No Livro da Vida tem vários contos, reais e fictícios, fábulas a fatos, como a revolução francesa e o saci, todos marcados, do futuro desconhecido ao passado esquecido, mas mesmo com muitos desses contos sendo espalhados pelo mundo, há um que não foi contado até hoje, não se sabe ao certo se foi ou será e nem se é verídico, mas está escrito e será revelado a você.
Conto 7937
Data :-er-ror--
Acordo com o som do despertador, não quero levantar, realmente não quero, mas tenho que ir ao colégio, “vamos logo Kenny antes que eu comece me atrasar” – reclama minha mãe, e assim começa mais um dia cansativo de uma simples terça-feira.
Desço as escadas para pegar uma torrada ou uma maçã e depois ir para a escola de bicicleta, meus pais saem cedo para trabalhar, então sou acostumada a ir para escola sozinha, apesar disso tenho uma boa relação com os meus pais, mas quer saber, vou pegar a torrada mesmo, acabei perdendo muito tempo escolhendo o que comer e acabei ficando atrasada; droga, é melhor eu correr.
Ufa, cheguei apenas três minutos antes da aula começar, agora estou na minha carteira esperando a professora de filosofia chegar e parecendo uma louca que correu 100 quilômetros; é difícil ser sedentária, depois de um tempinho vejo uma garota louca, “nerd”, com um apetite voraz por doces chegar, loira com algumas mechas azuis desbotadas amarradas em um coque desleixado, com um óculos de gatinho azul marinho e uma jardineira meio presa com uma camiseta roxa com um grande desenho de margaridas, minha amiga, Anny Loorence, dona de uma personalidade incrível. Assim que ela me vê ela grita.
“Kenny!!!!”; e se joga em mim, ah, verdade esqueci de me apresentar, meu nome é Kenny Hedwichester, uma simples cidadã de Story, 15 anos, morena de olhos azuis e com várias sardas; voltando ao presente “Oi, Anny que bom ver você. Agora sai de cima de mim que a professora ta chegando.” Digo fazendo com que, mesmo de cara emburrada, sair e sentar na cadeira do meu lado, assim que ela senta a professora chega e manda todos se sentarem, a aula de filosofia ocorreu bem, assim como as aulas de biologia, geografia e redação, a única que não deu muito certo foi a de química, que teve uma aula prática no laboratório, fazendo com que uma aluna (Anny) explodisse o seu experimento, assim todos tiveram que sair e voltar para aula teórica no meio da atividade.
Agora estamos no refeitório, pegando nossos lanches, estou pegando uma maçã para compensar a torrada da manhã até que sou interrompida por um chiado da televisão que passava as notícias, “fofocas”, do clube de jornalismo; olho para ver o que está a acontecer e acabo me deparando com um ser alto e com uma aparência gosmenta, achei estranho, o sistema da minha escola é bem seguro, não é normal que o “hackeiem”.
“Olá seres desprezíveis, sou o resultado da negligência e ignorância de vocês, de todos vocês, todo o ódio da terra e de outros seres que sofrem em suas imundas mãos se acumulou e me deu vida com o único objetivo de que eu crescesse forte para dar um fim a todo sofrimento e dor causada por vós, com o objetivo de aniquilar os humanos. Se preparem, pois não terei clemência.” assim que aquela coisa terminou de falar a televisão pifou. O clima no refeitório ficou extremamente pesado, a tensão era quase sufocante, alguns alunos estavam tendo crises de ansiedade, mas a maioria apenas estava transpirando, como eu, mas os estados mais preocupantes eram o de três alunos que estavam no chão tendo ataques de pânico.
Alguns segundos depois, a porta que dava para o corredor foi escancarada por professores preocupados e assustados com os acontecimentos e com os alunos passando mal; eles gritavam para todos se acalmarem, como se gritar fizesse os alunos ficarem tranqüilos, em seguida a coordenadora Shelly pediu para os professores ajudarem os alunos a irem para o salão de festas até resolverem tudo; mas foi tarde demais.
Um terremoto começou, tudo começou a tremer, as pessoas mal conseguiam ficar de pé em seus próprios pés, neste momento muitos já choravam em medo e desespero, de repente o terremoto se intensificou, dava para escutar parte da escola caindo num estrondoso baque, todos começaram a correr em direção à saída, sem se importar com ninguém além de si mesmos, menos eu, que voltei para pegar Anny, uma das alunas que estavam tendo ataques de pânico. Apesar de ser fraca, eu a coloquei ainda desacordada nas costas e corri em direção à saída, esta que quase desmoronava fechando nossas esperanças, coloquei toda minha força em minhas pernas para alcançar a tempo a salvação.
