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Quando crianças se apaixonam, os adultos dizem que é besteira, que é só uma fase e que crianças não se apaixonam pois não sabem o que é amor

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Quando crianças se apaixonam, os adultos dizem que é besteira, que é só uma fase e que crianças não se apaixonam pois não sabem o que é amor.

Mas os adultos também dizem que as crianças têm os sentimentos mais puros.

Isso me confundia bastante na infância, porém quando completei meus 12 anos percebi que crianças podiam sim se apaixonar.

E eu sempre fui apaixonada pela mesma pessoa. Valentin.

Meu irmão, Davi, é somente filho do meu pai e a sua mãe, Carol, é a melhor amiga dos meus pais. Graças a isso sempre estávamos juntos, natal, carnaval, réveillon... todas as datas comemorativas.

Uma vez, quando eu tinha quatro anos, eu e Valentin decidimos brincar de pega-pega. Como a desastrada que sou, levei uma queda. O loirinho ficou todo preocupado comigo e deixou um beijo na minha bochecha.

Naquele momento eu me apaixonei.

Quando eu e minha mãe ficamos sozinhas eu contei que tinha "encontrado meu príncipe encantado". Ela riu e disse que era coisa de criança e já passava.

Não passou.

14 anos depois e eu ainda suspirava por ele. Tinha ficado com outros caras, mas o loiro se enfiou na minha cabeça e não quis sair.

Um outro acontecimento importante foi quando eu tive certeza que era apaixonada por ele.

Nós tínhamos 12 anos e meus colegas da escola estavam me zuando por nunca ter beijado. Então, no recreio da escola, na frente de todos, ele me beijou.

Meu primeiro beijo. Com o meu primeiro amor.

A direção chamou nossos pais e enquanto meu pai tinha um pré-infarto, tia Carol pulava de alegria. No final do dia ele me pediu desculpas e disse que só queria me proteger.

Fiquei muito triste. Ele tinha me beijado para me defender, tudo bem, mas só por isso? Ele não sentia nada por mim? Chorei pelo resto da noite.

Depois disso nunca tivemos mais nada, éramos apenas amigos com um irmão em comum.

Mas, porém, entretanto... Tia Carol não desistiu da ideia de que somos o casal perfeito e hoje resolveu fazer uma nova barraca do beijo.

— Eu tô sentindo que isso não vai dar certo, Tia. Melhor desistir antes dê errado. — Digo nervosa.

Ela riu. Riu. Na minha cara.

— Sua mãe disse a mesma coisa, e olha só... — Apontou para os meus pais que se estavam se beijando.

— Mesmo assim, talvez... — Tento argumentar e ela põe um dedo no meu lábio.

— Shiu, sem talvez. — Disse. — Vai dar certo, confia na mãe.

Dou uma risada e ela tapa meus olhos com a venda.

— Isso é realmente necessário? — Pergunto.

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𝖺 𝖻𝖺𝗋𝗋𝖺𝖼𝖺 𝖽𝗈 𝖻𝖾𝗂𝗃𝗈 💋 𝗇𝖾𝗒𝗆𝖺𝗋 𝗃𝗎𝗇𝗂𝗈𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora