Você Ainda Vai Me Desejar?

Capítulo 1: Me Sinto Sujo

🛇Atenção, está shortfic apresenta temas de estupro de forma detalhada. Se você for um leitor sensível, recomendo que não leia. Para os outros, aproveitem.

Sasuke

Abri com pressa minhas pálpebras em busca da luz que incomodava meus olhos. Ao observar a janela aberta refletindo o sol radiante da manhã, virei o rosto rapidamente para a cama em busca do meu Alfa, mas ele já não estava mais presente. Ao desviar o olhar da cama, percebi que o despertador começou a tocar, indicando que eu deveria levantar. Fiquei surpreso ao acordar poucos segundos antes, mas isso não afetou meu humor...

O cheiro de Naruto estava por toda parte, denunciando a marca do seu território. Era uma mistura de laranja com canela que me deixava inebriado. Inspirei um pouco da fragrância antes de me obrigar a levantar para mais um dia. Sentei-me na cama e olhei para frente, onde havia um grande espelho mostrando minha aparência naquela manhã. Levantei-me, indo de encontro ao objeto, e observei meu corpo. Eu com certeza não tinha autoestima baixa, já que sempre me achei um gostoso. Mas, quando conheci Naruto na faculdade, comecei a me arrumar mais e a tentar ficar mais bonito para ele. Não sei se deu certo, mas já estamos casados há sete meses.

Meus cabelos se encontravam amarrotados, e em meu pescoço havia manchas com rubor claro, quase desaparecendo da minha pele. Já fazia algumas luas que eu e Naruto não transávamos, por culpa do amontoado de trabalho que Hiruzen Sarutobi, seu avô, havia deixado para Naruto fazer, que, na minha visão, não passava de capricho da sua preguiça, deixando meu Alfa cheio de tarefas e sem muito tempo para me mimar.

Sai dos meus desvaneios indo em direção ao banheiro. Entrei no cômodo e fui até a pia, onde liguei a torneira e joguei água em meu rosto para me manter um pouco acordado durante mais um dia tedioso. Estar de férias da faculdade há um mês já havia me esgotado; não tinha o que fazer além de limpar a casa, fazer comida e assistir TV. Meus únicos amigos estão viajando pelo mundo: alguns aproveitando a lua de mel e outros apenas se divertindo individualmente. Eu não tenho um eletrônico para me comunicar, então apenas espero cartas. Terminei minha higiene e fui para a cozinha, em direção à geladeira, onde peguei alguns ingredientes para fazer um omelete, quase me esquecendo do orégano, a pitada especial que gosto de adicionar.
Levei ao fogo baixo, ligando duas bocas: uma para minha frigideira e outra para esquentar a água que eu iria usar para fazer um café. Sinto o vento da manhã bater em meu rosto, levantando meus fios e fazendo-os voar pelo ar. Soltei uma risada contida pelo jeito que ficaram quando me olhei no espelho da janela de vidro.

Fiquei observando cada movimento da frigideira e da água para tirá-los no momento certo. Não demorou muito até eu acabar de fazer os dois, e logo os coloquei na mesa, mas ainda faltava algo... talvez um tomate? Sim, vou em direção à geladeira de novo para procurar um tomate, encontrando um pequeno, porém com aparência bonita, o que me deixou muito feliz.

Fui à pia e a lavei antes de cortar em duas partes e tirar a bunda, claro. Inalei o aroma que tanto amo antes de pôr sal e colocar junto ao meu omelete, que, na minha visão, estava perfeito e saboroso; o aroma já dizia tudo. Com uma garfada de cada vez, o comi com gula e beberiquei o café forte de acompanhamento. Ao terminar, lavei a louça da pequena bagunça que fiz e me sentei na grande poltrona da sala, onde o cheiro de feromônios que havia nela me fez lembrar coisas depravadas, o que me deixou vermelho de vergonha.

— É, mais um dia... argh. — Aconcheguei-me para trás e fiquei olhando pela janela. Vi uma variedade de pássaros voando pelas árvores e algumas pessoas andando pela rua; uma ou outra eu acenava apenas por gentileza. Acabei adormecendo sem perceber na aconchegante poltrona e tirei um pequeno cochilo que durou tempo demais, na minha visão.