Felizmente nós passamos, mas como passei de raspão a perna de Anny se prendeu nos destroços, eu precisaria de ajuda para retirar seu pé de baixo daquele escombro, mas o mundo a minha volta está em desespero, seria muita sorte alguém se oferecer; comecei a sentir meus olhos ficarem úmidos e ardentes e logo depois algo quente escorrer por minha face desesperada, mesmo com a visão turva pelas lágrimas preciso salvar minha melhor amiga, tenho que tirá-la sozinha, mas quando fui começar retirá-la debaixo dos destroços o chão se abriu em uma enorme cratera, fazendo com que eu olhasse para sua direção, o terremoto se intensificou fazendo que mais e mais construções caíssem matando outras vidas inocentes, aumentando o caos; caio para frente e sinto algumas pedras caírem em minhas costas, me lembrando do meu objetivo inicial, mas quando olho de volta não existe mais Anny, e sim mais destroços e uma grande poça de sangue que se estendia cada vez mais transformando o meu tênis branco em cor carmim; entrei em choque, minha mente teve um colapso.
“Aaaahhhhhhhhh.” Eu gritei em desespero, minhas lágrimas poderiam formar um lago, meu choro soluçante se misturava ao som de prédios caindo; meu corpo estava manchado de carmesim, eu realmente sou uma inútil, eu deveria morrer, não ela, eu, não ela!! “Por que!!!! Deveria ter si...”
Sou interrompida ao ser levantada por uma mão que apertava meu pescoço, comecei a perder meu ar, meu peito ardia, mas a única coisa no que consegui prestar atenção foi na voz do ser atrás de mim; “Ser fraco e repugnante, sinta a dor dos inocentes que fez sofrer, chore por seus doces pecados, mesmo que implore te matarei”; sua voz fria e ameaçadora me assusta, mas meu corpo já está tão destruído (tanto emocional quanto fisicamente) que não faz diferença; sinto meu agressor começar a andar, mas não consigo identificar para onde, estou começando a perder a consciência, minha visão está quase toda preta, antes de meu pingo de consciência restante escorrer o ser fala “Morra ser imundo.”
Começo a cair, minha mente volta junto com a visão, sinto uma grande dose de adrenalina ser injetada em minhas veias, estou caindo em uma cratera estreita e a cada momento perco as esperanças, até que minha cabeça encosta na parede da cratera com um furioso baque, sinto uma forte dor junto a um zumbido ensurdecedor, mas não consigo gritar, por causa do impacto meu corpo rodou para outra direção fazendo com que minha perna direita se choque em uma parte da grande rocha que parecia uma estaca, perfurando-a, mas o impacto não foi o suficiente para parar a queda e assim dilacerando minha perna, outra dor me invadiu como uma bala, ela ardia e queimava enquanto meu sangue vazava pela grande abertura, minha esperança se esvaiu, já tinha aceitado meu óbito, eu iria morrer.
Finalmente meu sofrimento teve fim, eu espatifei no final da cratera, meus órgãos explodiram de uma forma dolorosa com o impacto e, junto à explosão dos meus órgãos, minhas costas se abriram liberando tudo que dentro de mim havia, se espalhando pelo chão ao meu redor, a dor era inexplicável, queria chorar, mas meus olhos estavam secos, queria berrar de dor, mas minha garganta estava estraçalhada, em meus últimos momentos mentalmente digo: “Que Deus proteja meus pais”, logo em seguida vejo o breu do sono eterno.
Abro os olhos de forma tremula e hesitante, mas me assusto ao me deparar com um chão de pedra maciça, a mesma a qual impactei com força, reconhecendo pelas marcas de sangue; apesar de reconhecer o local, não sei o que está acontecendo, então apesar das dores fortes, forço meus braço para obter uma visão melhor da situação na qual me encontro, e me surpreendo ao ver um ser com aparência feminina, delicada e esbelta, mas não humana, tinha a pele escuro e cabelos azuis com aparência suja e olhos como heterocromia setorial, sendo uma parte verde e a outra impressionantemente preta e, apesar de usar um vestido romano com cores brancas e douradas, era tudo encoberto por bandagens que cobriam a maior parte do seu corpo, tendo uma expressão cheia de gentileza e empatia; então lhe pergunto: “Quem és tu?”, não respondendo ao meu questionamento ela se aproxima com passos delicados, porém apressados, como se estivesse preocupada ou ansiosa, ela se abaixa com calma me olhando nos olhos e delicadamente diz; “Segure minha mão, querida!! Deve estar confusa com tudo o que está a acontecer.”
Me impressiono com o doce timbre da voz daquele ser radiante e acabo me vendo aceitando por estranhamente confiar sem ao menos conhece-la, mas ao tocar sua macia mão acabo ficando mais confortável do que antes, mas ainda estou atenta.
“Minha querida, irei te explicar o que houve”, diz puxando-me para cima com um puxão, pois percebera que eu não ia me levantar; Logo penso: “mas o que ela tem na cabeça? Eu vou cair!! Não tenho uma perna”; então no meu desespero olho para frente e digo: “Não!! Me seguro antes que eu cai...”.
