamente.
ㅡ Bom dia, senhor Jeon! ㅡ escutou uma das funcionárias falando, só então ergueu a cabeça, minimamente, para ver o homem desfilando com ar superior até sua mesa.
Contudo, Jimin decidiu fazer diferente naquele dia: fingiu não notar a presença alheia, fixando os olhos no computador com atenção demasiada.
ㅡ Já marcou a reunião com a equipe de logista da Areal? ㅡ disse o homem de forma brusca.
ㅡ Bom dia, senhor Jeon. ㅡ levantou da cadeira para se curvar. ㅡ Infelizmente, não. Eles nunca tem tempo disponível na agenda. Está complicado marcar uma reunião, já que são bem escorregadios nesse requisito.
O empresário trincou a mandíbula.
ㅡ Não quero mais saber de adiamentos. Se eles não confirmarem ainda esta tarde que estão dispostos a um diálogo, vou levar isso como sinal de afronta!
ㅡ Sim, senhor. ㅡ desviou o olhar, incomodado com tom do chefe, quando na verdadeira não deveria.
ㅡ Algo errado, Park? ㅡ passeou as escuras orbis na postura do loiro, que mastigava ruidosamente os lábios lambuzados de gloss.
ㅡ Não, senhor.
ㅡ Certo... ㅡ entortou a cabeça estranhando. ㅡ Alguma novidade?
ㅡ Ainda não. Estou checando os e-mails, senhor.
ㅡ Entendi. ㅡ Jungkook respirou fundo, alisando o termo. Estava desanimado, odiava as segundas-feiras porque esse dia se estendia bem mais do que os outros. Precisava resolver as pendências da semana anterior e pensar nas pilhas e mais pilhas que precisava conferir, fazia querer chorar em posição fetal até que tudo se resolvesse magicamente.
Entretanto, em meio a essa chatice, tinha algo que o motivava a ir ao trabalho... e Jungkook estava prestes a querer desfazer daquele estresse, antes de tudo.
ㅡ Me traga alguma coisa para comer, Park. Estou faminto! ㅡ ordenou, já entrando no escritório.
Jimin inflou as bochechas tentando engolir aquele pedido idiota que não fazia parte do seu trabalho. O patrão sempre abusava da sua boa vontade, fazendo dele seu capacho para pagar as contas, colocar combustível e até fazer as compras no supermercado. Ele acatava como um mero estagiário as exigências do chefe autoritário. Organizava sua rotina de ponta a ponta, desde eventos da empresa, pegar a roupa a lavanderia e lembrá-lo das infinitas reuniões com a família, principalmente agora que o outro iria se casar com uma das mulheres mais importantes do meio empresarial.
O Park passava o dia escutando as exigências pessoais de Jungkook e da sua noiva grudenta mandando inúmeros recados do que fazendo seu trabalho realmente dito.
Aquilo exigia demais de seu psicologico, já não suportava mais ficar no mesmo metro quadrado que o mais velho, sem ter a ânsia de pular naquele lindo pescocinho engravatado.
Se recopondo dos pensamentos nada animadores, fez um esforço sobre humano para discar o ramal principal.
ㅡ Senhor Jeon, o seu café da manhã está pronto. Devo mandar a Soraia deixar aí? ㅡ se referiu a copeira, que sempre preparava alguns quitutes na copa. Uma extravagância que o empresário mantinha, já que vivia mastigando. ㅡ Senhor?
O loiro esperou mais alguns longos segundo a resposta, precionando o telefone na cartilagem para não escapar qualquer resmungo.
ㅡ Quero que você venha deixar, Park! ㅡ sibiliou entre dentes, desligando. ㅡ Filho da puta... ㅡ rosnou, batendo o aparelho com força na mesa. Isso quase fez o café escaldante derramar em si. ㅡ Ele quer me enlouquecer?!
Respirando fundo, equilibrou a bandeja com uma das mãos enquanto a outra girava a maçaneta na base do ódio. Seu rosto estava contorcido pela indignação quando pisou no escritório.
ㅡ Aqui está, vossamajestade. Espero que esse pãozinho esteja envenenado e você morra de forma lenta e agonizante! ㅡ voziferou, colocando a bandeja de qualquer jeito sobre os papeis importantes que seriam assinados.
ㅡ Isso são modos de falar com seu chefe?! ㅡ o empresário arregalou os olhos, mal acreditando no que tinha acabo de acontecer.
ㅡ Eu estou cansado! Estou exausto com esse trabalho de merda, onde faço mil e uma coisas. ㅡ desabafou, colocando toda sua frustração em forma de palavras. ㅡ Não sou garçom, muito menos sua babá para sair da minha casa e procurar uma pomada para assadura às três da manhã! Deveria agir como adulto, ter suas próprias responsabilidades. É o mínimo que um CEO de verdade deve ser! ㅡ riu entre lágrimas, limpando-as rapidamente para concluir: ㅡ Você é ridículo, Jungkook, mas eu sou ainda pior por continuar aqui.
ㅡ O que você está... ? Espera! ㅡ ao ver o loiro fazendo o caminho contrário, Jungkook correu na frente para embarreirar a saída. ㅡ O que você tem? ㅡ indagou preocupado. O loiro negou, seus olhos brilhavam pelas lágrimas que ameaçavam cair outra vez, por isso Jungkook tentou tocá-lo, mas o mais novo se esquivou com repúdio. ㅡ O que foi, meu amor?
🍺💋
Oi, trapaceirinhos? Como vocês estão? Bom, uma autora que se preze está sempre alimentando seus leitores com ilusões, então cá estou com uma história curtinha, só para vocês não esquecerem de mim. Hihihi
