Ver meu precioso entrar em casa com as bochechas lavadas pelas lágrimas, os cabelos bagunçados pelo vento e a aura mais triste do mundo partiu meu coração. A preocupação quase instântanea fez com que eu me aproxima-se jogando o pano de prato sobre o ombro e o abraçando apertado.- Hey, Injunnie, o que houve? Por que você está chorando, meu bebê?
Fazer a pergunta foi como abrir uma torneira. Renjun me apertou em seus braços e chorava a ponto de soluçar, molhando a minha camisa. Com um aperto no coração, peguei meu bebê no colo e sentei com ele no sofá. Foda-se que Injunnie já tem quase 17 anos, ele ainda vai ser meu neném precioso pro resto da vida e eu vou pegá-lo no colo e protegê-lo de todo o mundo sempre que me for conveniente. Quem não gostar que vá para a casa do caralho.
- A-appa... - Ouvir a voz dele quebrada e rouca pela dor era agonizante. Sou um pai muito protetor e ver meu filho desse jeito é horrível. - J-Jeno e J-aemin.... - pausa pra um soluço e mais um choro doloroso - Eles estão na- namorando....
E então eu entendi tudo. Apertei Renjun um pouco mais e fiz carinho em seus cabelos.
- Oh, Injunnie...
Eu não sabia o que dizer para confortar meu filho. Quando ele chegou pra mim e me disse que estava confuso com seus sentimentos, eu o ajudei a perceber que ele estava apaixonado em dose dupla. Justo por quem? Os dois idiotas pelos quais meu bebê está chorando. Conheço Lee Jeno e Na Jaemin desde que os dois eram dois merdinhas pequenos. Eles foram os primeiros amiguinhos que Renjun fez quando nos mudamos para a Coreia do Sul, e eventualmente meu garoto se apaixonou por ambos.Eu sabia que algo assim poderia vir a acontecer e pelas minhas análises a paixão de Renjun não era tão platônica assim em nenhum dos lados. O casal Nomin pareciam corresponder os sentimentos do meu filho. Ver os três juntos era como ver a personificação da perfeição em forma de um trisal. Sempre sorrindo feito bobos, coxichando segredos, se tocando sem ao menos perceber. O amor estava ali, era nítido pelos olhares que os três trocavam.
E então meu pequeno chegava todo quebrado, porque Jeno e Jaemin haviam assumido um namoro. Seus dois melhores amigos, suas duas paixões. Seria uma coisa boa, eu até ficaria feliz por eles, se meu filho não estivesse chorando como se sua vida fosse acabar. E eu entendo isso, eram sua primeira paixão, sua primeira desilusão amorosa. E pior, os dois garotos que amava estavam juntos. Sem ele no meio. E como melhor amigo, Renjun veria em primeira mão seus beijos, seus abraços, os sorrisos e olhares. Seria ele que teria que abrir um sorriso e fingir que está tudo bem, quando na verdade ele só queria chorar no meu colo. O colo de seu Appa.
Deixei que Injun chora-se a vontade enquanto eu lhe abraçava em meu colo e fazia um carinho singelo em seu cabelo. Quando ele se acalmou, pedi se queria assistir alguma coisa. Hoje era meu dia de folga e eu ia aproveitá-lo de qualquer forma com meu bebê. Eu sabia que ele ainda estava triste e nós tirariamos esse dia para aproveitar a sofrência. Amanhã ele seguiria em frente e veria o que fazer. Sendo assim, colocamos uma sequência de filmes clássicos de terror (por favor, ninguém aqui precisava chorar mais, e ver pessoas burras se fodendo era melhor que se acabar com comédias romântica clichês) e assistimos enquato comiámos pipoca, chocolate e mais um monte de besteiras que apenas hoje eu permiti abrir uma exceção.
Depois de algumas horas o cansaço bateu no meu garoto precioso e ele dormiu com a cabeça no meu colo. Eu suspirei. Odiava ver meu filho triste, mas não podia impedir que ele se frustrasse. Coisas assim faziam com que ele se tornasse mais forte, porque precisamos da dor para evoluir. Se eu impedisse Renjun de viver suas coisas e o protejesse do mundo da forma como eu gostaria, ele apenas seria um garoto mimado que não saberia o que fazer quando eu eventualmente o deixasse sozinho. Falar mal de Jaemin e Jeno tão pouco mudaria algo ou faria Renjun se sentir melhor. Os garotos não tinham culpa afinal. Nem sabiam dos sentimentos do meu bebê. O máximo que eu poderia fazer era estar ali para o meu pequeno. Eu seria sua âncora, seu porto seguro. Ele poderia se aventurar pelo mundo e sofrer o quanto fosse. Mas sempre que precisasse de conforto e carinho, sempre poderia voltar para os meus braços.
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My Children - Norenmin
FanfictionO que você faria se seu filho chegasse chorando em casa como se o mundo fosse acabar? Kim Doyoung se vê nessa situação com seu filho Huang Renjun. E o motivo do choro? Seus dois melhores amigos, Na Jaemin e Lee Jeno (pelos quais está secretamente ap...