Interrompo-me ao olhar para minhas pernas e ver as duas intactas, com sangue, mas sem nenhum arranhão; me pego a pensar: “Será que foi um pesadelo e ainda estou sonhando? Não, a dor que senti foi muito real para estar sonhando!! Será que morri, mas senti muita dor, mortos não sentem dor, sentem?; ela disse que ia me explicar, talvez saiba de algo sobre o que aconteceu comigo, então olho para ela e digo: “Eu estou morta?”
Ela acena calmamente de forma negativa e diz: “Sente-se, eu irei explicar”, me apontando um quartzo de uma superfície mais plana, ando com dificuldade até a “cadeira” e me sento, indicando com a cabeça para que ela comece.
“Kenny, você foi a única que passou no teste da vida, você pôs a vida de outro ser na frente da sua, voltou ao caos para ajudar alguém incapacitado, foi então escolhida para dar mais uma chance à humanidade, provou que nem todos os humanos merecem um destino tão cruel como esse que Crenos os dita”, ela diz isso com convicção e orgulho e volta dizer da mesma forma: “Kenny Hedwichester, você foi escolhida para salvar a todos, inclusive a mim, Terra, de todo o sofrimento. Seu destino foi traçado e para te agradecer por tudo que fez e o que fará, te presenteei com o dom da reconstrução e amplificador celular, assim poderá se regenerar e regenerar outros seres. Por favor salve a todos!!”
Assim que acaba de falar ela é coberta por uma camada de luz forte, virando depois a uma camada de lírios roxos; fico lá paralisada, assustada com as informações, mas logo decido ajudar os inocentes: “não deixarei ninguém morrer!”; levanto e caio de cara no chão; Ops!! Acho que levantei rápido demais, mas vou pegar o jeito, então me ajoelho e forço-me a levantar, só que ao fazer isso acabo me jogando contra o teto da caverna, batendo com força e lesionando minhas costas, que por sua vez se cura num piscar de olhos; abro um grande sorriso apesar da dor, pois matei dois coelhos com um único golpe, descobri como usar meus poderes de uma vez só, que sorte, agora vamos levantar devagar e ir calmamente para a rachadura, ok!?
Cheguei no local marcado por mim mesma e olho para cima: “Vamos lá então!”; forço minhas pernas para saltar e pulo, em um só pulo cheguei à superfície: “Nossa, me daria bem no basquete, hein!?”; assim que olho ao meu redor meu humor cai num vazio escuro, estava tudo destruído, pessoas gritavam por ajuda e a floresta estava cinza, com árvores caídas com um tom sem vida, como se estivessem secas.
Fiquei com ódio do tal Crenos, ele está destruindo tudo e precisa ser parado a todo custo, vejo ele destruir mais um grupo de árvores, então corro em sua direção, uma distância que normalmente demoraria 30 minutos para chegar, mesmo correndo, eu chego em 9 segundos e, com todo o impulso que tinha, desfiro um soco em seu maxilar jogando-o para longe.
Ao parar no solo da imensa floresta, olho tristemente para a terra quase sem vida, agacho e concentro todo o meu poder regenerativo no solo e vejo que minhas tentativas não são falhas, vejo a grama crescendo e as árvores se reconstruindo, levanto e vou na direção cuja minha vítima foi atirada.
Chegando ao local encontro Crenos inconsciente, apesar do meu ódio, prendo-o com um pedaço de ferro que encontrei pelo caminho: “Aprendi que é divertido moldar aço!”, espero que ele acorde para conversarmos; 20 minutos depois ele acorda e permite que eu converse com ele; então digo: “Crenos, você não precisa fazer isso, não quero ter que te matar. Irei cuidar do destino dos humanos agora, você esta liberado para viver aonde quiser, aqui ou lá embaixo, mas se viver aqui irá ter que manter contato comigo, entendido?”; Crenos acena com a cabeça assustado e surpreso, mas eu que acabo surpresa ao ver sua pele gosmenta escorrer por seu corpo, mostrando uma pele pálida, mais normal, cabelos negros ao invés de um lodo gosmento, olhos amarelos e um corpo esguio, mas forte, vestido de um surpreendente terno preto, quando diz: “Irei viver aqui agora”; a partir de hoje Crenos era um humano, viveria conosco e me ajudaria no futuro da renovação da Terra.
Conto 7938
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Esse foi o relato 7937, o desconhecido, será que em breve contarei outros contos do livro da vida? Quem sabe, até a próxima.
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Os Segredos Da Vida
Mystery / ThrillerNa árvore da vida, hà vários contos cuja a existência poucos conhecem, alguns deles nem se sabe de onde ou quando vem, no livro do passado e futuro o mistério será revelado.